Vereador se posiciona contra volta das aulas presenciais no município

Parlamentares aprovaram 142 documentos na quinta sessão ordinária de 2021 (Foto: Eduardo Domingues)
Da reportagem

Na noite de segunda-feira, 1o, os vereadores participaram da quinta sessão ordinária de 2021. Durante a reunião, Eduardo Dade Sallum (PT) posicionou-se contrário a retomada das aulas presenciais em Tatuí.

O parlamentar apresentou três requerimentos sobre o assunto. Pela matéria 408/21, Sallum pergunta ao Poder Executivo se serão realizados cursos e treinamentos com os servidores da Secretaria Municipal de Educação para capacitá-los ao retorno às aulas. “Muda tudo agora. O retorno às aulas com a Covid-19 será totalmente diferente”, avaliou.

No documento 417/21, o vereador pede informações sobre a possibilidade de alocar profissionais de saúde nas instituições de ensino para auxiliar nas atividades durante o retorno. Segundo ele, os profissionais poderiam estabelecer um protocolo de saúde coletivo para as escolas.

Já o requerimento 418/21 questiona sobre quais equipamentos de proteção serão fornecidos aos profissionais da Educação para a retomada das aulas.

Além do uso de máscaras de proteção e álcool em gel, Sallum indica a necessidade de tapetes sanitizantes, jalecos descartáveis e luvas.

Sallum ainda exibiu dados da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) – atualizados até a data da sessão – indicando 1.535 casos de Covid-19 em pessoas que trabalharam presencialmente em 740 escolas estaduais, em duas semanas.

“Essas pessoas foram infectadas no estado de São Paulo em 14 dias com a reabertura das escolas estaduais”, reforçou.

Além dos requerimentos relacionados ao retorno das aulas, os parlamentares aprovaram os 142 documentos apresentados na pauta da sessão ordinária, composta por 13 indicações, 129 requerimentos e 10 moções de aplausos e congratulações.

O requerimento 342/21, de autoria de Márcio Antônio de Camargo (PSDB) e Paulo Sérgio Almeida Martins (PRTB), solicita a instalação de uma base do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) no Jardim Santa Rita de Cássia.

“Uma base que possa fazer um atendimento emergencial mais rapidamente, pois, às vezes, em algum acidente ou parada cardíaca, em questões de segundos, você pode salvar uma vida”, argumentou Camargo.

Assinado por José Eduardo Morais Perbelini (Republicanos), Almeida, João Éder Alves Miguel (MDB) e Fábio Antônio Villa Nova (PP), o requerimento 397/21 pede informações sobre a possibilidade de um semáforo sonoro para deficientes visuais e pessoas com baixa visão no município.

Conforme Perbelini, o semáforo emite um sinal sonoro quando é acionado, para que os condutores dos veículos saibam que há uma pessoa com deficiência visual, de muletas, bengalas ou cadeiras de rodas, e parem o veículo, independentemente de o semáforo estar aberto ou fechado.

O vereador indica haver a necessidade de estudo para definição de um local adequado para o semáforo, sinalizando não ser apropriado para vias mais movimentadas. “Sei que no centro seria quase impossível, pois congestionaria o trânsito”, reconhece Perbelini.

Pelo requerimento 362/21, Antonio Marcos de Abreu (PSDB) pede que a coleta de lixo no município seja realizada somente durante o período noturno. Segundo o presidente da Câmara, ele foi procurado por diversos munícipes que desejam a mudança.

Abreu afirmou haver muitas pessoas que trabalham em horário comercial e têm de colocar o lixo para a coleta durante a noite ou antes das 7h. “Os lixos ficam nas ruas até o período da tarde ou em outro período. Enquanto isso, muitos cachorros passam e viram o lixo, deixando a cidade suja”, apontou.

De acordo com Abreu, a mudança impediria que visitantes da cidade vissem grande quantidade de lixo nas ruas. Ainda segundo Abreu, a medida seria benéfica aos coletores, que não trabalhariam sob o sol e enfrentariam menos trânsito.

Autor do requerimento 389/21, Villa Nova questiona os critérios adotados para bloquear os perfis de moradores nas páginas oficiais da prefeitura nas redes sociais. Para o vereador, a medida provoca dois problemas.

O primeiro, segundo ele, é por “tratar-se de páginas institucionais da cidade, no qual esses moradores não podem se expressar”. Já o segundo, conforme o vereador, é o de os munícipes bloqueados não poderem acompanhar informações de interesse público.

“Eles ficam impedidos de acompanhar as informações que são publicadas na página da prefeitura, como os boletins da Covid-19 e da dengue, o cronograma de vacinação, concursos públicos e cursos”, declarou Villa Nova.

Em conjunto, Cláudio dos Santos (PSL) e Sallum protocolaram o requerimento 422/21, solicitando que a prefeitura envie relatório com todas as pessoas vacinadas contra o coronavírus até 28 de fevereiro. Eles pedem que o documento informe as datas das aplicações, se foi a primeira ou segunda dose e o laboratório que desenvolveu o imunizante.

Sallum pede, através do requerimento 420/21, que a prefeitura informe as razões para a falta de vacinas para aplicação da segunda doses nos profissionais de saúde.

Ele destacou a necessidade de ser respeitado o tempo estabelecido pelos laboratórios entre a primeira e a segunda doses. “Se a pessoa não tomar a segunda dose, ela perde o que tomou na primeira”, alegou.

Pelo requerimento 356/21, Débora Cristina Machado de Camargo (PSDB) e Almeida perguntam à prefeitura sobre a possibilidade de abertura de uma creche e uma pré-escola no Jardim Europa. A matéria 399/21, de Perbelini e Camargo, visa uma feira livre no bairro Vida Nova Tatuí no período noturno.

O vereador João Francisco de Lima Filho (Cidadania) apresentou requerimentos endereçados, individualmente, a 32 deputados estaduais, solicitando que enviem emendas parlamentares ao município.

Abreu, Alves Miguel, Camargo e Sallum protocolaram a moção 105/21, destinada ao diretor Mauro Tomazela, parabenizando a Fatec (Faculdade de Tecnologia) “Professor Wilson Roberto Ribeiro de Camargo” pelos 15 anos em Tatuí, celebrados na terça-feira, 2.