Vereador é ví­tima de difamação, vai até a polí­cia e faz desabafo





Na manhã de domingo, 12, o vereador Alexandre de Jesus Bossolan (PSDB) procurou o plantão da Polícia Civil para registrar boletim de ocorrência. Ele informou ter sido vítima de difamação propagada por meio de panfletos. Os materiais teriam sido distribuídos durante a madrugada.

O radialista, de 40 anos, contou que soubera da ação a partir de uma ligação. De acordo com ele, um munícipe contou ter visto materiais gráficos jogados na via próxima ao Mercado Municipal “Nilzo Vanni”, no centro.

Para o vereador, a testemunha relatou que o local estava cheio de pessoas, por conta da feira livre. A fim de verificar a informação, Bossolan esteve no local e localizou “centenas de panfletos” espalhados pela extensão da área de comércio.

O vereador contou, ainda, que conversou com populares, para obter informações. De acordo com ele, testemunhas disseram que um motociclista, com a ajuda de um garupa, jogara o material. Os dois não foram identificados.

Também conforme Bossolan, o panfleto fazia menção a uma das atividades exercidas por ele – o vereador é palhaço. A publicação incluía, além de frases relacionadas à convocação da população inscrita para sorteio de casas populares para ir à Câmara, uma foto do parlamentar caracterizado como o deputado federal Tiririca.

Além de denunciar o caso, Bossolan desabafou na tribuna da Câmara Municipal, onde falou sobre o assunto, na reunião ordinária, na noite de terça-feira, 14. “Fui vítima do que Tatuí está cansada: panfletos anônimos”, iniciou.

O parlamentar classificou a publicação como “tosca, ridícula e sem fundamento”. Também mencionou que a mesma fotografia usada no material havia sido utilizada em rede social por pessoas ligadas ao meio político.

Bossolan afirmou que acrescentará o fato junto à Polícia Civil, para averiguar a autoria. Também disse que esse tipo de atitude (panfletos difamatórios) é típica de “pessoas desqualificadas, pequenas e pífias”.

Ele citou, ainda, caso registrado pela Justiça Eleitoral no ano de 2014, quando a Polícia Civil apreendeu material contrário a um político no comitê de um concorrente. A publicação tinha dados de um terceiro candidato.

No pronunciamento, o parlamentar pediu colaboração do prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, no sentido de acolher o requerimento apresentado por ele, de número 733. No documento, Bossolan requer informações sobre fiscalização da lei ou decreto que proíbe distribuição de materiais em via pública.

“Peço que ele acolha com carinho e que procure investigar, para descobrirmos de onde está saindo essa pouca vergonha. Mas, quero deixar claro que não tenho nada contra a panfletagem, acho a coisa digna, bonita”, comentou.

Além de populares, o parlamentar recebeu palavras de apoio dos vereadores Ronaldo José da Mota (PPS) e Oswaldo Laranjeira Filho (PT). O primeiro afirmou também ter sido vítima do mesmo crime, no ano de 2012.

Mota disse, inclusive, que o material contra ele era “de qualidade inferior”. “Na nossa eleição, na calada da noite, soltaram panfletos com foto minha, do prefeito e de José Maria Cardoso Filho (Zétakão), chamando-nos de ladrões, vagabundos. Soltaram na cidade toda, e não era papel bom e colorido”.

A exemplo do colega, Mota declarou que também teve uma fotografia dele usada em outro contexto. O sindicalista relatou que a imagem utilizada no material era do ano de 2008, num evento realizado pela Força Sindical, na Concha Acústica.

“O senhor está sentindo o que eu senti, o que o prefeito sentiu e o que o ex-vereador, também. Isso numa sexta que antecedeu às eleições de um domingo. É um desrespeito, mas o que fizeram com você, fizeram comigo”, declarou.

Márcio Antonio de Camargo (PSDB) também se disse solidário ao colega. O vereador levantou suspeita sobre a autoria do material e disse que a publicação tem custo e necessita ser trabalhada (com confecção de arte visual).

“De onde está vindo esse dinheiro? Como se gasta dinheiro para denegrir imagem do vereador. E não estou falando só do Bossolan. Uma questão não justifica a outra, se aconteceu com o vereador, não pode acontecer com nenhum, mesmo não ocupando cargos”, encerrou ele, mencionando fala de Mota.