Vencedor do ‘PS’, escritor de Tatuí é premiado em certame de Alagoas

Lúcio Rodrigues Júnior recebeu duas premiações no Prêmio Literário Paulo Setúbal (foto: arquivo O Progresso)

O escritor Lúcio Rodrigues Júnior conquistou a segunda posição na categoria conto do “VII Concurso Cidade do Penedo de Poesia e Conto”. A cerimônia de premiação aconteceu na noite de sexta-feira da semana passada, 8, no Theatro Sete de Setembro, no município alagoano.

O concurso, realizado pela Aplacc (Academia Penedense de Letras, Artes, Cultura e Ciências), contou com 1.128 obras inscritas por 458 escritores.

Os contos e poesias foram enviados de diversos locais do Brasil e de outros nove país. Com o pseudônimo Cavaleiro das Trevas, o tatuiano alcançou a premiação com a obra “Os Três Ciclos de Helena”.

No ano de 2017, Rodrigues Júnior garantiu a primeira colocação na categoria do mesmo concurso. Ele não pôde comparecer à cerimônia de premiação, mas, em breve, deve receber o troféu e o certificado, além de um registro na Aplacc.

Conforme o escritor, a maior parte dos grandes escritores brasileiros representa as regiões Norte e Nordeste. Ele assegura que, quando algum autor do Sudeste ou outra região é contemplado, “é uma grande honra”.

No mês passado, Rodrigues Júnior havia sido premiado no “Terceiro Varal Literário da Câmara Municipal de Divinópolis”. Com o título “Meu Velho Rio”, ele alcançou a segunda posição do gênero poesia no concurso de abrangência nacional.

No próximo sábado, 23, o escritor tem nova oportunidade de receber mais um prêmio literário, representando Tatuí, pois foi selecionado entre os cem finalistas do “Prêmio Moutonnée de Poesia”, na cidade de Salto.

Em Tatuí, há três meses, Rodrigues Júnior alcançou a primeira colocação no 17º Prêmio Literário Paulo Setúbal, na categoria crônica, com a obra “Ram Móveis”. Na edição de 2018, ele havia ganhado o Prêmio “Galardão” de poesia, com o título “Recordações”, e uma menção honrosa na categoria conto, com o texto “Lago dos Ipês”.

Na ocasião, Rodrigues Júnior afirmou ter sido uma surpresa a vitória na categoria crônica. Contudo, ressaltou o “amor que tem pela literatura” e pediu para que os escritores continuem participando dos concursos Paulo Setúbal.

Citando a mentora, a poetisa de Cerquilho Isabel Pakes, Rodrigues Júnior aconselhou os amantes da literatura: “Quando escrever, guarde o texto na gaveta. Após um tempo, tire-o da gaveta, veja o que escreveu e acrescente, antes de guardar de novo. Utilizando a gaveta como se fosse um forno literário, um dia o texto estará pronto”, recomendou.

Além de escritor, ele atua como técnico das equipes municipais de damas e árbitro de futebol. Devido às atribuições esportivas, Rodrigues Júnior participa de Jogos Regionais e Jogos Abertos e revela aproveitar a oportunidade para ouvir histórias. “Gosto de ouvir, principalmente, de senhores que ficam sentados em praças, e tento transformar em textos”, expõe.

Até ser premiado, o escritor participou de diversos concursos literários e confessa que ficava chateado por não conseguir vencer. Até que a mentora dele orientou-o a participar dos concursos sem a intenção de vencê-los. “A Isabel me orientou a escrever com amor para alguém e, a partir disso, comecei a ter minhas obras reconhecidas”, conta.

“Todo texto que for escrever, faça-o pensando na mensagem que deseja transmitir ao leitor. Se escrever com a intenção de tentar ganhar um troféu, não vai dar certo”, garante Rodrigues Júnior.

Morando em Tatuí há cerca de quatro anos, o escritor se mostra grato pelas oportunidades que recebera e faz questão de agradecer à Secretaria Municipal de Esporte, Cultura, Turismo, Lazer e Juventude, por abrir as portas aos projetos que desenvolve.

De acordo com ele, Tatuí já possui um reconhecimento cultural através da música e do teatro, por meio do Conservatório, e se diz grato e honrado em representar a terra de Paulo Setúbal.

“Quem sabe, posso chegar um pouco próximo desse ilustre cidadão tatuiano. Pretendo conquistar mais espaço e passar à frente aos que desejarem ingressar na área literária”, reforça.

“Nossa vida é semelhante a um livro, com um começo, um meio e, um dia, chegaremos ao nosso fim. Mas, até lá, podemos deixar o nosso legado”, finalizou Rodrigues Júnior.