Sinisgalli comunica alterações para a quinta edição da ‘Feira do Doce’

Organização anuncia novo nome e limitação no número de expositores

Cadastro privilegia doceiros com CNPJ e que já participaram de edições anteriores da Feira do Doce

Além de ganhar nova denominação, a Feira do Doce de Tatuí (anterior Festa do Doce) chegará à quinta edição com número de participantes limitado e sistema de pontuação para a seleção de microempresários e empresários interessados em ocupar estandes no evento, marcado para ocorrer entre os dias 21 e 23 de julho.

De acordo com o secretário municipal dos Esportes, Cultura, Turismo, Lazer e Juventude, Cassiano Sinisgalli, será dada preferência a candidatos que participaram das edições anteriores.

Também será obrigatória a apresentação de CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) e comprovantes de regularidade fiscal dos expositores.

“Vamos ter algumas diferenças nas inscrições, em relação ao que estava sendo feito até o ano passado. A exigência de pelo menos o MEI (microempreendedor individual) é um passo rumo à profissionalização da feira, que está ficando conhecida em todo o Estado”, afirmou.

Os doceiros interessados em ocupar estandes na Feira do Doce terão de apresentar documentação que comprove a atuação profissional há mais de um ano. A declaração deve ser assinada por uma empresa ou associação.

“Queremos garantir que a feira seja um evento para que os doceiros realizem contato com os clientes e apresentem os produtos que fazem durante o ano, para que não dependam somente da exposição”, declarou.

De maneira a “separar” os melhores e mais experientes profissionais e indústrias do mercado doceiro local, a organização limitou a 45 o número de participantes neste ano e criou um sistema de pontuação. Os estandes disponíveis são de 6 m² a 9 m².

Segundo secretário, sistema de pontuação deve ‘separar’ os melhores

A comissão organizadora atribuiu pontos para cada requisito atendido pelo candidato: a participação em edição anterior vale cinco pontos, ser produtor de “doces ABC” conta dez pontos e ter atestado assinado por associação vale 30 pontos.

“Vamos avaliar quem tem capacidade para atender à demanda da festa, quem participa de associação, e vamos privilegiar os expositores que participam desde a primeira edição, que acreditaram no evento”, resumiu.

Sobre a mudança na nomenclatura da festa, que passou a ser “feira”, o secretário afirmou que “a alteração reforça a profissionalização dos doceiros e valoriza o evento”. Sinisgalli comparou a Feira do Doce a outros eventos gastronômicos e de negócios de renome no Estado e no país.

“Conversamos com o pessoal da Aprodoce (Associação dos Produtores de Doce de Tatuí) e com os doceiros, e eles nos disseram que a demanda por participação é grande, mas mencionaram que a feira perdeu o perfil original ao aumentar demais o tamanho. Eles querem maior qualidade neste ano”, esclareceu.

O secretário, que preside a comissão organizadora composta por funcionários públicos, negou que a limitação de espaço tenha a ver com questões orçamentárias. Desde a primeira edição, em 2013, foi a primeira redução no número de expositores, que passou de 18, em 2013, para 69, em 2016.

“(Os custos) vão cair, mas pouco, pois a economia é somente com estandes. Da parte de produção e logística, mesa de som, apresentações musicais e o gerador não terão mudanças”, explicou.

Sinisgalli reafirmou que a feira tem caráter turístico e ajuda a movimentar o comércio, desde a visita de turistas da região à cidade quanto a compra de matérias-primas em supermercados locais. “Toda a cadeia produtiva é beneficiada com a realização do evento”.

“Isso mexe com toda a cidade, não só a Praça da Matriz. Uma coisa que queremos melhorar neste ano é a montagem dos estandes. Vamos exigir que a empresa vencedora da concorrência realize o serviço o mais rápido possível, sem mudar muito o uso habitual da praça”, comentou.

Sem citar as atrações musicais estudadas para este ano, em virtude de a secretaria não ter fechado a agenda, Sinisgalli antecipou que valorizará os artistas da cidade e que está trabalhando no mínimo com seis shows por dia, respeitando os horários de missa.