Com RMS, GCMs vão fazer ações conjuntas para atender 1,7 mi





Gleicy Ellen de A. D. da Silva

Para inspetor Leme união fortalece segurança públicas regional

 

Os 26 municípios que integram a Região Metropolitana de Sorocaba passarão por mudanças e terão de adequar suas estruturas nos itens de transporte, saúde e segurança pública para atender a nova demanda populacional de 1,7 milhão de pessoas.

As Guardas Civis Municipais (GCMs) também terão de se moldar às novas diretrizes que a conurbação trará. Fábio Luciano Leme, inspetor da GCM de Tatuí, conta que a principal mudança é a expansão da zona de armamento.

“Esse é um fator importante, porque nós sempre temos participado de congressos em outras localidades do Estado, e, com isso, existe a possibilidade de sairmos da cidade. Isso nos ajuda bastante, pois teremos o porte de arma tranquilamente em todo o Estado”, esclarece.

Ainda segundo o inspetor, com o agrupamento regional, também será possível que as guardas façam consórcios com cidades que não possuam condições de criar corporação própria. A parceira viabilizaria a prestação do serviço de uma mesma corporação em mais de um local.

Outro ponto que chega com a RMS é a implantação de um conselho metropolitano de guardas civis, com a finalidade de integrar as corporações, visando à melhoria da segurança pública e das ações do próprio órgão.

“Por meio desse conselho, poderemos ter estatísticas voltadas para as regiões específicas e padronizar a forma de atuação. Nós trocaremos informações e, de repente, conversando, conseguiremos achar soluções. Se não soluções, pelo menos uma forma de diminuição do problema que a localidade apresentar”, enfatizou.

Em janeiro deste ano, diversos GCMs foram a Sorocaba para discutir suas atuações, direitos e qualificações. No evento, as corporações se reuniram na presença do presidente do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana e também prefeito de Sorocaba, Antonio Carlos Pannunzio.

Na ocasião, foi planejada a fundação de uma academia de formação das Guardas Civis Municipais para capacitar os recém-contratados, dentro dos parâmetros da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).

“Existe uma intenção da criação, até mesmo de uma academia, em certas localidades, para favorecer o treinamento, tanto para padronizar, como para qualificar o servidor da Guarda Municipal”.

Com a conurbação, apesar do aumento populacional, conforme Leme, não estão previstas novas contratações para a instituição.

“Essa questão não está atrelada à RMS. Nós temos o Estatuto Geral das Guardas Municipais, que define um limite mínimo e máximo de servidores, de acordo com a população. Isso, sim, pode gerar uma elevação de guardas, dependendo da cidade, ou a manutenção dos que já estão”, esclareceu Leme.

A RMS, sancionada pelo governador Geraldo Alckmin em maio do ano passado, abrange as cidades de Araçariguama, Alambari, Alumínio, Tatuí, Araçoiaba da Serra, Boituva, Capela do Alto, Cerquilho, Cesário Lange, Ibiúna, Iperó, Itu, Jumirim, Mairinque, Piedade, Pilar do Sul, Porto Feliz, Salto, Salto de Pirapora, São Miguel Arcanjo, São Roque, Sarapuí, Sorocaba, Tapiraí, Tietê e Votorantim.

Para o inspetor, essa ação visa fortalecer a segurança pública regional. “Quem ganha é a população, uma padronização do trabalho, um aumento de estudo sobre o problema da região melhoram o serviço”.

“Os problemas no país, com relação à segurança pública, são diversos, e cada região é afligida por um tipo. Nós vamos conseguir, dentro desse conselho, chegar em soluções práticas e muito mais rápidas, até. Não é mais um município estudando solitário o seu problema, são vários buscando, juntos, uma solução”, complementou.

Um dos desafios a serem enfrentados é o combate ao tráfico e consumo de entorpecentes – o que, de acordo com o inspetor, é o maior problema de Tatuí e de outras cidades. Com o trabalho unificado das GCMs, Leme acredita na redução do problema.

Ainda não há data prevista para um próximo encontro das corporações. “Não há movimentações por hora, apenas ficou certo de que as reuniões seriam trimestrais. Mas, surgiram uns problemas e, então, a reunião foi adiada. Estamos esperando uma nova data”, finalizou.

Mesmo com a RMS, não haverá mudanças no setor educacional. As diretorias escolares de Tatuí continuarão respondendo à Diretoria Regional de Ensino de Itapetininga (Derita), mesmo ela não sendo parte da lista do adensamento urbano.

De acordo com Giordana Mucciolo de Camargo, assessora de imprensa da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, o procedimento será mantido, pois a separação das escolas que serão atendidas por determinadas regiões são feitas de modo próprio.

Ela não especificou o método, afirmando apenas que as escolhas são independentes se a região é metropolitana ou não.