Da reportagem
O flautista tatuiano Lucas Rodrigues passou a integrar a Orquestra Sinfônica do Espírito Santo. Formado pelo Conservatório Dramático e Musical “Doutor Carlos de Campos”, o músico fará as primeiras apresentações pela “Oses” na próxima quarta-feira e quinta-feira, 12 e 13, no Centro Cultural Sesc Vitória, na capital capixaba.
Ele se inscreveu no processo seletivo, aberto pela Secretaria da Cultura do Estado do Espírito Santo, para a contração de 44 músicos. As audições aconteceram entre os dias 7 e 10 de janeiro no Teatro do Sesi, em Vitória.
Rodrigues reconhece que a paixão musical “vem de berço”. Ele conta que sempre teve contato com a música e o interesse nasceu ainda aos quatros anos de idade, quando acompanhava os pais e as irmãs tocando na igreja.
O flautista revela que o avô dele era fã de samba. Na época que trabalhava em um circo, o avô ia ao Rio de Janeiro e “vivenciou diretamente uma parte da história da música no Brasil”.
A exemplo do pai, Rodrigues toca flauta transversal. Conforme o músico, ele sentia uma grande alegria ao ver o pai tocando o instrumento. Seguindo o gosto familiar pela música, a mãe tocava órgão; a irmã mais velha, formada em música, é pianista; e a mais nova, violoncelista.
“A música sempre fez parte da nossa diversão. Da mesma forma que muitos gostam de jogar futebol, nós sempre gostamos muito de fazer e ter o contato com a música”, comenta.
Aos seis anos, o novo integrante da Oses iniciou o curso de flauta transversal no Conservatório. Após uma pausa, ele retomou os estudos e formou-se em 2012, aos 20 anos, com o professor Anselmo Pereira.
“Conheci grandes professores, fiz amigos e colegas de profissão, e adquiri muita experiência. É uma escola que me deu bastante bagagem”, declarou, sobre o CDMCC.
Rodrigues já fez parte da Orquestra Sinfônica e da Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí. Segundo ele, um amigo que já morava no Espírito Santo sugeriu que participasse do processo seletivo da Oses.
“Ele acompanhava meu trajeto musical e via que eu fazia inúmeras provas que, às vezes, não dava certo, pois não é uma profissão fácil. Ser músico demanda muito estudo e um pouco de sorte, mas, graças a Deus, deu tudo certo”, comenta.
Apesar de ser um flautista nascido na Capital da Música, Rodrigues revelou que sentia necessidade de sair de Tatuí. “Depois que a gente estuda, é importante começar a correr atrás. Fiquei muito contente por ter conquistado a vaga, porque começo uma nova e diferente etapa da minha vida”, relata.