Da reportagem
O número de fatalidades no trânsito tatuiano apresentou queda neste ano. Os dados foram divulgados na sexta-feira, 18, pelo Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito no Estado de São Paulo).
De acordo com as estatísticas do programa “Respeito à Vida”, as mortes no trânsito apresentaram queda de 21,05% nos 11 primeiros meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2019, passando de 19 para 15 óbitos, enquanto o número de acidentes baixou de 18 para 14 (menos 22,22%).
De janeiro a novembro, as mortes contabilizam vítimas que se envolveram em ocorrências tanto no perímetro urbano (dentro do município) como nas rodovias, que estão fora da zona urbana mas no limite territorial.
O Infosiga SP mostra que as mortes em rodovias subiram. Neste ano, o índice de fatalidades nas estradas representou 71,42% do total de óbitos, contra 28,58% dentro do perímetro urbano.
No ano passado, as rodovias envolveram 38,88% das mortes e as vias municipais, 50%. Outros 11,12% ocorreram em locais não especificados, conforme o relatório da base de dados do órgão estadual.
Segundo o Infosiga, nos dois anos, morreram mais homens que mulheres. Neste ano, entre janeiro e novembro, 14 homens perderam a vida no trânsito, representando 93,33%. As mulheres representam 6,67%, com uma única vítima.
Das 19 pessoas falecidas em 2019 em decorrência de acidentes envolvendo veículos leves, motocicletas, ônibus, caminhões e atropelamentos, três eram mulheres (15,79%) e outras 16, homens (84,21%).
Quanto à idade das vítimas, nos dois anos, entre janeiro e novembro, os indicadores do Infosiga apontam predominância de óbitos entre os mais jovens.
Em 2020, a maior incidência aconteceu entre pessoas na faixa de 25 a 29 anos e na de 40 a 44, com três falecimentos em cada uma delas.
Em seguida, aparecem as faixas de 18 a 24 anos e 60 a 64, com dois óbitos cada, e ainda: 30 a 34 (um), 35 a 39 (um), 45 a 49 (um), 70 a 74 (um) e não definido (um).
Nos 11 meses de 2019, o Infosiga registrou cinco mortes de pessoas com idade entre 18 e 24 anos. Os demais acidentes vitimaram pessoas entre 25 e 29 anos (três mortes), 35 e 39 (duas), 40 e 44 (duas), 60 e 64 (duas), 30 e 34 (uma), 45 e 49 (uma), 50 e 54 (uma), 70 e 74 (uma) e não identificada (uma).
Entre os modais, o considerado mais perigoso continua sendo a motocicleta. Conforme o Infosiga, oito das 15 pessoas que perderam a vida neste ano envolveram-se em acidentes com motocicleta (53,33%). Três ocorrências vitimaram pedestres (20%) e quatro, ocupantes de carros (26,66%).
No ano passado, sete motociclistas morreram em decorrência de acidentes – o que representa 36,84% das mortes. Os outros 26,31% envolveram automóveis (cinco), pedestres (três, 15,78%), outros não identificados (três, 15,78%) e caminhão (um, 5,26%).
As colisões vitimaram mais pessoas nos dois anos, com sete óbitos de janeiro a novembro deste ano e seis no mesmo período do ano passado. O número de mortes por atropelamento aparece em seguida, com três em 2020 e seis em 2019.
As mortes por choque (ocasião na qual um dos veículos ou objeto atingido não está em movimento) registrou três casos neste ano e quatro no ano passado, no mesmo período.
Já os óbitos provocados por “outros tipos” de acidentes (capotamento, tombamento e quedas) ou causas não identificadas em boletins de ocorrências registraram duas mortes em 2020 e três em 2019.
Os condutores representam 66,67 das mortes neste ano, contra 47,37% em 2019. Em seguida, aparecem os pedestres, com 20% dos óbitos em 2020 e 26,32% no ano passado, e os passageiros, com 6,67% das fatalidades neste ano e 5,26% em 2019. As vítimas não definidas representam 6,67% neste ano, contra 21,05% no ano passado.
No 11º mês, o mais recente divulgado pelo órgão estadual, as estatísticas foram equivalentes, com um óbito em novembro de 2020 e outro em 2019. O óbito deste ano é do ajudante de pedreiro Francisco Antonio Azevedo, 42.
O acidente ocorreu no quilômetro 19 da rodovia Mário Batista Mori (SP-141), no dia 14, às 19h40. Segundo a Polícia Militar Rodoviária, a vítima foi encontrada na direção de um Ford Fiesta, tombado no meio da pista.
Em 2019, a jovem Thais Adriane Amaro, 20, perdeu a vida em um acidente de trânsito na estrada do distrito Americana. O caso ocorreu no dia 27, por volta das 6h. O carro que a vítima conduzia saiu da pista e bateu contra uma árvore.
O automóvel ficou destruído e a jovem, presa entre as ferragens. Os bombeiros foram acionados para o resgate, mas a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local.
De acordo com o diretor municipal do Departamento de Mobilidade Urbana, Yustrich Azevedo Silva, os motoristas e pedestres estão transitando com “mais cautela”.
Ele ainda classificou a sinalização no trânsito e o trabalho realizado pelo setor de fiscalização municipal como responsáveis pela redução dos acidentes e mortes no trânsito.
Os índices do Infosiga também mostram redução de 14,3% nos acidentes não fatais entre janeiro e novembro com relação ao mesmo período do ano passado, caindo de 769 para 659 ocorrências.
Neste ano, a maioria dos casos não fatais foi registrada nas tardes de segunda-feira e noites de sexta-feira. Quase metade dos acidentes refere-se a colisão (44,15%), sendo que 84,07% ocorreram dentro do perímetro urbano.
Os números do Infosiga são atualizados mensalmente pela Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e Corpo de Bombeiros. As corporações somam informações do SioPM (Sistema de Informações Operacionais da PM), que reúne dados de acionamento de viaturas para atendimento.
Os números do município estão na contramão dos estaduais. No estado de São Paulo, houve aumento de 2,9% no número de acidentes com vítimas fatais em novembro, passando de 420 óbitos, em 2019, para 432, neste ano.
Conforme o estado, as estatísticas foram influenciadas pelo acidente envolvendo ônibus e caminhão na cidade de Taguaí. Ao todo, a ocorrência vitimou 42 pessoas. Sem esse acidente, o estado teria redução de 7,1% nos índices.
No acumulado do ano, a redução é de 8,5% nas fatalidades (4.514 contra 4.934 em 2019) e de 10,4% nos acidentes (149.714 contra 167.072).
Das 16 regiões administrativas, oito tiveram queda nos índices de fatalidade: Baixada Santista (menos 37%), São José dos Campos (menos 27%), São José do Rio Preto (menos 25%), Presidente Prudente (menos 25%), Barretos (menos 20%), Bauru (menos 19%), metropolitana da capital (menos 13%), Sorocaba (menos 7%) e Campinas (menos 3%).
Registraram aumento nas fatalidades as regiões de Itapeva (mais 318%), Araçatuba (150%), Marília (133%), Ribeirão Preto (73%) e Franca (14%). Tiveram o mesmo número de óbitos as regiões central e de Registro.