Da reportagem
Os casos de mortes naturais tiveram queda pelo segundo mês consecutivo neste ano. Entre os dias 1º e 28 de fevereiro, Tatuí apresentou redução de 47,16% no número de declarações de mortes em comparação ao mesmo período de 2022.
No segundo mês do ano passado, 106 mortes foram registradas; já neste ano, foram 56 registros no período. Em janeiro, a queda havia sido de 37,6% em relação ao primeiro mês do ano passado.
Em fevereiro, a queda mais acentuada ocorreu com relação ao número de óbitos registrados por Covid-19. O número apresentado representa redução de 95,45% em comparação com o ano passado.
Conforme levantamento do Portal da Transparência do Registro Civil, administrado pela Arpen-Brasil (Associação Nacional dos registrados de Pessoas Naturais), no mês passado, uma pessoa perdeu a vida em decorrência da doença, enquanto, em fevereiro de 2022, ocorreram 22 óbitos.
A assessoria de comunicação do portal explica que, quando na declaração de óbito há menção de Covid-19, coronavírus ou novo coronavírus, considera-se como causa a Covid-19 (suspeita ou confirmada).
O Portal da Transparência é atualizado diariamente por todos os cartórios do país. As estatísticas se baseiam nas declarações (documentos preenchidos pelos médicos que constatam os falecimentos) que dão origem às certidões de óbitos, registradas nos cartórios para a liberação dos sepultamentos.
Ainda entre as causas respiratórias, a segunda maior redução ocorreu nos casos de insuficiência respiratória. Até às 13h de quarta-feira, 1º, o registro apontava que, no mês de fevereiro, duas pessoas haviam perdido a vida para a doença, o que representa queda de 60% em comparação a fevereiro de 2022, quando cinco morreram pela mesma causa.
Os casos de septicemia caíram 33,33% no segundo mês, passando de 12 declarações, em fevereiro de 2022, para oito óbitos, no segundo mês de 2023. Já os casos de pneumonia apresentaram redução de 11,11%, saindo das nove mortes registradas em fevereiro de 2022 para oito em 2023.
A cidade não registrou morte por SRAG (síndrome respiratória aguda grave) em fevereiro dos dois anos. No período, o município também não teve declaração de óbito por causa indeterminada (ligada a doença respiratória, mas não conclusiva).
Entre os óbitos por causas cardiovasculares, o relatório apontava que o número de infartos permaneceu estável, com quatro mortes no segundo mês de 2022 e outras quatro em 2023.
Já as mortes por questões vasculares inespecíficas baixaram de dez para dois no mesmo comparativo – o que corresponde a 80%. Outros 24 óbitos deste ano estão relacionados a outros tipos de doenças.
O índice de mortes por AVC (acidente vascular cerebral) foi o único com crescimento no período. Em fevereiro de 2022, o órgão apontava seis óbitos pela doença; já no segundo mês deste ano, foram sete.
A base de dados do portal da transparência é abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos (naturais e violentos) registrados nos Cartórios de Registro Civil do país. Os números ainda podem ser alterados, uma vez que o portal tem prazo legal de até 14 dias para lançar os óbitos.
A família tem até 24 horas após o falecimento para registrar o óbito em cartório, o qual, por sua vez, tem até cinco dias para formalizar o falecimento e, depois, até oito para enviar o ato à Central Nacional de Informações do Registro Civil, que atualiza a plataforma.