O Ministério da Saúde realizou mudanças no calendário de vacinação nacional. Em Tatuí, as unidades básicas de saúde (UBS) já efetuaram as alterações, que dizem respeito à quantidade de doses e faixa etária.
As mudanças passaram a vigorar a partir da segunda-feira da semana passada, 4, e abrangeram as vacinas de hepatite B, poliomielite, pneumocócica 10 valente, meningocócica C (conjugada), hepatite A e papiloma vírus humano (HPV).
De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Marilu Aparecida Rodrigues das Costa, é importante que a população saiba que as mudanças não trazem riscos para a saúde. “Algumas, inclusive, beneficiarão as crianças”, afirmou.
Na vacina contra hepatite B, houve ampliação da faixa etária de indicação, na qual a idade limite, que era de 49 anos, passou para “vacinação universal” (todas as idades).
Contra poliomielite, houve a substituição da terceira dose, injetada aos seis meses, da vacina oral pela vacina inativada, de forma injetável. A mudança, segundo Marilu, é uma nova etapa para o uso exclusivo da vacina inativada na prevenção contra a paralisia infantil, já que a primeira e a segunda dose já eram injetáveis.
Na vacina pneumocócica “10 Valente”, para pneumonia, a alteração foi o novo esquema básico de duas doses, sendo elas aos dois e quatro meses, e reforço, preferencialmente aos 12 meses. Também houve uma ampliação na faixa etária para vacinação, passando de dois para quatro anos de idade.
“Essa recomendação foi tomada em virtude dos estudos mostrarem que o esquema de duas doses, mais um reforço, tem a mesma efetividade do esquema três doses mais um reforço”, reforça Marilu.
Na vacina meningocócica C (conjugada), para meningite, o reforço passou a ser indicado para dosagem preferencialmente aos 12 meses, e houve ampliação na faixa etária, passando de dois para quatro anos de idade. As primeiras doses da meningocócica continuam sendo realizadas aos três e cinco meses.
Para a vacina contra hepatite A, a faixa etária passa de 12 para 15 meses, com o intuito de reduzir o número de aplicações aos 12 meses.
Contra papiloma vírus humano (HPV), a mudança ocorreu no esquema vacinal para duas doses, sendo a segunda seis meses após a primeira, e não sendo necessária a administração da terceira. “As pesquisas indicaram que duas doses alcançam o nível de proteção adequado para as adolescentes”, comentou.
Marilu revela que nascem, em média, 130 a 140 bebês por mês na cidade, e que cada UBS recebe uma quantidade suficiente de vacinas e soros para atender a essas crianças.
Ressalta, também, que as unidades básicas de saúde possuem horário de atendimento diferenciado. Sendo assim, os pais ou responsáveis que tiverem necessidade da vacina devem entrar em contato com o posto de saúde mais próximo para se informar sobre o horário em que a sala de vacinação está aberta.
Atualmente, o PNI (Programa Nacional de Imunizações) distribui cerca de 300 milhões de imunobiológicos anualmente, dentre vacinas e soros, além de oferecer à população todas as vacinas recomendadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) no Calendário Nacional de Vacinação.