Um homem de 20 anos foi morto por GCMs durante assalto a residência, na manhã de segunda-feira, 11. Segundo a Guarda Civil Municipal, Alison Felipe de Oliveira, 20, e Giovanny Mendes Pereira, 25, estavam fazendo quatro pessoas reféns na casa.
Um guarda passava pelo local quando percebeu a movimentação estranha na casa, que fica na rua Padre Donizete Tavares de Lima, no Jardim Fortunato Minghini.
Com o reforço, os guardas entraram na casa e detiveram Pereira, que estava desarmado, no quintal, segundo o comandante da GCM, Doraci Dias de Miranda. “Um dos meliantes estava segurando a vítima pelo pescoço, mas, como estava desarmado, foi preso pela Guarda Municipal”, contou ele.
De acordo com os agentes de segurança, Oliveira foi surpreendido no mezanino da sala, onde estava armado com um revólver Taurus calibre 38. Ao ser ordenado pelos guardas para que se entregasse, Oliveira teria apontado a arma para os agentes, que dispararam contra o ladrão.
“Os agentes tentaram convencê-lo a se entregar, mas ele apontou a arma, ameaçando os guardas. Ele foi atingido com dois tiros, um no tórax e outro na cabeça”, afirmou o comandante.
Os agentes estavam armados com uma espingarda calibre 12 e uma pistola semiautomática calibre “ponto 40”. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, entretanto, quando chegou ao local, Alison Oliveira havia falecido.
O Instituto de Criminalística foi chamado ao local para a perícia. Ao lado do corpo de Oliveira, foi encontrada a arma que teria sido usada para ameaçar os guardas e as vítimas. O revólver estava com a numeração raspada.
Em uma mochila que o assaltante usava, foram encontrados R$ 150, uma câmera fotográfica com lente objetiva, diversas bijuterias e um relógio de pulso. Os objetos e valores foram roubados das vítimas.
No mezanino onde o corpo estava, também foram encontrados, por policiais civis, um aparelho celular, um capacete e a chave da motocicleta usada pelos ladrões. Outra mochila, com 14 munições intactas, também foi encontrada. Na cueca do meliante, ainda havia R$ 1.735 em espécie.
Com o comparsa Pereira, foi encontrado, em uma mochila, um pote plástico com R$ 60 em moedas e uma sacola de plástico contendo tiras de pano para amarrar as vítimas, assim como um capacete branco, usado no deslocamento de moto.
Questionado pelos guardas, Pereira afirmou que Oliveira, o comparsa morto, o havia chamado para fazer o assalto. Um funcionário da vítima, de nome “Rafael”, teria passado as informações sobre a residência, indicando existir “grande quantidade de dinheiro” no local.
O proprietário da casa é dono de um centro automotivo. O funcionário, Rafael de Morais Manoel, 25, foi preso pela GCM, acusado de envolvimento com no crime.
Outro colega dos assaltantes, Matheus Silvério, também foi preso. Segundo a Polícia Civil, ele teria emprestado a motocicleta, uma Honda Titan, para os ladrões assaltarem a residência.
Segundo informações obtidas pelos investigadores, Silvério teria emprestado a moto para Oliveira em outras ocasiões. “Os policiais civis identificaram o dono da moto e o prenderam por participação no crime”, informou Miranda.
Os três jovens foram presos em flagrante e encaminhados ao Centro de Detenção Provisória de Capela do Alto, onde vão esperar pelo julgamento.
O caso foi o primeiro de morte violenta no ano de 2016. Os guardas civis não responderão por homicídio, pois ficou entendido que eles agiram “no estrito cumprimento do dever legal e em legítima defesa”, conforme registrado no boletim de ocorrência.