Com o intuito de homenagear as mulheres da cidade, a Prefeitura, por meio da Secretaria da Saúde e do Fusstat (Fundo Social de Solidariedade de Tatuí), realizou um evento especial para as tatuianas, na Praça da Matriz.
Durante a quinta-feira, 8, Dia da Mulher, das 16h às 20h, as mulheres que passaram pelo local puderam dançar, cantar, cuidar da saúde e da estética.
Primeira mulher eleita como prefeita da cidade, Maria José Vieira de Camargo prestigiou o evento e, após declamar no palco uma poesia, lembrou, em entrevista a O Progresso, o histórico de luta das mulheres americanas, em 1929, e da brasileira Maria da Penha, que denunciou a violência sofrida pelas mulheres e acabou sendo causa de mudança da legislação correspondente a esse crime.
“Fico impressionada e muito surpresa de ver o quanto ainda a mulher sofre a violência doméstica”, observou a prefeita Maria José. Ela destacou, que apesar de não ter sofrido nenhum tipo de barreira no comando do município por ser mulher, reconhece a luta e o empenho feminino contra o preconceito e as dificuldades encontradas no dia a dia.
“Eu, como prefeita eleita, tenho o sonho de entregar, depois de quatro anos, uma cidade melhor que aquela que eu recebi em janeiro de 2017”, confessou.
Os técnicos da Secretaria Municipal de Saúde realizaram diversos serviços gratuitos para as mulheres, como aferição de pressão arterial; informações sobre prevenção e orientação sobre DST/Aids e dengue; orientações sobre câncer de mama, de colo de útero e de pele.
Organizando o evento, a presidente do Fundo Social de Solidariedade, Sônia Maria Ribeiro da Silva, sustentou que a data deve ser comemorada por representar um histórico de lutas e conquistas.
“A mulher nunca foi valorizada. Hoje, ela vai à luta, batalha, cuida dos filhos e da casa, e nunca perde a sensibilidade, sem endurecer. Isso é importante na mulher: a doçura, a meiguice, e sendo sempre uma guerreira”, completou Sônia.
O Fusstat entregou lembranças com um cartão para as mulheres que participaram das comemorações.
Acompanhando o evento, a empresária e conselheira do Fundo Social Alessandra Vieira de Camargo Teles falou sobre a mulher na sociedade e sobre o orgulho de ter a mãe como primeira prefeita eleita da história da cidade.
“Realmente, é um grande orgulho. Ela sempre foi o nosso orgulho, mesmo antes de prefeita, como empresária, como esposa, como mãe dedicada à família, como avó. Ela, realmente, é um ser humano muito especial, de muita sensibilidade, muito batalhadora”, comentou Alessandra.
“Hoje, vejo como um dia muito especial. Realmente, a mulher tem que ser valorizada cada vez mais, não ser discriminada. Eu não tive esse problema, mas tem pessoas que têm”, reconheceu.
No evento, o Nasf (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) realizou tratamento de acupuntura nas mulheres. O serviço buscava, por meio da medicina alternativa, o tratamento de sintomas como dores, ansiedade, estresse e insônia.
A empresa Boticário destinou uma equipe para fazer maquiagens nas homenageadas, que formaram fila para cuidar da beleza. Quem passou pelo local não deixou de acompanhar as atividades.
Os profissionais do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) também marcaram presença, informando a população sobre casos de emergência
Na área reservada ao Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, lembranças da história com grandes mulheres brasileiras, que inspiraram e deram força à luta feminina no Brasil, como Pagu, Maria Lenk, Olga Benário, Zilda Arns e Anita Malfati.
Muito animada, a aposentada Ana Conceição Brandão aguardava o momento de subir ao palco para cantar, junto com as amigas do projeto Envelhecer com Qualidade de Vida. “O Dia da Mulher é o dia de todas. A mulher nasceu para ser valorizada todos os dias da vida dela”, definiu ela.
No repertório, músicas que reforçam a importância feminina na formação da família, como “Maria, Maria”, de Milton Nascimento. Quase no final, todas foram convidadas a fazer um alongamento corporal, estimuladas por músicas.
A ideia de criar o Dia da Mulher surgiu no final do século 19 e início do século 20, nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas femininas por melhores condições de vida e trabalho, e pelo direito de voto.