Da reportagem
“Zerar a fila” de esperar de cirurgias de catarata em Tatuí é um compromisso do governador Rodrigo Garcia. A afirmação foi dada pelo presidente da Câmara Municipal, Antonio Marcos de Abreu (PSDB), durante a sessão ordinária desta semana, segunda-feira, 30 de maio.
Além da afirmação, Abreu apresentou, juntamente com os vereadores Cláudio dos Santos (PSL), Débora Cristina Machado de Camargo (PSDB) e Paulo Sérgio de Almeida Martins (PRTB), o requerimento 1.547/22 a Garcia, perguntando sobre a possibilidade de zerar a fila no estado e no município.
Na tribuna, Abreu explicou que a solicitação surgiu em reunião do Parlamento Regional Metropolitano de Sorocaba, Itapetininga e Tatuí, criado pela Uvesp (União dos Vereadores de São Paulo) e integrado por 34 municípios – da qual ele é vice-presidente.
O vereador afirmou que enviara ofício à secretária municipal da Saúde, Olga Daniela Kramek, e ela respondera que há, no momento, 252 pacientes na lista de espera para a realização do procedimento cirúrgico em Tatuí.
Ainda em relação à área, Abreu relembrou que, nas últimas semanas, a UPA (unidade de pronto atendimento) “Augusto Moisés de Menezes Lanza” tem sido o principal assunto na Casa de Leis, porém, ressaltou que a pasta da Saúde precisa “ajudá-la”.
Abreu apontou que, em todas as UBSs (unidades básicas de saúde) e ESFs (Estratégia Saúde da Família) locais, há médicos que atendem pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e questionou o motivo de encaminharem pacientes à UPA, mesmo quando identificam necessidade de internação.
A O Progresso de Tatuí, o presidente disse ter sido procurado por um pai, “desesperado e aos choros”, na manhã de segunda-feira, 30 de abril, às 11h25, relatando que a filha havia sido diagnosticada com pneumonia e, assim, necessitando de internação.
Contudo, o médico pediatra que atendeu a criança (que também atua pelo SUS), segundo o parlamentar, ao invés de solicitar a internação imediata na Santa Casa, encaminhou-a para outro profissional, na UPA.
“Não existe isso. Se o paciente ‘é’ do SUS, não há necessidade de ele passar pela UPA, aguardando para ser internado na Santa Casa. É grave e previdências precisam ser tomadas”, declarou. “Se existe esse protocolo municipal de saúde, ele tem de ser revisto”, acrescentou Abreu.
Durante a sessão ordinária, os vereadores debateram e aprovaram mais de cem documentos, sendo 9 indicações, 79 requerimentos e 14 moções de aplausos e congratulações.
Entre os documentos aprovados, Fábio Antônio Villa Nova (PP) pede que o Executivo realize campanhas educativas e de sinalizações de trânsito no município, de acordo com o CBT (Código Brasileiro de Trânsito)
Villa Nova elogiou a prefeitura pelo desligamento do semáforo da rua 11 de Agosto na altura da travessa Romeu Picchi, no Jardim Lucila. Segundo ele, o trânsito está fluindo melhor no local, apesar de os pedestres precisarem redobrar o cuidado para atravessarem a via.
Eduardo Dade Sallum (PT) apresentou uma série de questionamentos sobre dívida da prefeitura com a Empresa Rosa, perguntando o valor atualizado e se a cobrança já foi judicializada. Sallum afirmou que a dívida estaria em torno de R$ 40 milhões.
Por fim, Débora voltou a pedir que a prefeitura disponibilize um novo veículo ao Banco de Alimentos, pois o atual estaria em situação “deplorável”. Ela também apresentou uma moção parabenizando o restaurante Bom Grill pela doação de alimentos que seriam descartados aos moradores de rua.