Lar São Vicente de Paulo reinaugura bazar que estava fechado para obras





Amanda Mageste

Bazar do asilo está aberto à população toda quinta-feira

 

Na quinta-feira, 8, o Bazar do Lar São Vicente de Paulo reinaugurou com um espaço maior para a exposição dos produtos. De acordo com a segunda-secretária da diretoria, Célia Holtz, o local duplicou de tamanho e, agora, é possível atender mais pessoas e oferecer número maior de produtos.

Antes da abertura do portão de entrada, havia muitas pessoas aguardando para conferir o novo espaço e as peças oferecidas.

No bazar, é possível adquirir peças de roupas, utensílios domésticos, aparelhos eletrônicos, móveis – estantes, camas e sofás –, calçados, produtos de beleza, bijuterias, enfeites para casas, livros e, até, vestidos de noiva.

Célia disse que a venda de livros é nova no bazar. “Eu chamei de ‘Cantinho Seboso’, uma parte que a gente vai colocar os livros que a gente ganha. Tem muitos livros de culinária, uma coleção muito boa mesmo, além de CDs e LPs”.

Os preços, segundo Célia, são bem acessíveis à população e os produtos disponíveis, oferecidos em bom estado.

“O cálculo do preço é feito pela nossa experiência mesmo. As roupas estão em ótimo estado, porque estamos com um nível de exigência maior do que antes e, também, porque as doações estão em alta para a entidade”, afirmou a segunda-secretária.

Na entrada do bazar, segundo Célia, cinco peças de roupas são vendidas a R$ 1. Em ocasiões anteriores, chegaram a ser vendidas dez peças pelo mesmo preço. O cálculo é feito baseado no estado do vestuário.

Além do bazar, no fundo do local, há um brechó, onde estão disponíveis roupas e sapatos “mais bem selecionados” e com preços um pouco maiores – mas, segundo Célia, acessíveis.

“Há umas botas muito bonitas, que vieram dentro das próprias caixas, e casacos de lã”, destacou Célia. Ela contou existir triagem pela qual tudo é selecionado e o que há de melhor vai para o brechó, com um preço diferenciado.

Célia ressaltou que as roupas faltando alguma peça, como botões, por exemplo, ou que estão precisando ser lavadas “melhor”, o asilo não oferece no bazar, envia a outras entidades ou doa para a população em bairros carentes.

Roupas, móveis e utensílios que estão em bom estado, antes de irem ao asilo, são analisados pela equipe do local, para ver o que será necessário deixar para os internos, ou o que os voluntários do Lar podem utilizar na entidade.

De acordo com Célia, roupas de cama e banho quase sempre ficam no asilo para os internos, pois a troca desse tipo de produto é feita rotineiramente, devido ao “desgaste”. A maioria de calçados que serve aos assistidos também é deixada para eles.

A prioridade para outros utensílios que podem ser reaproveitados no Lar também ocorre. “Esses dias mesmo, a gente ganhou uma faca elétrica e já ficou para uso da cozinha, como com uma batedeira de bolo também”.

“Essa semana da reinauguração, casualmente, queimou a geladeira do setor masculino. Então, tínhamos uma doação, e ela já foi, imediatamente, reposta. Colocamos prioridade total para o uso do Lar”, ressaltou Célia.

De acordo com a segunda-secretária, o trabalho para reinaugurar o bazar com muitos produtos à disposição foi bastante intenso entre ela e a equipe do Lar São Vicente Paulo.

“Nós trabalhamos muito durante as três semanas que antecederam a reinauguração, e, antes desse tempo, teve a reforma, pintura e adaptações do prédio”, ressaltou.

Ela disse que a intenção era alugar uma parte do barracão, mas decidiu-se, junto à diretoria, que o melhor a fazer era ampliar o espaço para conseguir expor os móveis que, anteriormente, ficavam na própria sede do asilo, o que causava um “pequeno transtorno”.

“O pessoal vinha para cá (bazar) e, depois, tinha que subir (ao asilo). Agora, com tudo no mesmo lugar, facilitou. Dobrou o espaço, triplicou o trabalho. Mas, vamos em frente, porque tudo isso a gente faz em prol dos assistidos”, afirmou.

De acordo com Célia, o funcionamento do bazar será “como antes”, com toda a renda revertida ao Lar e todos os produtos de doações de moradores.

A segunda-secretária disse que a continuidade do bazar é muito importante para o asilo e lembrou que, no ano passado, a renda foi de R$ 90 mil.

“É uma cifra muito significativa para uma entidade. Fora o que a gente recebe, que não é contabilizado, como roupas, remédios e utensílios que ficam no local”.

Célia explicou que o funcionamento do bazar é simples. Ao entrar, a pessoa recebe uma sacola ou um cesto, onde deposita tudo o que pretende comprar e, na saída do espaço, há uma “tenda” em que ficam três voluntárias responsáveis por fazer a contagem dos produtos e somar os valores.

Conforme Célia, como todas as peças são doações, é importante que a população ajude com roupas, utensílios, móveis e livros não mais utilizados.

“Às vezes, a gente tem uma peça em casa, não sabe o que fazer com ela e, então, joga fora. Cansei de passar na frente de várias casas aqui em Tatuí e ver coisas jogadas, que poderiam ser reutilizadas em outros lugares. Por isso, peço que as pessoas pensem e saibam que o asilo aceita as coisas, desde que estejam em estado bom”, frisou Célia.

Para doações de móveis que necessitam transporte, a segunda-secretária informou que basta ligar para o telefone 3251-4286, combinar data e horário, que um responsável do asilo irá pegá-los.

Doações de pequenas coisas, que podem ser transportadas pela própria pessoa, devem ser deixadas na sede do próprio Lar (rua Professor Francisco Pereira de Almeida, 451).

“A gente enfatiza que o bazar é muito importante para ajudar os internos e a própria população, pois os preços são acessíveis”, afirmou Célia.

O bazar funciona toda quinta-feira, das 13h30 às 17h, na rua Professor Francisco Pereira de Almeida, s/nº.