Junta Militar estima alistar 1.200 jovens nascidos em 1996





Paula Bragalda

Jovem em atendimento para alistamento militar

 

Aproximadamente 1.200 jovens nascidos em 1996 e das “classes anteriores” (1995 e 1994) devem se alistar nos próximos meses para o serviço militar. Sem cumprir a obrigatoriedade, eles podem ficar impedidos de se matricular em faculdades, tirar título de eleitor, CPF e fazer intercâmbio.

De acordo com o secretário da Junta Militar, Márcio Aparecido Vieira, em 2013, 988 pessoas alistaram-se. Porém, quem deixou de fazê-lo, ou não precisou do comprovante de dispensa, pode considerar-se com “saldo devedor” junto ao serviço militar.

“Eles estão em débito. A pessoa tem que ir até o órgão militar do seu município para fazer a atualização desse documento. Se não se alistou, aliste-se, ou venha pegar o atestado de dispensa”, orienta Vieira.

Ele explica que, em anos anteriores, o documento de alistamento (no caso do município de dispensa) emitido pelas juntas não era obrigatório.

Entretanto, a exigência tornou-se necessária, pois, sem ele, documentos e ações importantes deixam de ser executadas. “Para se fazer tudo, é exigido este documento, CPF, título de eleitor, matrícula da faculdade, escola e afins”.

Para os irregulares, a Junta Militar cobra taxa, considerada pelo secretário como irrisória, de R$ 2,40, devido a tarifa bancária. Sem esse acréscimo, o valor seria de R$ 1,38. Para se regularizar, os jovens devem comparecer ao prédio da Junta, munidos de RG e comprovante de residência.

O prazo para o alistamento vai deste mês até junho – mesmo prazo do ano de 2013. Trata-se de período considerado extenso pelo secretário, que solicita atenção dos jovens, pois, em outros anos, o tempo de alistamento foi menor.

“Quando havia Tiro de Guerra aqui, eles exigiam que o alistamento fosse somente de janeiro a abril, para poderem fazer a seleção, mas, agora com a desativação do órgão, o prazo aumentou, e os jovens têm, obrigatoriamente, que resolver esta situação”.

Os alistados nesse período que conseguirem o CDI (certificado de dispensa de incorporação) participarão de uma solenidade cívica. Ela inclui juramento à bandeira e deve ser realizada pelo setor no dia 23 de maio, às 10h, na Concha Acústica – que está em reformas – ou no Ginásio Municipal de Esportes.

Vieira está à frente da Junta em Tatuí há 18 anos, sendo ela subordinada à 15a Delegacia de Itapetininga. A equipe que atua no município possui três integrantes.

Além do alistamento militar, a junta oferece os seguintes serviços à população: segundas vias de reservista, de CDI, CDSA (certificado de dispensa do serviço alternativo) e CI (certificado de isenção) para portadores de necessidades especiais.

Neste caso, as pessoas com problemas físicos – de audição, entre outros – devem estar acompanhados.

Durante entrevista a O Progresso, o jovem estudante do Conservatório Lucas Amorim, residente em Tatuí, mas natural de Palhoça, procurou a Junta para atualizar o CAR. Ele precisa do documento para realizar intercâmbio.

“Ele é da classe de 1993. No caso, já foi realizada a dispensa no município do Estado dele, mas precisou atualizar para a viagem internacional”, explicou Vieira.

Quem precisar do atendimento da Junta deve procurá-la na rua 11 de Agosto, 28, ou pelo telefone 3251-4855.