AC Prefeitura / Evandro Ananias
José Roberto Amaral deixou o cargo após nove meses de gestão
Até esta semana não havia sido nomeado o novo responsável pela Secretaria Municipal da Infraestrutura, Meio Ambiente e Agricultura. No início de abril, o arquiteto José Roberto Amaral pediu exoneração do cargo.
Amaral afirma não saber quem será seu sucessor. “Estou aguardando para saber quem vai ocupar a vaga, mas acho que o prefeito já tem um nome, e acredito que foi uma boa escolha”.
Ele exerceu o cargo de secretário por nove meses e reforça que pediu exoneração por questões pessoais, desmentindo boatos de que teria sido demitido.
“Eu percebi que algumas coisas não vinham dando certo e, por isso, achei melhor sair a esperar que mudasse. E também queria dar mais atenção ao meu escritório de arquitetura”, declarou.
Durante os nove meses em que esteve à frente da secretaria, o escritório funcionou com um engenheiro e uma estagiária de arquitetura, mas, “como a dedicação era integral na Prefeitura, ficava difícil dar atenção para a empresa”.
“Eu estava deixando de fazer o que eu havia me proposto quando voltei para Tatuí, que era me dedicar à arquitetura. Quando percebi que não dava para conciliar as duas funções, achei melhor pedir exoneração”.
O ex-secretário relata que a secretaria é bastante “problemática”, pois lida com diversas questões que afetam diretamente a população, como “varreção” de rua, pavimentação, obras em geral e meio ambiente.
“Ela é uma secretaria grande, que está ligada a muitas frentes de trabalho. Por isso, possui bastantes problemas para serem resolvidos. Mas, nós atuávamos com uma equipe boa, e estávamos bem assessorados pelos diretores que davam sustentação aos trabalhos”, reconhece Amaral.
Segundo ele, o maior desafio de estar à frente da secretaria foi de caráter pessoal, junto aos funcionários públicos, já que atuar com as pessoas pode ser “difícil”. “Eu resolvi não mexer na estrutura que recebi como herança e continuei trabalhando com as pessoas que já estavam ocupando suas funções lá”.
Amaral comenta que a dificuldade era convencer as pessoas de que as ideias dele dariam bons resultados. “Eu tinha que fazer os funcionários trabalharem dentro da minha filosofia e não na de outra pessoa. Era uma luta constante manter a equipe entrosada, mas vejo que, de uma forma ou de outra, eu consegui”.
Apesar dos desafios, o ex-secretário frisa que a experiência de estar no cargo foi bastante rica e que o grupo estava desempenhando um bom trabalho.
Ele informa que foram feitos 25 mil metros quadrados de “tapa-buraco”, a ponte da Colina Verde foi consertada, o leilão de carros velhos foi viabilizado e houve melhoria na condição de trabalho dos próprios funcionários da secretaria.
“Um dos meus objetivos era dar melhores condições para que os funcionários trabalhassem bem. Viabilizamos a construção de um refeitório e disponibilizamos os EPIs (equipamentos de proteção individual) para os servidores terem mais segurança”.
Os nove meses de atuação como secretário foram avaliados como bons por Amaral. “Não digo que a gestão foi ótima porque realmente não conseguimos fazer tudo aquilo que nós queríamos, mas acho que, dentro das condições, conseguimos levar a secretaria bem”.
Amaral informa que continua dando apoio à administração e se colocou à disposição para o que o prefeito precisar.
No entanto, descartou a hipótese de alguma função pública. “Não gostaria mais de assumir cargos como esse, pois hoje estou dedicado a reorganizar e fortalecer meu escritório. Quando ‘estamos’ secretário, é bastante desgastante. Então, acho que os nove meses foram suficientes”, finaliza.