Informatização do ‘Fortunato Minghini’ sairá R$ 2.600/mês





A informatização do Banco de Sangue “Fortunato Minghini” sairá por R$ 2.600 ao mês, de acordo com estimativa divulgada pela empresária Rita Corradi Azevedo.

Responsável pela implantação da campanha de coleta de sangue no município (em prol ao Hemonúcleo Regional de Jaú), ela informou que o valor contempla apenas os custos da manutenção do sistema.

O projeto de informatização prevê instalação de “software” (programa de computador) utilizado por uma rede de hemonúcleos e hospitais espalhados pelo país.

Por meio dele, os doadores do município seriam incluídos num banco de dados que facilitaria a obtenção de bolsas de sangue de tipo sanguíneo raros.

Por meio do sistema, tanto pessoas de outras cidades do Estado como do próprio município poderiam ser beneficiadas. A implantação, no entanto, exige a compra de novos equipamentos, a instalação de rede de cabeamento e o pagamento da licença do programa. Ao todo, devem ser gastos R$ 30 mil na informatização.

O valor está sendo angariado pela empresária, pelo Lions Clube do município e colaboradores. Em outubro do ano passado, eles promoveram, no Clube de Campo, o “Superjogo de Vôlei”, com ingressos revertidos à iniciativa.

Rita apresentou a ideia ao presidente do clube de serviços do município, Adib Millen, e à esposa dele, Lindalva, ainda no ano passado.

Eles discutiram a sugestão com a comissão de esportes e lazer do Lions (presidida por Mário Celestino Peixoto, que tem como domadora Roseni) e, em entendimentos com a Prefeitura, a comissão passou a organizar o evento de voleibol.

A ação contou com apoio da Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Juventude e da diretoria do Clube de Campo (João Francisco e Marisa Almeida).

No intervalo entre uma partida e outra (jogos amistosos), a organização sorteou uma camiseta da campanha de doação de sangue. O público pagou R$ 5 para assistir aos jogos e concorreu à doação de uma camiseta da seleção brasileira autografada pelo atacante Dante Guimarães Santos do Amaral.

Neste ano, a iniciativa conta com novos membros. São parceiros a Acertar (Associação dos Ceramistas de Tatuí e Região), Rotary Club e lojas maçônicas. As instituições deverão trabalhar para levantar fundos para a compra de computadores e utensílios de laboratório. Entre eles, 18 poltronas elétricas, biombos, sistema fracionado de sangue, alicates e seladoras.

Enquanto o projeto não se concretiza, Rita ajuda a promover as campanhas de coleta de bolsas de sangue (iniciadas no dia 30 de janeiro). Ela também criou um perfil em rede social (Facebook), com o nome “Doe Sangue Tatuí”.

Por meio dele, ela posta informações que ajudam no esclarecimento de dúvidas dos doadores e mobiliza os voluntários a auxiliarem pessoas que precisam de doações.

A ideia de criar campanhas de doação no município partiu da empresária. O pai dela havia adoecido e sido transferido ao hospital referência de tratamento de câncer de Tatuí, o “Amaral Carvalho”, da cidade de Jaú. Na ocasião, a empresária contou que havia, no banco do hemonúcleo, apenas sete cadastrados.

“Muitas pessoas começaram a me procurar para buscar por doadores, quando precisavam, em caso de transplante. Os tatuianos precisam de sangue, também. Hoje, recebemos pessoas ‘de fora’ para doar”, comentou.

Antes da doação, a pessoa precisa passar por quatro etapas: análise de imunidade, cadastro, aferição de pressão e entrevista. Os interessados devem levar documento com foto. “A doação é rápida, indolor e segura”, falou Rita.

Conforme ela, uma bolsa de sangue pode ajudar a salvar até cinco vidas. A comerciante informou, ainda, que doadores têm outra vantagem: podem ser isentados do pagamento de qualquer taxa de concurso público. Também de acordo com ela, a carteira pode ser usada como critério de desempate em concursos públicos.