Da reportagem
Tatuí terminou o primeiro mês deste ano com crescimento nos indicadores de furtos de veículos e furtos em geral, em comparação a janeiro do ano passado. As estatísticas estão em relatório divulgado pela SSP (Secretaria Estadual de Segurança Pública) na tarde desta sexta-feira, 25.
Conforme o levantamento do órgão estadual, os casos de furtos envolvendo veículos cresceram 320%, passando de cinco casos, em janeiro de 2021, para 21 ocorrências, no primeiro mês de 2022.
No indicador de furtos em geral, o aumento não é tão expressivo. No primeiro mês do ano passado, o município registrou 50 ocorrências nesta categoria, enquanto, em janeiro deste ano, foram 60 casos – o que corresponde a crescimento de 20%.
Outros índices com aumento no começo deste ano são os de tentativa de homicídio e lesão corporal culposa. No primeiro indicador, houve crescimento de um para dois casos, no período; já no segundo caso, o indicador saiu de zero para um.
Os indicadores de crimes contra o patrimônio também apontam crescimento no número de roubo de veículos. Nenhum caso foi registrado em janeiro do ano passado, contra uma ocorrência no primeiro mês deste ano.
Em contrapartida, os números de roubos em geral (incluindo de carga) apresentaram queda de 16,66%, passando de seis para cinco neste ano. No mês de janeiro, não houve ocorrência de roubo a banco em nenhum dos dois anos pesquisados.
Outro indicador em queda no primeiro mês é total, o de estupros. Em janeiro de 2021, dez pessoas registraram violência sexual, enquanto, em 2022, o número ficou zerado. Os crimes desta natureza que vitimaram menores de idade e pessoas tidas como vulneráveis caiu de nove para zero.
Na tabela divulgada pelo órgão estadual, os índices em relação ao trânsito também apresentaram queda. O número de homicídio culposo por acidente de trânsito (quando não há intenção) caiu de um para zero no primeiro mês do ano.
Nos dois anos, não houve casos de lesões corporais culposas envolvendo veículos, com feridos em acidentes e atropelamentos. Os indicadores de homicídio doloso e de vítimas deste tipo de crime também permaneceram zerados no primeiro mês de 2020 e de 2021.
O município também não registrou casos de latrocínio, lesão corporal seguida de morte e de homicídio (doloso ou culposo) no primeiro mês dos dois anos analisados.
Estado
O estado de São Paulo terminou o primeiro mês deste ano com a menor taxa de homicídios dolosos da série histórica, iniciada em 2001. No período, as mortes intencionais recuaram, assim como os roubos seguidos de morte e estupros. Os roubos a banco e as extorsões mediante sequestro permaneceram estáveis.
No mês passado, os homicídios dolosos tiveram queda de 16,9% na quantidade de casos e recuo de 15,3% no número de vítimas, se comparados a janeiro de 2021. O primeiro indicador passou de 284 para 236 e o segundo oscilou de 295 para 250. Os totais são menores desde 2001.
Com as reduções, as taxas dos últimos 12 meses (de fevereiro de 2021 a janeiro de 2022) ficaram em seis ocorrências e 6,31 vítimas de morte intencional para cada grupo de 100 mil habitantes. Os índices são os menores desde 2001.
Nos latrocínios, houve queda de três boletins e três vítimas no primeiro mês deste ano em relação a igual período do ano anterior. Ambos os indicadores passaram de 16 para 13 – a menor somatória da série.
Os estupros seguiram a tendência e também diminuíram. Em janeiro deste ano, houve 921 ocorrências desta natureza, contra 1.095 em igual mês de 2021.
Em contrapartida, outros indicadores criminais cresceram no primeiro mês do ano, em comparação a igual período do ano anterior. Os furtos em geral e de veículos subiram 21,7% e 22,5%, respectivamente, com um total de 42.550 e 7.045 ocorrências.
Caso parecido ocorreu com os roubos em geral e de veículos. O primeiro teve elevação de 6,4%, com o registro de 20.474 boletins; o segundo cresceu 3,2%, somando 2.869 registros.
Em janeiro de 2022, houve dois boletins a mais de roubo de carga em relação a igual mês de 2021, quando foram contabilizados 570 casos.
O trabalho das polícias paulistas, em janeiro, resultou em 11.188 prisões e na apreensão de 762 armas de fogo ilegais. Também foram registrados 2.586 flagrantes por tráfico de entorpecentes.