IMPEACHMENT – ‘í‰ preciso varrer a corrupção do paí­s’, declara M. Quadra





Segundo candidato mais votado em Tatuí para o cargo de deputado federal em 2014, Marcos Rogério de Campos Camargo, do PRB (Partido da Republicano Brasileiro), enviou, nesta semana, posicionamento sobre os protestos registrados em todo o país, contra e a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Atualmente ocupando cargo de secretário municipal da Administração, Camargo recebeu 6.349 votos no município no ano retrasado.

Ele e mais dez políticos (os cinco mais votados que concorreram para deputado estadual e os cinco para federal), entre eleitos e não eleitos, foram procurados por O Progresso para tecer considerações sobre a situação política do país.

Por meio de assessoria, Camargo considerou os protestos como um reflexo do descontentamento da população. Os focos dos manifestantes têm sido o governo da presidente Dilma, o PT (Partido dos Trabalhadores) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em balanço, Camargo sustenta que os movimentos representam “um grito democrático contra a atual situação política e econômica do país”.

“O povo cansou de assistir a um governo corrupto, políticos de vários partidos, que foram eleitos para nos representar, envolvidos em escândalos comprovados de furto aos cofres públicos”, iniciou.

Conforme ele, o descontentamento se deve aos aumentos “sem controle” dos impostos, inflação e desemprego. “Um descaso total. Assim, a nação saiu às ruas e conseguiu deixar explicito seu pedido de impeachment da presidenta Dilma, o apoio ao juiz Moro e a punição aos envolvidos no caso ‘Lava Jato’”, acrescentou.

Na opinião do político, os atos de mobilização “se tornaram uma convocação a todos os brasileiros de bem”. Para ele, “os movimentos ajudam na mudança de posicionamento dos cidadãos, servindo de alerta para que eles se atentem para as ações dos governantes e se posicionem a favor da ética e da defesa do bem comum”.

Camargo apontou que os reflexos da situação política do país – que afetam a economia – “são sentidos por qualquer dona de casa”. “No município, a questão passa pela queda de arrecadação, com a falta de repasses dos governos federais e estaduais”.

Segundo Camargo, em Tatuí, o quadro interfere na qualidade de vida do cidadão, afetado pelo desemprego. “Quem não conhece alguma pessoa que ficou desempregada recentemente, ou até mesmo uma empresa que fechou suas portas?”, indagou.

Desta forma, o secretário afirmou que o cidadão perde poder de compra. “O resultado é que, cada vez mais, recorre à administração municipal, que é a mais próxima”.

Favorável à abertura do processo de impeachment contra a presidente da República, Camargo defende a saída de Dilma como o primeiro passo para que o país saia da crise.

“As ações deste atual governo brasileiro não têm credibilidade nenhuma. Precisamos de investimentos. O mundo acredita em nosso potencial econômico, porém, espera o fim de uma era de corrupção”.

O político argumentou que, além do clamor nas ruas, o “Judiciário comprovou a existência de atos ilícitos por parte do governo em um processo dentro da legalidade”. Camargo declarou, ainda, ser inadmissível que a presidente queira se manter no poder para acobertar “uma corja de corruptos”.

Ele defendeu a necessidade de trabalho para o combate à corrupção em todas as instâncias e partidos. Para o atual secretário municipal, quem cometeu crimes deve ser responsabilizado, independentemente do partido que esteja ocupando.

Camargo disse que a situação de instabilidade afeta diretamente a população do município. Isso porque houve queda “drástica” do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Conforme ele, o FPM de 2016 está menor que o de 2015, ano em que as prefeituras registraram redução no valor recebido.

“Recurso que poderia se transformar em mais escolas, melhor infraestrutura, investimentos na área social, na criação de empregos e outros”, disse.

Para o secretário, a destituição da presidente funcionaria como exemplo, à sociedade, da existência de mecanismos de combate à corrupção. Camargo defendeu, ainda, o “fim da impunidade em todas as instâncias e esferas”.

Ele afirmou que a saída de Dilma “não é o ponto de chegada, mas o de partida para que o país possa evitar problemas semelhantes”.

“Os homens públicos precisam entender que a responsabilidade e o zelo pela coisa pública são obrigações. O tempo do ‘rouba mas faz’ tem que ficar no passado”, comentou.

“Quem desvia dinheiro, desvia do remédio, da cesta básica, de uma nova escola ou de um novo posto de saúde. É preciso banir, varrer a corrupção da história do nosso país”, concluiu.