Grupo heterogêneo de artistas traz exposição para o Museu ‘P. Setúbal’





Reprodução

O Mundo Imaginário das Lucilas, obra de Fefeu Neto

 

Definido como “conjunto heterogêneo de artistas que buscam compreender a arte e seu entorno”, o Grupo Usina 14 abre, na noite de domingo, 8, exposição em Tatuí. A mostra, composta de várias expressões, será exibida no Museu Histórico “Paulo Setúbal”, a partir de evento programado para as 19h.

Nascido do convite para uma exposição no Cefe (Centro de Formação do Educador), o grupo artístico é, conforme divulga, “voltado à investigação, discussão e difusão, vivências e interações relacionais no campo das artes visuais, pensar os processos de produção, circulação e recepção da visualidade moderna e contemporânea”.

A mostra é fruto de ação coletiva desenvolvida pelos artistas de São Francisco Xavier, distrito de São José dos Campos, no Vale do Paraíba.

Contém trabalhos de Ana Lucia Bernini Pereira, Ana Maria Bomfin Pitiu, Camila Giffoni, Carlos Adissi, Cauê Rodrigues, Daniel Manzini, Danilo Ferrara, Alfredo Paulo Fefeu Neto, Flávio Zabotto, João Manccini, Joarez Filho, Lourdes Spineli, Tânia Negrão, Piu Dip e Claudinei Oliveira.

Em Tatuí, deverão ser expostas pinturas, gravuras e esculturas. Ana Lucia, por exemplo, trabalha com todas essas peças. Natural de São José dos Campos, ela desenvolve em ateliê próprio, no distrito de São Francisco Xavier, trabalho de pesquisa que envolve estudo de materiais para gravuras.

Além da pintura, Ana Maria tem como foco o trabalho artístico nas linguagens da estampa e da fotografia. O resultado é a produção de imagens que visam “provocar um deslocamento na percepção do real”.

Na área artística, ela também desenvolve pesquisa, criação e produção para cenários e figurinos. Na da educação, cuida do projeto Recriarte, na ONG (organização não governamental) Instituto Recriar, e participa do Grupo Núcleo.

Camila é ceramista e mora, há dez anos, em São Francisco Xavier. Desenvolve trabalhos em cerâmica (pintura) e instalações de arte contemporânea.

A pintura está presente em obras de Adissi, autodidata nascido em São Paulo. O artista produz trabalhos em pintura abstrata (óleo e pastel a óleo sobre tela).

Rodrigues tem como principais referências a cultura popular, filmes de ficção e de temas épicos, livros de fantasia, artes orientais e as culturas nativas das Américas. A partir disso, produz peças inspiradas em máscaras e pinturas da cultura japonesa, que representam os “espíritos protetores”.

Formado em educação artística pela Unesp (Universidade Estadual de São Paulo), Manzini atua em cinema, artes visuais e desenho. Teve trabalhos publicados em revistas e atua em produtora com focos em cinema e artes plásticas.

Ferrara é artista plástico, ilustrador, calígrafo, fotógrafo e “filmmaker”. Em 2010, graduou-se no curso de design gráfico na Unip (Universidade Paulista). Na profissão, trabalhou em estúdios e agências de São José dos Campos.

Também dedicado às artes plásticas, Fefeu Neto possui pós-graduação em publicidade. É especialista em planejamento, criação conceitual e direção de eventos, desde 1990.

Zabotto opta pelo “olhar para a vida e seus mistérios como um encantamento” ao produzir obras. O artista diz que “busca na beleza do cotidiano, e em suas inquietações, expressar encantamento de modo pessoal e particular”.

A pintura, a escultura e o vídeo fazem parte do grupo de interesses de Manccini. O artista plástico “vê o corpo como fonte de investigação inesgotável e atual”. A partir disso, procura desdobramentos da “identidade expandida”.

Joarez Filho soma influências do Japão, Estados Unidos e Brasil. No primeiro país, viveu por seis anos; no segundo, atuou no mercado de arte; e no terceiro, apresenta o resultado das vivências e misturas.

Lou Spineli tem trajetória artística calcada pela experimentação de diversas linguagens. A artista trabalha com pintura, com representação de elementos e dos bichos.

Influenciada pela natureza, Tânia reproduz helicônias e bromélias. Autodidata, desenvolveu técnicas próprias em desenho e na modelagem em relevo.

Dip trabalha com fotografia, pela qual busca viver “um momento único a cada momento”. Já Oliveira, apresenta o surrealismo tridimensional, por meio do “cenário do grafite joséense”. Desde 1998, tem trabalhos espalhados pelas diversas cidades e países por onde passou.

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