RAUL VELLERINE
Três coisas agradam a todo o mundo: gentileza, frugalidade e humildade. Pois os gentis podem ser corajosos, os frugais podem ser liberais e os humildes podem ser condutores de homens!
Hoje, vivemos cada vez mais atarefados e, geralmente, com pressa. Porém, alguns gestos simples que não tomam nosso tempo poderiam melhorar e muito o dia de alguém.
Pelas ruas, o trânsito nos faz perceber nossos obstáculos em manifestar gentileza. Buzinas, gestos e olhares rancorosos mostram nossas respostas aos atos imprudentes das vias públicas.
A nossa gentileza, ultimamente, se faz mais presente nas redes sociais. É pelo deslizar de dedos que recebemos e enviamos nossas gentilezas pelas telas em um gesto automático e instantâneo.
Pelo celular, trocamos palavras, olhares, gestos e elogios. Gentilezas diárias acompanhadas de belas imagens, sons e frases de efeito. São atitudes louváveis, porém, e se trouxéssemos essas iniciativas para a nossa vida também?
Existe uma área no nosso cérebro chamado de área de recompensa, que é ativada quando fazemos algo de bom para o outro ou simplesmente agradecemos.
A gratidão e as gentilezas são importantes ativadores, pois assim “despejamos” em nosso cérebro a dopamina, neurotransmissores que nos dão a sensação de bem-estar.
Assim, se o aluno recebe elogio do professor por determinada situação ou se os pais reforçam o que o filho fez de positivo, com certeza irá querer repetir aquela ação para receber novos elogios.
O fato de usar gentileza em nossos dias pode colaborar com a melhora do ambiente à nossa volta e, consequentemente, à nós mesmos.
Ambientes onde se pratica a gentileza são propícios para desenvolver boas ideias, boas relações, contribuindo para nosso bem-estar psíquico e físico.
A gentileza se faz presente quando conseguimos esquecer de nós mesmos por um instante para lembrar do próximo. Quando abrimos mão de nós em favor do outro, por um pequeno momento, a gentileza encontra oportunidade de agir.
Ninguém focado em si mesmo, mergulhado no seu egoísmo, encontra oportunidade de ser gentil. Porque, para ser gentil, é fundamental olhar para o próximo, se colocar em seu lugar e se sensibilizar com a possibilidade de amenizar a sua vida.
Se não é seu hábito, exercite a capacidade de olhar para o próximo com o olhar da gentileza. Ofereça à vida esses pequenos presentes, espalhando aqui e acolá a suavidade de ser gentil.
Você já experimentou o prazer de ser gentil? Experimente oferecer o seu bom dia a quem encontrar no ponto de ônibus, no trabalho ou no caixa do supermercado.
A gentileza é capaz de retribuir com nobreza quando alguém passa na sua frente na fila no supermercado ou no banco, com a sabedoria de que alguns breves minutos não farão diferença na sua vida.
Esquecemos que alguns segundos no trânsito, oferecendo a passagem para outro carro, ou permitindo ao pedestre terminar de atravessar a rua não nos fará diferença, mas facilitará muito a vida do outro.
Algumas vezes, dentro do lar, a convivência nos faz esquecer que ser gentil tempera as relações e adoça o caminhar. E nada disso somos obrigados a fazer, mas quando fazemos, toda a diferença se faz sentir.
Mas não o faça com as palavras saindo da boca quase que por obrigação. Deseje de sua alma, com olhos iluminados e o sorriso de quem deseja realmente um bom dia, para quem compartilha alguns minutos de sua vida.
Se você elogiar o sorriso de uma pessoa ela sentirá confiança para sorrir com mais frequência, por exemplo: seja no trabalho, no lar, no ambiente estudantil ou no trânsito, atitudes gentis nos trazem autoestima e desenvolvem ações que só tendem a melhorar as pessoas e seus ambientes.
É importante ressaltar a importância das gentilezas diárias, com um gesto simples um sorriso e algumas palavras você pode mudar o dia e até o destino de alguém.
