Desfalcada em sete viaturas, a GCM (Guarda Civil Municipal) precisou rever o projeto de patrulhamento do município nesta semana. O secretário municipal da Segurança Pública e Mobilidade Urbana, José Alexandre Garcia Andreucci, previa a divisão de Tatuí (para fins de patrulha) em cinco áreas: norte, sul, leste, oeste e centro. Com apenas cinco veículos, teve de rever o projeto inicial.
Em consenso com o diretor da GCM, Francisco Carlos Severino, e com o comandante da corporação, Fábio Luciano Leme, Andreucci traçou um “plano alternativo”.
A nova proposta reduz o número de áreas a serem cobertas. Na prática, segundo o secretário, facilita o deslocamento do efetivo e permite que todos os bairros tenham cobertura.
A GCM contava com 12 veículos para patrulhamento, sendo que, desses, sete não estão com a corporação. De acordo com Andreucci, a gestão anterior deixou de pagar as parcelas do “leasing” (contrato de arrendamento de veículos).
“Considerando-se que temos um plano inicial, mas o problema da quantidade de viatura menor, nós elaboramos um plano alternativo. Ele deve vigorar enquanto as viaturas não retornarem ao número necessário”, disse o secretário.
De modo a permitir que o patrulhamento não seja prejudicado, Andreucci estabeleceu que Tatuí fosse dividida em duas áreas (um e dois) mais o centro comercial, abrangendo lojas, farmácias, estabelecimentos bancários e residências.
A GCM trabalha dentro dessa nova orientação desde o dia 24 de janeiro. No centro, o patrulhamento é feito pelas equipes do Canil, durante o dia, e pela Romu (Ronda Ostensiva Municipal), à noite.
As motocicletas também serão empregadas para vigiar a área, que conta com um coordenador (um oficial da GCM).
Na área um, a leste da rua 11 de Agosto (usada como referência para a divisão), as viaturas circulam 24 horas por dia, sob o comando de um coordenador. O mesmo acontece na área dois, que abrange alto da Santa Cruz, Jardim Lucila, Jardim Rosa Garcia (1 e 2), Jardim Wanderley e Andrea Ville.
Para os trabalhos, o comando estabeleceu escala que inclui passagens pelo centro e bairros periféricos. O Canil da GCM, por exemplo, circula pela área comercial por meio período.
No seguinte, passa pelas localidades mais distantes. “O que quer dizer que temos toda a cidade coberta. Até os bairros mais longínquos contam com ronda uma vez por dia”, disse Andreucci.
De acordo com ele, esta é a condição atual de trabalho da corporação. “Até que as cinco viaturas retornem, vamos atuar desta maneira. E já está dando resultados, porque conseguimos manter a patrulha com poucos recursos”, argumentou.
A Prefeitura tem até o mês que vem para resolver a questão das viaturas retomadas pela empresa de locação, em função do fim de um dos dois contratos em vigência. Isso porque, conforme explicou Andreucci, o contrato de locação dos cinco veículos vence em março.
Em função disso, a prefeita Maria José Vieira de Camargo deverá decidir, com a equipe de governo, se renegocia a dívida deixada pela administração anterior e mantém o contrato (que tem validade de mais dois anos) para reaver os sete veículos recolhidos no fim do ano passado por falta de pagamento.
Além de carros, Andreucci pretende reforçar a frota da corporação com motocicletas. “O ideal é que sejam veículos com 250 cilindradas, para podermos dar um atendimento melhor para o serviço da GCM”, argumentou.
Na opinião do secretário, as motos poderão aumentar a presença dos guardas nos bairros da zona rural. Atualmente, as motos já são empregadas no patrulhamento rural, com equipes intercalando vigia no centro.
“O policiamento na zona rural está sendo feito de dia e de noite. Por volta da meia-noite, a viatura rural vem para o centro da cidade, e qualquer ocorrência nos bairros distantes é comunicada via 199 à GCM”, relatou o secretário.
Conforme ele, quando há chamados telefônicos, a corporação desloca viaturas automaticamente para os locais solicitados. “Este é o jeito que encontramos, nas condições atuais, para atendermos a toda a cidade”, concluiu.
