GCM Tatuí
Materiais explosivos estavam armazenados em local impróprio
A GCM (Guarda Civil Municipal) apreendeu grande quantidade de material explosivo armazenado ao fundo de uma mecânica de automóveis, localizada na rua Chiquinha Rodrigues, no Jardim Rosa Garcia. Entre os itens apreendidos, estavam caixas de rojões, bombinhas e até material para fazer cerol.
A ação dos policiais aconteceu na sexta-feira da semana passada, 10, por volta das 21h. A operação partiu de denúncia recebida pelo Departamento de Fiscalização da Prefeitura.
É praxe dentro do setor de fiscalização acionar os guardas municipais quando o departamento recebe denúncia que demanda operação externa. À GCM cabe acompanhar os fiscais para fazer a segurança dos agentes da Prefeitura, como aconteceu na sexta-feira.
Na ocasião, sete guardas municipais acompanharam a fiscalização ao local. Policiais Civis também participaram da operação. Eles estavam divididos em duas viaturas.
Além dos dois carros da Guarda Municipal, havia outras duas viaturas, uma da Polícia Civil e outra do Departamento de Fiscalização, de acordo com o subcomandante da Guarda Civil Municipal, Moisés José Oliveira.
Os policiais entraram na mecânica, mas não encontraram os explosivos. Os materiais estavam dentro de um pequeno comércio localizado aos fundos do mesmo terreno. O local serviria apenas para armazenar os artefatos, não para fabricá-los, de acordo com Oliveira.
A ação apreendeu rojões, bombas e fogos de artifício de fabricação industrial, de diversas marcas. A polícia levou do local aproximadamente 69 caixas de rojões, 30 de bombinhas explosivas e 13 de foguetes.
“Qualquer descuido ali, uma descarga elétrica ou aumento de temperatura que criasse uma faísca, poderia causar um dano muito grande. Aliado ao fato de ali ser uma oficina de carros, com gasolina. Se houvesse uma explosão, iria causar um prejuízo muito grande para o bairro”, argumentou o subcomandante da GCM.
Até o fechamento desta edição (sexta, 17h), os materiais apreendidos encontravam-se guardados dentro da delegacia da Polícia Civil. Os artefatos vão passar por perícia e, depois, devem ser destruídos.
Oliveira acrescenta que o comércio desse tipo de material é legal. Porém, o armazenamento desse tipo de artefato da forma como estava é contra a lei.
De acordo com o artigo 253 do Código Penal, a prática de fabricar, fornecer, armazenar ou transportar artefato explosivo é ilegal. A punição para esse tipo de caso é a prisão, entre seis meses e dois anos, mais multa.
No local onde ocorreu a apreensão dos produtos explosivos, vive o casal que era dono dos materiais. A propriedade está registrada em nome do marido, que não estava no momento da apreensão. Porém, a esposa tomava conta do imóvel. Ela foi levada à delegacia de polícia, prestou depoimento e foi liberada.
Cerol
Além da apreensão dos artefatos explosivos, a ação da GCM, em conjunto com o Departamento de Fiscalização da Prefeitura e a Polícia Civil, também confiscou 47 sacos que continham vidro para fabricação de cerol.
Essa apreensão entra para a lista da Guarda Civil Municipal, que já apreendeu 32 mil metros de linha com o produto cortante entre janeiro e julho deste ano, segundo levantamento disponibilizado a O Progresso por Oliveira. Nesse período, foram apreendidos 64 rolos de linha corrente – normalmente usada para empinar pipa – com cerol.
De acordo com Oliveira, a GCM faz operações frequentes para coibir o uso do material cortante em linha para empinar pipa. Essas ações ocorrem, sobretudo, durante o período de férias escolares.
No período letivo, no entanto, “essas ações da polícia diminuem bastante”. Mas, a partir do início de dezembro, devem ser reforçadas, segundo ele.
