Franson é candidato a deputado estadual





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Vereador pretende utilizar projeto como base para eleição em outubro

 

O vereador José Márcio Franson (PT) oficializou candidatura a deputado estadual, no sábado, 14, em convenção partidária em São Paulo. Ele foi aprovado a candidato junto a Alexandre Padilha, para governador, e Eduardo Suplicy, para senador, pelo Partido dos Trabalhadores.

Franson afirmou que o nome dele já é oficial no PT. Porém, no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral) ainda não é possível formalizar a candidatura, somente a partir do dia 30 de junho. “Mas, para efeito partidário, eu sou candidato a deputado estadual, está certo isso”, salientou.

Franson explicou que somente a partir de 6 de julho poderá iniciar campanha, devido aos prazos da Justiça Eleitoral. O candidato ressaltou que “manterá o foco em animais” para tentar se eleger.

Ele argumentou que, no momento, busca parcerias com candidatos a deputados federais, para que eles o ajudem na divulgação de materiais de campanha. O objetivo de Franson é focar no projeto “Protetor Público de Animais”.

“A candidatura, minha, é exclusivamente para a proteção animal, o meu foco de luta é a proteção animal. Mais do que isso, tenho foco específico que é o projeto, que está sendo implantado e está começando a andar”, afirmou Franson. De acordo com ele, os protetores devem começar o início das atividades em “breve”.

Conforme Franson, o início do “Protetor Público de Animais” é uma atividade que interessa, também, ao prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, “porque um deputado eleito na cidade pode trazer melhorias”.

“É óbvio que ele, tendo um candidato da cidade que seja companheiro dele, embora de outro partido, que ele é do PMDB e eu, do PT, ajuda muito a cidade. Então, interessa muito a ele me ajudar nesse projeto”, ressaltou.

O candidato a deputado estadual afirmou que a proteção animal ajudou-o a ser eleito vereador e, “certamente”, o auxiliará e o elegerá para a Assembleia.

Conforme Franson, os votos que ele conseguiu para ser eleito vereador foram por meio do projeto, que ele estava elaborando na época. “Eu não era conhecido, não tinha vida social, não tinha dinheiro para fazer campanha. O jornal, com meu objetivo animal, que me elegeu”.

Franson contou que, quando se candidatou a vereador, já pensava que uma candidatura a deputado poderia ajudá-lo a “criar uma estrutura maior para a implantação do projeto”.

“Nesse caso, estou tendo muita sorte, pelo fato de eu conseguir a candidatura, porque é muito difícil você conseguir a legenda”, observou.

Segundo Franson, para conseguir se eleger, serão necessários, aproximadamente, 80 mil votos.

O candidato afirmou estar confiante, mas disse que, se não conseguir, o importante é que o projeto Protetor Público de Animais fique conhecido entre o maior número de pessoas possível.

O vereador afirmou que há cerca de 60 grupos de protetores de animais funcionando no Brasil por meio da internet, os quais chama de “Família Amigos dos Animais”. Seriam formados por pessoas que atuam para efetivar o mesmo projeto que ele conseguiu em Tatuí.

Franson explicou que é um projeto “genérico”, o qual pode ser implantado em qualquer cidade. Segundo ele, “as prefeituras gastariam muito menos fazendo o projeto do que colocando cães e gatos em canis municipais”.

O candidato afirmou que já possui uma parceria para ajudá-lo a distribuir 600 mil tabloides eleitorais na região de Sorocaba. Com essa distribuição, ele está confiante de que conseguirá, pelo menos, 15 mil votos.

Caso eleito e tenha de deixar a Câmara, ele sustenta que não terá problema. “Eu cumpri aquilo que prometi, embora eu vá continuar lutando por outras frentes de proteção animal. Quero, por exemplo, proibir rodeios em definitivo aqui em Tatuí”, salientou Franson.

Conforme o candidato, se ele não for eleito, mas conseguir um “número razoável” de votos, terá condições de “chegar até o governo para tentar criar condições políticas de financiamento de outros projetos”.

Projeto

O Protetor Público de Animais, segundo Franson, custa cerca de R$ 500 mil. E já há protetores e um coordenador para ter início em Tatuí.

A licitação foi aprovada e, de acordo com o vereador, só faltam alguns detalhes para que os protetores iniciem a ação nos bairros.

O projeto prevê “controle” de animais em ação permanente. Os protetores deverão combater maus-tratos e atentar para abandonos. Ainda devem ocorrer castrações gratuitas por tempo indeterminado.

O vereador explicou que os protetores vão trabalhar em bairros da cidade, sendo cada um responsável por, aproximadamente, 10 mil habitantes.

A intenção, segundo Franson, não é tirar animais da rua, mas é evitar que aumente o número de cães e gatos. Assim, o Canil Municipal seria fechado.

“O canil vai ser fechado e demolido. Está certo que vai fechar, é condição do projeto. Não haverá mais utilidade para ele, até porque quase não vai mais haver animais abandonados e, se houver, serão cuidados pelos protetores da cidade”, disse Franson.