Fotos e objetos de acervo de Tatuí­ compõem mostra aberta em Salto





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Exposição mantém objetos de museus de oito municípios e percorrerá entidades no decorrer deste ano

 

Fotografias, objetos de acervo e instalações que representam locais e marcos de memória de Tatuí estão presentes em exposição aberta na cidade de Salto. A mostra “Sinais – Herança e Andanças” tem curadoria coletiva e agrega peças que ilustram identidade da “Capital da Música” e de mais sete municípios.

Aberta inicialmente em Tatuí, a exposição itinerante agrega peças que ilustram a identidade das instituições e instalações representando locais e marcos de memória das oito cidades participantes. Com curadoria coletiva – com participação de representantes de museus dos municípios envolvidos –, a mostra é resultado do Programa de Modernização dos Museus Paulistas.

Em Tatuí, a exposição teve abertura em 16 de dezembro, permanecendo até o dia 1º de março. Na cidade de Salto, a visitação acontece até o dia 17 de maio, de terça a domingo, das 9h às 17h, no Museu da Cidade “Ettore Liberalesso”.

O trabalho que originou a mostra começou em julho de 2014, por meio de parceria do Sisem (Sistema Estadual de Museus) com a Acam Portinaria (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari). As instâncias são ligadas à Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.

O projeto de curadoria coletiva reuniu museus de oito cidades da região sudoeste paulista e teve a parceria da produtora cultural Homens de Saia. Participaram da ação as cidades de Botucatu, Itapeva, Tatuí, Pratânia, Piraju, São Manoel, Votorantim e Salto.

A exposição evidencia os traços culturais que formam as identidades e que trazem reflexões sobre as cidades. Ela também tem como missão a “problematizar os acervos dos museus”, visando debate sobre significados e desconstruindo a ideia de que são coisas velhas, sem diálogo com questões atuais.

O Museu Ettore Liberalesso está localizado na rua José Galvão, 104. Outras informações pelo telefone (11) 4029-3473 ou no site www.sisemsp.com.br.

No lançamento em Tatuí, equipe técnica do Sisem destacou que houve adesão maciça dos representantes dos museus. Conforme o sistema, o trabalho realizado por eles demandou todo o segundo semestre de 2014. Para realizar a exposição, as equipes participaram de reuniões e visitas técnicas.

Seguindo a diretriz da secretaria, os museus chegaram ao formato de “Sinais – Heranças e Andanças” numa ação que une três vertentes. A primeira é a articulação, com a participação dos representantes dos museus; a segunda, a qualificação dos profissionais envolvidos; e, a terceira, a comunicação.

Apresentado primeiro em Tatuí, o resultado inédito encerrou a programação cultural do município, em dezembro de 2014. Também abriu a de 2015.

Integrante do grupo técnico de coordenação do Sisem, Luiz Fernando Misukami afirmou que Tatuí surgiu como pioneiro de “forma natural”. Também disse que o projeto fortalece a articulação regional e que a primeira cidade a abrigar a exposição foi escolhida por conta do “protagonismo” de seus representantes e por conta da localização geográfica.

A mostra itenerante é dividida em três partes. Na primeira, há uma referência ao “gabinete de curiosidades”. Esse exibe peças do acervo dos museus.

A segunda parte traz objetos que fazem referência a território e a influências, como as indígenas e as dos tropeiros (trazidas com o tropeirismo). Também apresenta história de migração das populações e das fábricas.

O público também confere depoimentos gravados anteriormente e que são exibidos em uma televisão. A cada município novas declarações serão incorporadas ao acervo. A proposta é que, ao final de todo o percurso nos municípios, o Sisem tenha o depoimento dos moradores de todas as cidades participantes.

A mostra também conta com espaço de interatividade que terá material incorporado ao final da série de exposições. Em cada museu serão instalados painéis para que o público possa deixar uma mensagem ou seu registro.

Os objetos, fotografias e vídeos constantes da exposição são considerados parte da referência das histórias dos municípios participantes. Também sinalizam para a realização de outras mostras, mas mais direcionadas, como uma só para a divulgação da cultura indígena, outra sobre tropeirismo, uma terceira a respeito de industrialização e uma última com a história da industrialização.

Em todos os municípios participantes, a estrutura da mostra permanecerá a mesma. A exceção é o “gabinete de curiosidades”, que trará objetos próprios.