Formação e mercado são temas de Fórum Nacional de Pianistas





A formação do jovem pianista e o mercado de trabalho no Brasil serão os temas centrais do 1o Fórum Nacional de Pianistas que acontece no Conservatório de Tatuí nesta quinta-feira, 9. O evento integra o VII Encontro Internacional de Pianistas e tem como objetivo promover ampla discussão sobre ampliação de oportunidades de atuação no mercado pianístico.

Convidados de diversas áreas estarão em Tatuí para participar de debates que, num primeiro momento, serão voltados aos representantes de diferentes entidades e áreas, e, num segundo, contarão com participação de espectadores.

Compõem a lista de convidados: André Rangel, Antonio Vaz Lemes, Eudóxia de Barros, Luciana Noda, Maurícy Martin, Nahim Marun, Paulo Henrique Almeida, Renato Figueiredo, Scheilla Glaser e Sérgio Molina (Brasil). Também participam: Sergio Gallo (Brasil/Estados Unidos), Fabio Luz (Brasil/Itália), Beatrice Berthold (Alemanha/Chile), George Boyd (Estados Unidos/Brasil) e Míriam Braga (Brasil) – os dois últimos ministrarão workshops.

Por conta da representatividade dos músicos – todos são ligados a importantes instituições de música –, o grupo escolheu realizar o fórum dentro do encontro internacional. “Achamos que seria muito conveniente”, diz Ribeiro.

Desse modo, o evento ganhou ampliação não só no perfil dos participantes, mas no conteúdo a ser apresentado e debatido com o público externo. Beatrice Berthold, por exemplo, conhece as realidades do Chile e da Alemanha.

Já Fábio Luz trará importante contribuição na discussão e na amplitude dos temas uma vez que é ex-aluno do Conservatório de Tatuí e pianista radicado na Itália há 30 anos. Outro brasileiro, Sérgio Gallo, também tem visões diferenciadas, já que mora nos Estados Unidos, sendo professor associado de piano na Universidade Estadual da Georgia, em Atlanta, e integra equipe de artistas da Academia Rocky Ridge Music, em Estes Park, no Colorado.

A dinâmica do fórum consiste na reunião de todos os participantes no palco. Os convidados iniciarão as discussões, de modo a aproveitar a experiência de cada um. Em seguida, eles abrirão para perguntas e farão considerações finais.

Durante as explanações, o público poderá acompanhar os pontos principais por meio de tópicos que serão listados em um computador e projetados em um telão. Os assuntos levantados integrarão um documento que será composto por duas – ou no máximo, três – propostas. “Não posso imaginar mais que isso, porque, senão, começa a ficar algo muito grandioso”, relata o assessor.

A intenção do fórum é que as sugestões a serem elencadas no documento possam resultar em ações “mais objetivas” e de modo que possam ser utilizadas como base de trabalho por todas as entidades que contarão com representantes.

Um dos assuntos que devem ser apresentados pelo assessor é a possibilidade da criação de um circuito, uma espécie de rede formada por instituições. A intenção é permitir que os jovens músicos possam percorrer essas entidades em apresentações em formato de intercâmbio, concursos ou concertos.

“Essa é uma ação concreta, de custo baixo e que pode fazer diferença. A partir do momento que ela se estabeleça, que consigamos amarrar isso com as regiões aqui representadas, teremos um fluxo de pessoas indo e vindo”, explicita.

O documento será publicado na revista Ensaio e em demais publicações vinculadas às instituições que terão representantes no fórum. A intenção do grupo é de que o material possa provocar algum tipo de ação em todas as regiões do país.