Da reportagem
Após a abertura oficial na sexta-feira, 21, com Vera Holtz e o monólogo “Ficções”, o 28º Fetesp (Festival de Teatro Estudantil do Estado de São Paulo) tem continuidade neste sábado, 22, e segue até o dia 30, com atrações gratuitas.
Uma das principais acontece neste domingo, às 19h30, no Teatro “Procópio Ferreira”, com o cantor, compositor, ator e roteirista pernambucano Johnny Hooker, que apresenta o show de tributo “Clube da Sofrência – Uma Homenagem a Marília Mendonça”.
Para garantir as entradas nos eventos não realizados em espaços abertos, é necessário acessar https://conservatorio-de-tatui.byinti.com/#/ticket. O Fetesp é um dos principais eventos do calendário do Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos”, de Tatuí. Há, ainda, uma parte pedagógica, dividida em residências e oficinas.
Homenagem
O neto de irlandês Johnny Hooker homenageia a rainha da “sofrência” Marília Mendonça em show especial dividido entre os principais sucessos da carreira da cantora – que morreu em um acidente aéreo em novembro de 2021 – e o repertório autoral dela, no qual mistura brega e canções de amor.
A ideia de fazer um show que unisse os dois repertórios surgiu da vontade de homenagear a vida e a obra da cantora pelo que era mais conhecida: o gênero do cancioneiro romântico brasileiro conhecido como “sofrência”.
Hooker, que ficou conhecido com sucesso de seu primeiro álbum solo, “Eu Vou Fazer Uma Macumba Pra Te Amarrar, Maldito!”, também é “frequentador” do gênero, com “Amor Marginal” e “Alma Sebosa”.
A última até ganhou uma versão improvisada de Marília em seus stories no Instagram, em setembro de 2018, após os artistas se conhecerem em uma premiação.
O show, que pretende ser “uma grande celebração dos corações partidos”, segundo Hooker, ainda conta com músicas surpresas e promete um retorno às raízes românticas do pernambucano, que foi vencedor do Prêmio da Música Brasileira como melhor cantor na categoria canção popular.
Suas músicas são conhecidas por dar vida a trilhas sonoras, como “Volta” (do filme “Tatuagem”), “Amor Marginal” (da novela “Babilônia”) e “Alma Sebosa” (da novela “Geração Brasil”, na qual Hooker interpretou o personagem Thales Salgado).
Programação
Antes da “sofrência”, neste sábado, 22, às 14h, no Centro Cultural de Tatuí, o festival segue com “Eh, Turtuvia”, encenado pela Cia. Fratri Alatere, de Bragança Paulista. Às 16h, a Praça da Matriz recebe “Chão Brasil”, da paulistana Cia. de Teatro Tal&Pá.
Às 17h30, começa uma “experiência de imersão no mundo cultural”. Será um cortejo interativo que sai da praça Paulo Setúbal e passa pela Praça da Matriz, praça Martinho Guedes (Praça da Santa) e vai até o Teatro “Procópio Ferreira”.
Nele, um coletivo de artistas do CDMCC conduzirá o público e passantes a uma “viagem” pelas ruas centrais de Tatuí, combinando músicas, acrobacias e performances teatrais. Ao longo do trajeto, os participantes serão convidados a interagir com os artistas.
O sábado ainda reserva, às 19h30, no Teatro “Procópio Ferreira”, a peça “Vila Rica ou A História de um Coração que Quer Ser Ocupado”, com a Cia. Quase Poética de Teatro, de São Paulo.
No domingo, 23, o palco é a feira livre do Largo do Mercado, que recebe, às 11h, “Tecendo Miçangas, Contando Vidas”, da Companhia de Teatro Flor do Asfalto, da capital. Às 14h, no Centro Cultural, é a vez do Grupo Alta, de Sorocaba, encenar “A Vaca Notícia”.
Às 16h, no salão da Unidade 2 do Conservatório, a paulistana Corpórea Companhia de Corpos traz o espetáculo “LÔAS”. À noite, tem Johnny Hooker.
Na segunda-feira, às 9h30, a Corpórea Companhia de Corpos volta a apresentar “LÔAS”, dessa vez na E.E. “Prof. Ary de Almeida Sinisgalli”.
No mesmo horário, o Lar Donato Flores recebe “O Circo dos Objetos”, com a Cia. Mariza Basso Formas Animadas, de Bauru. Às 19h30, o Coletivo Cê, de Votorantim, apresenta a peça “1989”, no Teatro “Procópio Ferreira”.
Terça-feira, 25, às 9h30, há novamente “Chão Brasil”, da Cia. de Teatro Tal&Pá, dessa vez na Emef “Prof. Paulinho Ribeiro”. Às 16h, sobe ao palco do Centro Cultural de Tatuí o Contante Grupo Teatral, de Ribeirão Preto, para mostrar “Hoje É Dia de Maria”. Encerrando o dia de programação, às 19h30, o Coletivo Negranças, da Unicamp, apresenta “Estuário: Entre Íntimos e Imaginários”, no Teatro “Procópio Ferreira”.
A quarta-feira, 26, começa às 9h30, na Emef “Profa. Maria Helena Machado”, com uma nova apresentação de “A Vaca Notícia”, do grupo sorocabano Alta.
O espetáculo-performance “Manifesto Paciente”, do Grupo Aberto de Teatro, de São Paulo, “invade” o Jardim do Teatro “Procópio Ferreira”, a partir das 14h.
Às 17h, só que na Praça da Matriz, ocorre outra performance, com o grupo Apoenas, do CDMCC. Às 19h30, o espetáculo em cartaz é “Inimigas Públicas: Memórias de Chumbo”, da Escola Livre de Teatro de Santo André, no Teatro “Procópio Ferreira”.
“Mercado-Ojá – Um Campo de Mandinga” abre a programação de quinta-feira, 27. Trata-se de uma criação em processo do Coletivo Teatral Girantes, da Escola Livre de Teatro, de Santo André. Será às 9h30, na E.E. “Chico Pereira”. Às 19h30, momento musical, com show da banda Bixiga 70, no Teatro “Procópio Ferreira”.
“Hoje É Dia de Maria”, do Contante Grupo Teatral, volta a ser encenado na sexta-feira, 28, às 9h30, na Emef “Mauro Fiusa”. Às 14h, no Teatro “Procópio Ferreira”, estará em cena a peça-filme “Liberdade, Madalena!”, da Escola Livre de Teatro, de Santo André.
Às 16h, o Centro Cultural recebe “La Ronde”, da Companhia de Teatro do Conservatório de Tatuí. Às 19h30, a Muvuca de Teatro, da Unicamp, apresenta, no “Procópio Ferreira”, “Mentira.Br: Um Estudo de Caso”.
A peça “Kitembo – Entre Nascedouros e Poentes”, da Companhia de Teatro do Conservatório de Tatuí, será encenada no sábado, 29, às 9h30, no Cosc (Centro de Orientação e Serviços à Comunidade).
A pesquisa cênica da Turma 74, da Escola de Arte Dramática da USP, “Rastro Coletivo”, estará no palco do Teatro “Procópio Ferreira” às 14h. “Mercado-Ojá – Um Campo de Mandinga”, do Coletivo Teatral Girantes, da Escola Livre de Teatro de Santo André, estará na Praça da Santa, às 16h. O Centro Cultural de Tatuí recebe, às 19h30, “Insetos”, do Grupo Os Sete, da Escola de Artes Cênicas Wilson Geraldo, de Santos.
No domingo, 30, encerrando o Fetesp, o Teatro “Procópio Ferreira” recebe, às 19h30, a montagem de “Eu Tenho uma História que se Parece com A Minha”, instalação performativa da cidade de São Paulo.
Didática
Além da programação de espetáculos, durante todo o período, o Fetesp tem ações didáticas. As residências artísticas são “espaços de imersão entre artistas e estudantes com o propósito de experimentação das práticas anunciadas”.
Elas se caracterizam como encontros consecutivos que acontecem em um mínimo de quatro manhãs. As pessoas inscritas podem fazer uma residência completa, do início ao fim, como também estarem presentes em um único dia, em quaisquer dos dias em que acontecem.
Já as oficinas são encontros pontuais, sintéticos, a partir de alguma prática. Algumas delas acontecem em apenas uma manhã; outras, em duas manhãs consecutivas.
Muitas delas se repetem em três momentos distintos, durante todo o festival, para que diferentes pessoas possam ter mais de uma oportunidade de cursá-las.
A realização do Fetesp é da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativa, do governo do estado de São Paulo, por meio da Sustenidos Organização Social de Cultura, gestora do Conservatório.
