Festa permitirá ampliação de ações em ano especial para o São Vicente





“Este ano é especial, comemorativo. Nós estamos passando por melhorias e próximos, ainda, da inauguração do setor de cozinha e alimentação”. A expectativa do presidente do Lar São Vicente de Paulo, Ivan Rezende, é de que, em 2016, projetos anunciados anteriormente sejam colocados em prática.

Para isso, a entidade aposta grande parte das fichas em um dos mais tradicionais eventos da região. Trata-se da Festa de Corpus Christi, que, neste ano, será celebrada no dia 26 de maio.

O evento integra cronograma da entidade local e deve permitir – com a renda de comes e bebes, leilões de prendas e animais, doações e com o bazar – recursos para que a entidade possa iniciar os projetos.

Para entregar o setor de cozinha e alimentação, a entidade aguarda apenas a doação de uma empresa (cujo nome é mantido em sigilo, a pedido). Ela fará a doação de vidros. O espaço exigirá mais recursos da instituição, que atende a 85 idosos.

Enquanto se prepara para o evento religioso e festivo, a diretoria da entidade também dá continuidade a obras internas. Entre elas, a reforma do refeitório masculino. Também há previsão de reformulação do lado feminino.

Ainda neste ano, o asilo deve entregar a “praça do idoso”, um espaço criado com apoio de várias empresas. O projeto prevê que o local possibilite lazer para os assistidos e que dê início a outra iniciativa: o “Bem-Estar no Lar”. Para tanto, a diretoria aguarda recurso do Fundo do Idoso. O valor deve sair antes da festa.

A expectativa da entidade é de que uma verba seja repassada na quarta-feira da semana que vem, dia 20. Com o recurso, o asilo pretende realizar ações específicas que visam ao bem-estar de internos e de idosos encaminhados pelo Creas (Centro de Referência Especializado em Assistência), da Prefeitura.

“Esses idosos virão para cá para se confraternizarem, de forma que garantam a inclusão social dos nossos assistidos e desse público externo”, disse Rezende.

O projeto se soma à festa, cujo planejamento teve início em março. Desde então, a diretoria realiza reuniões constantes com representantes das comissões de cada área de atuação. “Essa festa mobiliza por volta de 500 a 600 pessoas, voluntários diretos e indiretos, que trabalham para o acontecimento”.

Esse mesmo grupo trabalha nos preparativos do evento nos três dias que o antecedem. “Como a festa sempre cai numa quinta, o grupo começa as atividades na segunda. Nós, inclusive, fechamos com a patrocinadora oficial”, contou Rezende.

A festa recebe apoio da Cervejaria Petrópolis, com fábrica em Boituva. Ela também contribui com a cessão e montagem de barracas. Ao todo, serão quatro espalhadas pela instituição. Numa delas, o asilo fará a coleta de alimentos não perecíveis.

O presidente disse que a contribuição não será obrigatória. “É um pedido especial que fazemos porque nos ajuda, e muito, a diminuir o déficit mensal da casa”, afirmou. O saldo devedor gira em torno de R$ 25 mil por mês.

Com o evento, a diretoria espera arrecadar entre R$ 180 mil e R$ 210 mil. A renda é variável e permite à instituição sobreviver por um período de oito meses. “Não chega a 12. Daí, o nosso déficit mensal”, explicou.

A festa ajuda a diretoria a cobrir os custos de manutenção. O asilo também recebe doações espontâneas, durante o ano, de pessoas, empresários e instituições. Também consegue arrecadar fundos com venda de roupas e outros itens comercializados em bazar.

O espaço foi reativado a partir de esforço de Célia Regina Holtz, na gestão do ex-presidente José Guilherme Negrão Peixoto, Guiga. Atualmente, conta com espaço próprio e que vai centralizar todas as vendas do bazar e do brechó.

Neste ano, o asilo tem apoio de colaboradores de Capela do Alto, Cesário Lange, Guareí, Iperó, Pereiras, Porangaba, Quadra e Torre de Pedra. “Essas são todas cidades da região que não possuem ELPI”, disse Rezende.

O asilo é classificado como entidade de longa permanência para idosos. “Nós costumamos usar o termo asilo, que é carinhoso e em função dos 110 anos da instituição, mas o Lar é uma entidade e, como tal, recebe idosos carentes ou que não tenham um círculo familiar e que vivem na região”, comentou.

Os 85 assistidos (entre homens e mulheres) participam de diversas atividades. Elas são realizadas com ajuda de voluntários e pelos funcionários.

Durante a Festa da Caridade, os internos circulam pela instituição e podem comer e beber à vontade. Eles ganham tíquetes para uso durante todo o evento.

Segundo Rezende, a Festa da Caridade tem sentido de confraternização e auxilia a instituição não só financeiramente. O presidente informou que, por conta do evento, o asilo consegue divulgar, para a população, os projetos realizados.

“É um dia muito especial para nós, porque é a data mais esperada pelos assistidos, e eu acredito que seja a mais esperada pela população da região”, declarou.

Com a renda do evento, a instituição consegue manter em dia o pagamento dos 53 funcionários. O asilo também é integrado por cinco “Irmãs da Providência”.

Outras 44 pessoas trabalham na instituição, compondo a diretoria, o conselho fiscal efetivo e suplente e o corpo de voluntariado. “Costumo dizer que o trabalho de muitas mãos faz com que essa casa perdure”, disse.

Para que o evento tenha o resultado esperado, Rezende pede a colaboração do público. O presidente da instituição sugeriu que os frequentadores façam “uma reserva antecipada”.

“O apoio pode ser em bolinho de frango, uma doação de item do que vai ser usado na festa ou na compra de roupas, de medicamentos ou de equipamentos. Tudo isso faz com que nós possamos manter essa casa”, concluiu.