Febre amarela

Dr. Jorge Sidnei Rodrigues da Costa – Cremesp 34.708 *

A febre amarela é uma doença infecciosa grave, causada por um vírus e transmitida por vetores (mosquitos). As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, dor de cabeça, astenia (cansaço), dores musculares, náuseas e vômitos por cerca de três dias.

A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um curto período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências renal e hepática, com icterícia (olhos e pele bem amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a febre amarela.

Transmissão

A febre amarela ocorre nas Américas do Sul e Central, além de em alguns países da África e é transmitida por mosquitos em áreas urbanas ou silvestres. No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela é, principalmente, o mosquito Haemagogus.

Já no meio urbano, a transmissão se dá através do mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue, chikungunia e zikavírus). A infecção acontece quando uma pessoa que nunca tenha contraído a febre amarela, ou que não tenha tomado a vacina contra ela, circula em áreas florestais e é picada por um mosquito infectado com o vírus.

Ao contrair a doença, a pessoa pode se tornar fonte de infecção para o Aedes aegypti no meio urbano. Além do homem, a infecção pelo vírus também pode acometer outros vertebrados. Os macacos podem desenvolver a febre amarela silvestre de forma inaparente, mas ter a quantidade de vírus suficiente para infectar mosquitos. Uma pessoa não transmite a doença diretamente para outra parte.

Prevenção

A melhor prevenção contra a febre amarela é feita através da vacina, a qual no momento já se encontra disponível nas clínicas particulares de vacinação (Stamaril, vacina importada), e pode ser encontrada na rede pública, através do SUS.

A vacina pode ser feita em qualquer adulto, que nunca tenha tomado e está indicada no calendário básico do Programa Nacional de Imunizações (PNI) em crianças, a partir dos nove meses de idade (primeira dose) e um reforço aos quatro anos de idade.

Qualquer pessoa que nunca tomou a vacina pode procurar as clínicas particulares ou as UBS (postos de saúde) da rede pública e se proteger, principalmente, aqueles que irão viajar para áreas consideradas endêmicas para a febre amarela.

Portanto, como está tendo surto de dengue em nossa cidade, precisamos “redobrar” nossos cuidados no combate ao alastramento do mosquito Aedes aegypti, eliminando os seus focos criadouros, trabalho este bastante divulgado pela mídia (oficial ou não) e que é do conhecimento e responsabilidade de todos nós!

Emissão de certificado

Para quem vai viajar para determinados destinos, inclusive alguns estados brasileiros que exigem o CIVP, é preciso providenciar o mesmo.

A Clínica de Vacinação Cevac de Tatuí é reconhecida pela Anvisa para vacinar contra a febre amarela.

Sequência para a obtenção

1 – Acessar o site da Anvisa em www.portal.anvisa.gov.br, página dos “Viajantes”, preencher o cadastro e receber sua senha. O cadastro online prévio agiliza o processo. Não é necessário imprimir. O cadastro é individual.

2 – O Cevac, após a aplicação da vacina, emitirá a caderneta de vacinação, já registrada a vacina contra a febre amarela, que atualmente é válido por toda a vida.

3- Munido dessa caderneta de vacinação e portando sua senha, a pessoa vacinada que vai viajar para locais que exigem a vacina contra a febre amarela devem se dirigir ao escritório da Anvisa, em qualquer aeroporto internacional, e lá receberá então o CIVP.

4 – É necessária a aplicação a vacina pelo menos dez dias antes da viagem para conferir proteção contra a doença e providenciar o certificado com antecedência, para evitar problemas e atrasos.

5 – O Cevac apenas aplica a vacina contra e a febre amarela em nossas dependências e a Anvisa dos aeroportos é que emitirá os certificados para pessoas vacinadas contra febre amarela.

Fonte: (http://portal.fiocruz.br); portal.anvisa.gov.br.

* Médico pediatra com título de especialista em pediatra pela AMB (Associação Médica Brasileira) e SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) e diretor clínico do Cevac (Centro de Vacinação Humana) de Tatuí.