Facebook: precisamos terminar





Nos últimos anos, muitas redes sociais surgiram, tiveram seu ápice e então começaram a decair, como foi o caso do Orkut. Algumas outras ainda lutam para ter seu espaço, como o Google+, que não caiu no gosto das pessoas em geral. Quando o Facebook se popularizou, a rede social chegou a divulgar que havia cerca de 1,1 bilhão de usuários, isso em 2013. No entanto, este cenário está mudando.

Por incrível que pareça, são os jovens que estão deixando o Facebook – isso foi confirmado pelo próprio CFO da rede social, David Ebersam, em entrevista ao “Business Insider”. Segundo dados de uma pesquisa europeia, os jovens estão trocando o Facebook pelo Instagram, Snapchat, Twitter e Whatsapp. O motivo de deixar o Facebook? A chegada dos familiares na rede social.

Por mais que ainda utilizem a rede, o “entusiasmo” já teria chegado ao fim. Além disso, os jovens só usam o Facebook porque a rede está integrada ao Twitter e Instagram, por exemplo. Então, ao publicar algo no Twitter, isso seria automaticamente replicado no Facebook.

Outras matérias recorrentes são relacionadas ao chamado “Facebookcídio”, no qual pessoas relatam sua experiência ao deletar suas contas. “É simples e faz menos falta do que você espera”, diz a autora de um blog. Vale a pena ler seu relato (http://contente.vc/blog/como-passar-um-ano-sem-facebook-deletar-facebook-facebookcidio/).

Visando manter seu público interessado, o Facebook anunciou em abril deste ano que vai diminuir a oferta de espaços para anúncios. Eles já extinguiram os anúncios chamados “Histórias Patrocinadas” e vão manter os anúncios normais do lado direito, aumentando-os de tamanho para se integrarem e se tornarem mais visíveis no feed do usuário. No entanto, ainda há a discussão sobre a rede social diminuir o alcance orgânico das páginas para 1%, obrigando as empresas a pagarem para aparecer no feed de seus fãs. Ou seja: o usuário muitas vezes não vai conseguir acompanhar determinada página de sua marca favorita, pois esta pode não ser anunciante – outro motivo frustrante que poderia diminuir o interesse no Facebook.

No fim das contas, os jovens já mostraram que preferem o Whatsapp ao próprio Facebook; isso porque a rede é objetiva e simples – o que acontece também no Instagram, Twitter e Snapchat. O motivo é justamente a busca por algo que ofereça mais privacidade: poder publicar fotos, conversar à vontade e sem propagandas – e principalmente, longe dos olhares dos familiares do Facebook.

* José Matias é diretor da Redsuns (www.redsuns.com.br), agência de comunicação digital com foco em performance on-line.