Da reportagem
Como forma de resgatar a história do primeiro grupo escolar de Tatuí, a direção da Emef “João Florêncio”, com apoio do Condephat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Artístico de Tatuí), promove, nos dias 3, 4 e 5, a exposição “Memórias de João Florêncio”.
A diretora da instituição escolar, Edna Dalva dos Santos Oliveira, explica que a mostra, inicialmente, será aberta apenas aos alunos e pais, como forma de expor os trabalhos de pesquisas feitas desde o início deste ano pelos estudantes.
A proposta, segundo ela, era apenas pesquisar sobre a história de João Florêncio Gomes, em comemoração ao mês do patrono, celebrado em setembro. No entanto, “o que era para ser algo simples se entendeu”, conta.
A alteração aconteceu por meio do presidente do Condephat, Antonio Celso Fiuza Junior, o qual, segundo Dalva, ajudou a catalogar também a história do prédio que abriga a escola centenária.
Para Fiuza, o significado da história do primeiro grupo escolar do município vai muito além do “marco histórico que ele representa para Tatuí”.
Ele conta que a pesquisa resgata não somente a história de João Florêncio como o patrono, mas também a vida dele como profissional.
“Poucos o conhecem como sendo o filho do doutor Francisco de Salles Gomes e que se destacou como cientista na década de 1910, sendo o principal assistente do doutor Vital Brazil, no Instituto Butantan, onde ainda é respeitadíssimo, sendo referência nacional com suas pesquisas”, explica.
Dalva reforça a falta de conhecimento sobre a vida do patrono em razão de os mais jovens acharem que o patrono era professor e não cientista.
“Foi percebido, durante as pesquisas, que os alunos atuais não têm conhecimento sobre a vida dele. E ela é muito interessante, além de ter uma história muito bonita. Então, estamos fazemos essa exposição para mostrar um pouco da história do prédio e, também, sobre vida do doutor João Florêncio”, explica.
Dalva conta que a escola pretende, para o próximo ano, abrir a exposição à visitação pública, quando planeja montar em encarte, uma revista ou um livro com as fotos resgatadas no decorrer das pesquisas.
“A intenção é mostrar aos alunos, às unidades escolares e aos pais a história de nosso patrono, além de expor os trabalhos feitos pelos nossos alunos sobre ele”, conclui.
O prédio escolar é tombado pelo Condephat, “pela representação histórica na evolução educacional de Tatuí”.