Equipe do Sesi de Tatuí é destaque na Olimpíada Brasileira de Robótica

Alunos conquistam 1º e 3º lugares em duas modalidades na competição

Técnica em mecatrônica Beatriz Piovani, Isabella Miranda, Sophia Mota, Lucas Marins e Mayra Silva (foto: @Team.armadillos)
Da redação

Durante participação na etapa nacional da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), no final do mês de outubro, em São Bernardo do Campo (SP), a equipe Armadillos III, do Sesi de Tatuí, conquistou a primeira colocação na categoria “Trabalho em Equipe” e o terceiro lugar em “Modelagem Virtual”.

A equipe local é composta pelos alunos Mayra Byanka Silva, Lucas Marins, Isabella Miranda e Sophia Mota, que estudantes da 2ª série do ensino médio, e coordenada pela técnica em mecatrônica Beatriz Piovani.

Em vídeo, no canal do Youtube da equipe, os alunos contam que foram mais de dois meses de trabalho e que escolheram a categoria na qual angariaram a primeira colocação porque queriam demonstrar a união entre os participantes.

Equipe Armadillos, composta por Lucas Marins, Isabella Miranda, a técnica Beatriz Piovani, Mayra Byanka Silva e Sophia Mota (foto: @Team.armadillos)

“Para organizar a equipe, foram ressaltadas as nossas qualidades, com funções específicas dentro do grupo, com a cooperação de todos os envolvidos”, comentou Mayra.

Isabella e Sophia, por exemplo, ficaram responsáveis pela edição de vídeos e áudios. Já Mayra realizou o roteiro de cenas, enquanto Marins gerenciou imagens e a parte de programação.

O grupo Armadillos formou três equipes para ajudarem na pesquisa sobre robótica em variados sites, fóruns e vídeos de outras equipes, que contribuíram para a construção dos trabalhos.

“Como a robótica era novidade para parte dos integrantes, os mais experientes realizaram oficinas com a coordenação da nossa técnica Beatriz, que ajudou os novatos em seus primeiros contatos com programação e software 3D”, explicou Mayra.

Segundo a equipe, foi criado um perfil no Instagram (@team.armadillos), com o qual tem divulgado as atividades que realiza e dicas de vídeo, edição, softwares educacionais e outros trabalhos.

“Foi assim que entramos em contato com diversas equipes do Brasil para trocar informações e experiências e pedir e receber ajuda para a elaboração do robô”, contou Marins.

“Esse contato foi importante, pois compartilhamos muito conhecimento que enriqueceu o projeto. A equipe Irobot, de Boa Vista (RR), nos ajudou com as inspirações para fazer a garra do protótipo. Já o grupo Jarvis, de Jarvota (CE), compartilhou sua experiência de ser premiado na categoria de ‘melhor estreante’, na olimpíada regional”, mencionou Sophia.

A aluna reforçou que a equipe Mobtruck, de Arapiraca (AL), interessou-se pelo projeto dos tatuianos. “Compartilhamos com eles como construímos nosso robô Arduino, destacando os sensores utilizados e a lógica da programação”, detalhou.

A Armadillos explicou que um robô Arduino é formado por uma placa eletrônica expansível, que pode ser utilizada para o desenvolvimento de protótipos, para adicionar inteligência em qualquer coisa e até controlá-la remotamente.

O principal componente de uma placa Arduino é seu microcontrolador, que é um pequeno processador de computador montado em uma placa com diversos outros componentes que manipulam sua entrada e saída, “com o propósito de tornar mais fácil para conectar o mundo físico ao seu redor com o mundo digital”.

“Agradecemos muito ao Sesi Tatuí e nossa técnica Beatriz por ter nos auxiliado e conciliado a robótica e a tecnologia na educação dos estudantes”, finalizou a equipe Armadillos.

Além de Tatuí, Araras, Bauru, Birigui, Penápolis, Tatuapé, e Taubaté também receberam prêmios, no total de 11. Na modalidade prática com competição presencial, o Sesi de Birigui levou o título de “Super Team”, com a equipe Big Bang 2. Já na categoria “Programação”, o Sesi de Penápolis levou a melhor, com a equipe Cyber Nerds.

Já na modalidade prática com competição virtual, cujo tema foi responsabilidade social e divulgação científica, a primeira colocação ficou com o Sesi de Bauru, com a equipe Octopus. O segundo lugar foi conquistado pelo Sesi de Tatuapé, com a equipe Tatubóticos. A terceira colocação foi alcançada pela equipe Apex AP, do Sesi de Araras.

Na categoria “Maker”, a vencedora foi a equipe Sesi Black Sharks, de Taubaté. Em “Programação”, o primeiro lugar ficou com o Sesi de Taubaté, com a equipe King Code. Em seguida, conquistando a prata, vem o Sesi Birigui, com a equipe Big Bang 2). Na categoria “Modelagem Virtual”, o segundo lugar ficou com a equipe BR Robótica, do Sesi de Taubaté.
Segundo a assessoria de comunicação da OBR, a competição tem o objetivo de estimular os jovens às carreiras científico-tecnológicas, identificar talentos e promover debates e atualizações no processo de ensino-aprendizagem brasileiro.

A olimpíada destina-se a estudantes de qualquer escola pública ou privada do ensino fundamental, médio ou técnico em todo o território nacional, e é uma iniciativa pública, gratuita e sem fins lucrativos.

Ela possui duas modalidades: a prática, na qual os estudantes ficam sob orientação de seus professores e cientistas, a qual acontece através de eventos e competições regionais e estaduais; e a teórica, nas escolas dos estudantes e em sedes regionais, onde os alunos respondem questões de prova escrita preparada por uma comissão de professores e pesquisadores da OBR.

Ainda de acordo com a assessoria, a competição ocorre desde 2007 e é considerada o maior evento de robótica da América Latina. Em 2019, foram mais 204 mil participantes diretos, dividido em 5.000 equipes.