Da reportagem
Na tarde de quarta-feira, 20, o Centro de Artes e Esporte Unificados “Fotógrafo Victor Hugo da Costa Pires” (CEU das Artes) recebeu público interessado nos recentes editais divulgados pela prefeitura, que visam contemplar a lei complementar 195/2022, a Lei Paulo Gustavo em Tatuí.
No encontro, os presentes puderam tirar dúvidas sobre o apoio financeiro que os editais promovem, a fim de garantir ações emergenciais direcionadas ao setor cultural para enfrentamento das consequências sociais e econômicas em decorrência da pandemia.
Para o diretor do Departamento Municipal de Cultura, Rogério Vianna, o maior repasse financeiro da história da cultura de Tatuí fará com que a cidade supere em números de projetos os prêmios oferecidos pelos seis editais. Isso também, acentuou, por conta da “profissionalização crescente artistas locais”.
“Tatuí não é a mesma de um ano atrás, principalmente no nosso setor cultural. Então, não acho que a gente vai chegar a atender esse valor inédito: a gente vai superar em número de projetos”, afirmou.
Ele comentou que o avanço cultural do município se deu em muito por meio de outros editais culturais disponibilizados para a cidade, a exemplo a Lei Aldir Blanc, a qual, segundo ele, “ajudou muito a percepção da importância dos editais”.
Ainda comentou que os editais da “Paulo Gustavo” correspondem ao maior orçamento para instrumentos de editais e chamamentos do município, e que vão atender muitos projetos. “A cidade é cultural, ela respira cultura”, acentuou.
Ele acredita serem necessários os editais para que a cidade tenha percepção da importância que a cultura gera para o crescimento de outros setores.
“A percepção que temos é de que estamos investindo como na Educação e na Saúde. Fomentando a cultura, garantimos a qualidade de vida e o senso crítico da pessoa, para que ela tenha uma saúde adequada e uma educação melhor”, sustentou.
Para Tatuí, será aplicado um valor de R$ 1.029.318,24 do superávit financeiro do Fundo Nacional de Cultura para fomento de atividades e produtos culturais. Desse total, R$ 732.565,79 devem ser destinados ao setor do audiovisual e R$ 296.752,45, para as demais atividades artísticas e culturais.
Vianna lembrou que, havia algum tempo, a cidade só “trabalhava com o básico, oferecendo o mínimo para o setor cultural”. “Hoje, nós estamos permitindo que o senso crítico seja coletivo”, apontou.
“Então, não é só o sendo do artista que está sendo demonstrado com a sua arte. Nós estamos, por meio do artista que expressa a sua arte, produzindo uma cultura de fato”, emendou.
Sobre a Lei Paulo Gustavo, a qual está aberta à participação de um público sem vínculo direto com a cultura do município, Vianna explicou que, apesar de os editais serem amplos, sem a especificidade de conteúdo local, a cidade salvaguarda, neles, os títulos de: Cidade Ternura, Capital da Música e Terra do Paulo Setúbal, o que, aponta, é “uma forma carinhosa de valorizar o bem cultural de Tatuí”.
“Mas, nenhum dos editais é fechado para essa temática, muito pelo contrário. É a produção intelectual de cada um que estará sendo entregue para a população”, explicou Vianna.
Os editais
Em Tatuí, a Lei Paulo Gustavo é dividida em seis editais. Um deles é específico para projetos de produções audiovisuais por empresas produtoras independentes, acessado pelo link https://bit.ly/3sQQl5X.
Os demais contemplam: projetos de apoio a sala de cinema itinerante ou de rua (link em https://bit.ly/3sVhpBj); espaço cultural da “Capital da Música e Terra de Paulo Setúbal” (https://bit.ly/45QVytc); projetos de produções audiovisuais “Cidade Ternura” (https://bit.ly/3ZoFooA); capacitação de audiovisual “Cidade Ternura” (https://bit.ly/3Zfbhjf); e projetos para arte e cultura “Capital da Música e Terra de “Paulo Setúbal” (https://bit.ly/3ZjfuT5).
“Olha que enriquecedor. E, antigamente, a gente chorava tanto, que precisa de público para isso. Hoje, o público já está lá. O público está esperando o que já está acontecendo”, concluiu Vianna.