Da redação
A partir deste mês, Tatuí tem novos aliados no combate à dengue. Um grupo de amigos, liderados pelo empresário Carlos Augusto Quevedo de Souza, vai ajudar o poder público em pelo menos uma das medidas de redução de contágio.
Trata-se de ação voltada à área da saúde, com foco no mosquito transmissor da dengue, o Aedes Aegypti. O objetivo é reduzir a presença do vetor e, com isso, o número de pessoas acometidas, controlando o surto no município.
O acordo foi firmado em reunião realizada na Prefeitura na segunda-feira, 5. Participaram do encontro, além do empresário, o secretário municipal de Governo, Luiz Paulo Ribeiro da Silva, representando a prefeitura, e Antonio Marcos de Abreu. O vereador, que também é presidente da Câmara Municipal, tornou-se a ponte entre o Executivo, o empresário e os amigos dele. Foi ele que procurou os parceiros para mobilizá-los a colaborar.
“O grupo fará a doação de insumos e a empresa de Quevedo, a Ecolife, entrará com os equipamentos e mão de obra para a nebulização”, conta o parlamentar em nota enviada pela assessoria de comunicação. Abreu explica que conseguiu a aplicação de produtos “de forma graciosa e que a realização da ação será possível com o estabelecimento dessa parceria com o Executivo”.
A iniciativa, que é similar a uma “PPP” (parceria público-privada), vai focar nos bairros de maior incidência da doença. Embora a própria prefeitura reconheça que a dengue esteja presente em todas as áreas da cidade, o vereador conta que, nesse momento, a nebulização será aplicada nas regiões que apresentam mais infectados. De 12 a 15 bairros devem ser beneficiados.
Na cidade, os casos confirmados passam de 10.100, representando mais da metade do registro no estado de São Paulo, que tinha até a semana passada 15 mil infectados. Além do aumento da procura por atendimento, o surto da doença interfere no combate ao coronavírus, obrigando a prefeitura a remanejar funcionários de unidades de saúde da zona rural para as da zona urbana.
Para dar conta do número de atendimentos da Covid-19, em março, a Santa Casa desativou o dengário que mantinha. Com isso, os atendimentos a pessoas com suspeitas ou sintomas passaram a ser feitos apenas nos postos de saúde.
Além da nebulização, Abreu sustenta que é importante que tanto a prefeitura como a população façam suas partes. O Executivo deve manter medidas como a operação cata-treco e a fiscalização para eliminação de criadouros, e os moradores, evitar o acúmulo de água parada e manter os locais limpos.