Empresa que vai tirar ‘churrasqueira’ pode ser definida no próximo dia 6

Fim da 'churrasqueira' começa a ficar mais próxima (foto: AI Prefeitura)

A Prefeitura realiza no dia 6 de abril, às 10h, no paço municipal, a licitação para contratação de empresa especializada para execução de drenagem e revitalização dos canteiros da avenida Vice-Prefeito Pompeo Reali e a retirada da chamada “churrasqueira”.

O investimento nas obras tem custo previsto de R$ 904.218,69. Elas são necessárias para conter o grande volume de água, em dias de chuva, que causam inúmeros problemas nessa região da cidade.

“Com isso, deveremos, ainda no primeiro semestre deste ano, iniciar as obras para resolver de vez a situação da malfadada ‘churrasqueira’, em toda a sua extensão”, destacou a prefeita Maria José Vieira de Camargo.

Em março de 2016, a administração anterior, comandada por José Manoel Correa Coelho, Manu, anunciou a construção do dispositivo, restauração de calçadas, melhorias na iluminação pública e lombofaixas na avenida.

As críticas tiveram início meses depois do começo das obras, quando o canteiro central começou a ser levantado. As obras ficaram a cargo da empresa THR Construção e Infraestrutura, vencedora do processo de licitação.

No fim de 2016, a administração municipal chegou a pedir aditamento, de R$ 60 mil, para concluir a obra. A solicitação não foi autorizada e, sem o recurso, a construção não terminou. A obra foi realizada com tijolos e, pelo formato, ganhou o apelido de “churrasqueira”.

A demolição – ou não – da mureta do canteiro central foi amplamente debatida no ano passado. Por determinação do Ministério Público, houve uma audiência pública para discutir o que poderia ser feito para solucionar o problema.

O assunto também repercutiu na tribuna da Câmara Municipal, onde os parlamentares apresentaram requerimentos para abordar a questão.

Além da “aparência”, os edis sustentaram que a obra apresenta problemas não previstos pela equipe que a projetara. Entre eles, o fato de que não há muitas passagens entre um lado e outro da avenida. Quem sobe no sentido às rodovias conta apenas com dois pontos de transição.

Na época, as autoridades também argumentaram que a principal questão é que a obra “contribui” para o aumento de acidentes. No período de chuva, o canteiro impede o escoamento da água. Nos dias em que há grande volume de precipitação, a falta de escoamento gera o fenômeno chamado aquaplanagem.

Em abril do ano passado, um parecer parcial, elaborado por técnicos municipais, apontou que o canteiro central da avenida teria sido feito sem planejamento. Uma parte da “churrasqueira” já chegou a ser demolida, durante a conclusão das obras da ponte do Marapé.

Neste ano, o secretário municipal do Governo, Luiz Gonzaga Vieira de Camargo, enfatizou à reportagem de O Progresso que “a churrasqueira estava com os dias contados”.

O projeto que será licitado também prevê a execução de bueiros e outros serviços, na rua Antonio Pereira Fiuza (vila São Cristóvão) e execução de muro de contenção e recolocação de guias e sarjetas, na rua João Alfredo Soares (vila Brasil).

No pacote de obras, a de maior valor será para a drenagem e revitalização dos canteiros da avenida Pompeo Reali. O investimento na obra está previsto em R$ 686.392,63.

A obra de construção de bueiros e outros serviços, na rua Antonio Pereira Fiúza (uma das travessas da Pompeo Reali), está avaliada em R$ 24.008,72. Já a obra do muro de contenção e recolocação de guias e sarjetas na rua João Alfredo Soares, na vila Brasil, está orçada em R$ 193.817,34.