Empregos têm aumento no 1º mês do ano

Tatuí termina o mês de janeiro com a criação de 85 postos de trabalho, mostra Caged

Da reportagem

As contratações do mercado de trabalho em Tatuí fecharam o primeiro mês do ano com saldo positivo. Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) apontam a geração de 85 novos postos em janeiro.

O órgão do Ministério do Trabalho divulgou o resultado de janeiro na tarde de quinta-feira, 9. Os números referentes ao mês passado devem ser divulgados até 9 de abril.

Conforme o cadastro, o município somou 1.100 admissões e 1.015 demissões em janeiro. Apesar do saldo positivo, o resultado é menor que o do primeiro mês de 2022, quando Tatuí somou 183 novas vagas.

A diretora do PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador), Fabiana Grechi, explica que o número de tatuianos inseridos no mercado de trabalho formal é ainda maior que o do Caged, já que o cadastro do trabalhador é contabilizado no município onde ele é contratado, independentemente da cidade em que reside.

“Por conta disso, o Caged não representa a situação real do município. Temos fornecido, por meio do PAT, mão de obra para várias cidades da região. Tivemos muitas contratações para Boituva e Tietê, por exemplo, que não entram nesta soma”, argumentou a diretora.

Os funcionários tatuianos empregados por empresas de fora são contabilizados no Caged dos respectivos municípios. O órgão não disponibiliza a contabilização de trabalhadores formais por cidades de origem.

Em janeiro, quatro dos cinco setores analisados pelo Caged criaram vagas. Segundo o levantamento, a estatística de janeiro é liderada pelo setor de indústria, com a abertura de 92 novos postos. O saldo é resultado de 347 contratados para 255 desligados.

A atividade econômica é a segunda maior empregadora do município, com o estoque de 9.506 funcionários formalizados. Até o primeiro mês, o Caged apontava 28.031 trabalhadores com carteira assinada – variação de 0,30% em relação ao mês anterior.

Na análise entre os subsetores, o melhor resultado é o da indústria de transformação, responsável pela abertura de 76 vagas, advindas de 267 contratações e 191 desligamentos em janeiro.

Em seguida, aparecem as indústrias de extrativas, com mais dois postos (seis admissões para quatro demissões) e a indústria de eletricidade e gás, com uma nova vaga (uma para zero). Na indústria de água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação, houve perda de dois postos.

Fabiana apontou ter percebido melhora no setor industrial desde outubro do ano passado. Segundo ela, as indústrias de Tatuí, têm procurado a unidade com maior frequência e ofertado maior número de vagas.

“Somente neste mês de março, diversas pessoas foram contratadas por meio do PAT. Acredito que esses números comecem a aparecer no cadastro de empregados e desempregados a partir de abril”, pontuou.

Em segundo lugar em janeiro, está o setor de serviços. A atividade econômica criou 28 postos, advindos de 363 contratados para 335 desligados. O setor é o maior empregador do município, com o estoque de 9.737 funcionários formalizados.

Entre os subsetores, o destaque do mês foi para os serviços de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas. A atividade gerou 33 novos postos, advindos de 143 admissões e 110 demissões.

Em seguida, também com saldo positivo, aparecem os serviços de alojamento e alimentação, com a abertura de 31 vagas, advindas de 83 contratações e 52 demissões.

Outros subsetores de serviços aparecem com saldo negativo: transporte, armazenagem e correio (menos 15 vagas); administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (menos 14); e outros serviços (menos sete).

O terceiro melhor resultado do mês de janeiro foi o da construção civil. A atividade econômica gerou cinco postos, com 63 contratações e 58 desligamentos (variação de 0,70% em relação ao mês anterior).

O setor concentra 2,55% da mão de obra no município, com 715 trabalhadores formalizados nas áreas de obras de infraestrutura, construção de edifícios e serviços especializados para a construção.

Na análise do saldo dos subsetores, o melhor resultado é o de obras de infraestrutura, com a criação de nove vagas, advindas de 19 contratações e dez desligamentos.

O subsetor de serviços especializados para a construção aparece em seguida, com saldo de cinco novas vagas, advindas de 27 admissões para 22 demissões. Já o setor de construção de edifícios fechou o mês com saldo negativo de nove vagas, resultado de 17 contratados para 26 demitidos.

Ainda com saldo positivo, aparece a atividade agropecuária. Conforme o Caged, o setor gerou uma nova vaga, advinda da contratação de 69 novos para a demissão de 68, resultando em variação de mais 0,07% na comparação com o mês anterior.

A atividade econômica, que abrange agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, é a quarta maior contratadora do município, com 1.514 funcionários.

Na contramão, entra o setor de comércio, com saldo negativo. A atividade econômica fechou 41 postos – resultado de 258 admissões para 299 demissões – saldo 0,62% menor em relação ao mês anterior.

O setor comercial é o terceiro maior empregador do município, com o estoque de 6.559 funcionários formalizados.

Entre os subsetores, a maior queda ocorreu no comércio varejista, com saldo negativo de 33 vagas (204 admissões para 237 desligamentos). Em seguida, ficou o comércio por atacado, com a perda de oito vagas – resultado de 35 contratações para 43 demissões.

Segundo Fabiana, a queda no número de contratações e aumento nas demissões no comércio já era esperada. Para ela, o resultado é reflexo das vagas temporárias, oferecidas pelos lojistas, somente para o período de final do ano.

A diretora avaliou o saldo do mês como um avanço para o município. Ela ainda destacou que o PAT foi responsável por boa parte das contratações de janeiro e disse esperar aumento de formalizações a partir de abril.

“O PAT teve um papel bem importante nessas contratações. Mudamos nossa abordagem, fazemos uma busca ativa pelas vagas – ou seja, não esperamos as empresas nos procurarem -, e também temos feito parcerias com as agências de emprego. Isso tudo está refletindo agora”, enfatizou.

Fabiana ainda contou ter retomado o cadastro dos desempregados na plataforma IMO (Intermediação de Mão de Obra), do portal Emprega Brasil, do Ministério do Trabalho, órgão do governo federal.

A intermediação de mão de obra visa colocar trabalhadores no mercado de trabalho por meio de vagas captadas junto a empregadores, reduzindo o tempo de espera e a assimetria de informação existente no mercado de trabalho, tanto para o trabalhador quanto para o empregador.

“Com isso, todo mundo que vem aqui no PAT passa por cadastro, triagem e pré-entrevista. Não oferecemos mais aquela opção de apenas deixar o currículo aqui. Agora, todos passam pelo balcão, fazem o cadastro e passam por uma triagem, sendo direcionados às empresas de acordo com cada perfil”, informou Fabiana.

Outro serviço oferecido pelo PAT, conforme acentuado pela diretora, é o incentivo à capacitação dos desempregados, principalmente a conclusão dos estudos. Segundo ela, um levantamento da unidade apontou que 57% das vagas oferecidas pelas empresas exigem ensino médio completo.

“Passamos a exigir um formulário mais completo das empresas e observamos que uma das queixas é a falta de capacitação. Com isso, passamos a incentivar as pessoas a buscarem novos cursos e terminarem os estudos. Assim, o que era um fator limitante acaba deixando de ser, e elas terão mais chances de serem efetivadas”, concluiu Fabiana.