Empregado de loja de motos de Tatuí é acusado de vender e ficar com dinheiro

Da redação

A Delegacia Central registrou boletim de ocorrência, na semana passada, de acusação de apropriação indébita, furto, estelionato e associação criminosa. Nele, o proprietário de uma concessionária de motos aponta um funcionário de 34 anos como responsável por provocar prejuízo superior a R$ 100 mil.

Conforme o boletim de ocorrência, uma semana antes, foi feito o inventário do estoque da loja e constatado que quatro motos estavam desaparecidas.

Conversando com funcionários da empresa, o empresário foi informado de que as motos haviam sido entregues a clientes de um determinado vendedor. Após questioná-lo, surgiu a suspeita de que ele teria se apropriado das motos ou as vendido, sem autorização ou registro.

O acusado, segundo o boletim, vendia motos novas e usadas, recebendo os valores, via Pix, na própria conta bancária e em contas dele em sites de apostas esportivas.

Para isso, ele realizava a venda verbalmente e apresenta um “QR Code” falso ao cliente, como se pertencesse à loja, mas direcionava os valores à conta própria ou ao perfil dele nas casas de apostas.

Caso o cliente não confiasse em fazer o pagamento por QR Code, conforme o BO, o suspeito o acompanhava até o banco para fazer o saque em dinheiro ou transferência, via TED, e embolsava o valor, direcionando-o para a conta pessoal dele ou de terceiros.

Para cobrir as pendências com a loja, o empresário disse à PC que o vendedor depositava alguns valores no caixa e informava ao setor financeiro que eram referentes a alguma outra venda anterior.

O dono da loja relatou à PC que o vendedor violou, por diversas vezes, o armário de guarda dos documentos para obter os CRLVs (Certificado e Registro de Licenciamento de Veículos) das motos para entregar aos compradores.

Após o setor financeiro identificar “movimentos estranhos” de algumas vendas, o gerente realizou o inventário da loja.

No mesmo dia em que foi questionado, segundo o boletim, o denunciado pegou uma moto do showroom da loja, sem autorização, e saiu para almoçar.

Ele retornou somente no dia seguinte, acompanhado de um advogado criminalista, confessando parcialmente os crimes e confirmando que os teria cometido outras vezes. Apesar disso, ele pediu para não ser denunciado às autoridades.

Como parte do pagamento das motos da loja, de acordo com o BO, o acusado aceitava motos usadas de clientes e as repassavas a outros lojistas, embolsando todo o valor da revenda, sem jamais informar aos proprietários.

Ainda conforme o documento, a loja apurou que, pelo menos, oito clientes foram enganados pelo vendedor, enquanto outros quatro ainda não haviam sido localizados.

Também há clientes que compraram com o suspeito e aguardam para retirar as motos e alguns que já as retiraram, mas esperam a documentação para realizar a transferência.

O empresário ainda afirmou à PC que o prejuízo estimado, conforme a quantia depositada na conta bancária do vendedor ou em contas dele em sites de apostas, é de R$ 107.028, além dos valores pagos por clientes, em espécie, que não puderam ser contabilizados.

2 COMENTÁRIOS

  1. Porque não foi divulgado o nome do criminoso e da loja de motos?

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