Edis pedem apoio psicológico a profissionais de saúde locais

Vereadores protocolaram pedido ao chefe do Poder Executivo

Almeida Martins reforça necessidade de acompanhamento profissional (foto: reprodução/TV Câmara)
Da reportagem

Na 17ª sessão ordinária de 2022, ocorrida na Câmara Municipal, na noite de segunda-feira, 30 de maio, os parlamentares aprovaram requerimento pedindo informações sobre a possibilidade de profissionais da rede municipal de saúde serem atendidos por psicólogos.

O documento 1.536/22, endereçado ao prefeito Miguel Lopes Cardoso Júnior, foi apresentado por cinco vereadores: Paulo Sérgio de Almeida Martins (PRTB); e Antonio Marcos de Abreu, Maurício Couto, Cíntia Yamamoto Soares e Débora Cristina Machado de Camargo (todos do PSDB).

Conforme a matéria, os profissionais de saúde da “linha de frente” do município estão cansados psicologicamente “pelo intenso trabalho, os riscos de se contaminarem e a ansiedade por, diariamente, estarem em contato com o sofrimento e morte dos pacientes”.

De acordo com os autores, a proposta de um projeto de acolhimento para que psicólogos realizem atendimentos poderia proporcionar “algum alívio” aos profissionais, os quais “necessitam de pessoas para ouvi-los sobre o que estão vivenciando ou somente para desviá-los da rotina”.

“É nessas horas que o papel do psicólogo ajuda muito. O acompanhamento de uma equipe multiprofissional habilitada nesses casos específicos preserva, resguarda e traz uma melhor qualidade de vida aos mesmos”, destaca a justificativa do requerimento.

Na tribuna, Almeida Martins informou que, após recente evento relacionado à área de saúde, realizado na Casa de Leis, ele e alguns vereadores entenderam que muitos profissionais estão se afastando da área por problemas psicológicos.

“Não é apenas em Tatuí, mas em todos os lugares. Em muitas cidades da região, já têm atendimentos aos profissionais da saúde que continuam enfrentando um momento difícil”, declarou Almeida Martins.

O parlamentar disse ter recebido relatos de que pessoas que estariam entrando em consultórios com o celular para filmar a atuação dos profissionais, ameaçando divulgar, nas redes sociais, caso o atendimento prestado não fosse “satisfatório”.

“É uma pressão psicológica tremenda. Eles (profissionais de saúde) precisam, e nós pedimos ao prefeito que olhe essa possibilidade com carinho”, concluiu Almeida Martins.