Da reportagem
Em comemoração ao Dia de São Jorge e ao Dia da Cultura de Tradição Raiz, o Museu Histórico “Paulo Setúbal”, da prefeitura de Tatuí, recebe às 15h deste sábado, 23, o projeto “Revelando Tatuí”.
De acordo com o gestor do MHPS e diretor do Departamento Municipal de Cultura, Rogério Vianna, o evento é uma forma de valorizar a cultura raiz, como o cururu e a variação conhecida como “caninha verde”, bem como as tradições tropeiras e caipiras da Cidade Ternura.
“Tatuí já tem, por sua formação, a tradição da Festa de São Jorge – inclusive, o hino da cidade já frisa essa questão. São Jorge é importante para nossa cidade, então, pensamos em valorizar a cultura caipira junto com essa celebração”, contou o gestor.
A primeira apresentação da tarde, na Praça do Museu, é do projeto “Cururu – Patrimônio da Nossa Terra – Desafio Poético ao Som das Violas”, de Zacarias Camargo. Segundo Vianna, a ação busca “valorizar o gênero musical que há muito tempo é parte integrante da tradição tatuiana”.
Também pensando nisso, existe a intenção de reviver os “canturiões do cururu”, que ainda “trazem no coração essa tradição, como forma de promover o contato e a revalorização do cururu, manifestação da cultura raiz tão importante para a identidade do município”, salientou o diretor.
Em seguida, é a vez da apresentação “Tropeirinhos do Rancho – Nossa Alegria Contagia – Tradição de Nossa Terra”, do coletivo cultural Tropeirinhos do Rancho, coordenado por José Adilson Idro Oliveira.
Vianna destaca que, desde 2012, o grupo resgata, preserva e divulga as tradições tropeiras e caipiras, como o fandango, a catira, as cavalgadas, a queima de alho, a música raiz e o toque do berrante.
Por fim, encerrando o dia, há a apresentação do projeto “Uma Roda de Caninha Verde – Variante do Cururu Tradicional, Tradições Musicais de Nossa Terra – Improvisos e Variações”, de Esmeraldo Donizete da Silva.
O repertório do projeto tem músicas da variação do cururu, chamadas de “caninha verde” – uma junção do cururu de improviso com o ritmo das músicas. Esta modalidade, assim como o cururu tradicional, nasceu na região chamada “Médio Tietê” e se espalhou para diversas regiões do Brasil.
“É uma manifestação tradicional muito animada e divertida, que exige raciocínio e habilidade dos participantes, promovendo o contato e a revalorização desta modalidade”, aponta o diretor de cultura.
Os cururueiros Zacarias Camargo, Esmeraldo Donizete da Silva (conhecido como Esmeraldinho) e José Adilson Idro de Oliveira, do Tropeirinhos do Rancho, receberam recursos por meio do edital de cultura 02/2021, da Lei Aldir Blanc (LAB), e contam com apoio cultural da prefeitura de Tatuí.
“Trazer os cururueiros e os Tropeirinhos para o museu é uma forma de preservar as tradições da nossa cidade. Esta é a primeira edição, mas pretendemos realizar outras ações como essa para valorizar essa manifestação cultural caipira”, finalizou o diretor.