Desafio é enxugar os gastos e melhorar a Saúde, diz Grandino

 

A política é uma “coincidência” na vida de Alexandre Grandino Teles (PSDB). Eleito vereador no início de outubro, ele é neto do ex-vereador Rolando Grandino, falecido em 2012, e genro do ex-prefeito e ex-deputado estadual Luiz Gonzaga Vieira de Camargo. A partir de janeiro, assumirá uma cadeira na Câmara Municipal, ao mesmo tempo em que será genro da nova prefeita, Maria José Vieira de Camargo.

Coincidências à parte, o novo vereador viu, em meio ao momento de turbulência política e econômica pelo qual o país atravessa, o “momento ideal” para disputar as eleições.

No âmbito municipal, a população teria dado um recado de renovação, tanto no Executivo quanto no Legislativo, e Grandino Teles é um dos novatos que começarão o mandato em janeiro.

Na primeira eleição, o empresário conseguiu 1.379 votos e deixou diversos políticos “de carreira” para trás. Quarto mais votado, contou com o apoio familiar, sobretudo, de Gonzaga.

Na Câmara, o tucano promete ajudar a prefeita eleita Maria José na redução dos gastos públicos. O desafio, segundo ele, é reduzir as despesas e, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade dos serviços públicos.

“O governo diz que gasta 34% do Orçamento com a Saúde e 29% são somente com a folha dos funcionários. Precisa ter uma reestruturação para que sobre dinheiro e sanar a falta de remédios. Tem gente que precisa de insulina e de exames, e a Prefeitura não oferece”, afirmou.

O aumento do desemprego na cidade também preocupa o vereador. Ele promete ajudar a prefeita eleita a deixar Tatuí “mais atraente”, focando na limpeza pública, no término da reconstrução da ponte do Marapé e na oferta do Pró-Tatuí (Programa de Incentivo ao Desenvolvimento Econômico e Social do Município de Tatuí) às empresas que se instalarem na cidade.

“Qual empresa vai querer se instalar em uma cidade que tem lixo e entulho espalhados por todo lado? Vejam o caos que está na entrada de Tatuí. Creio que a cidade precisa ficar melhor apresentável para atrair investimentos”, comentou.

A possibilidade de ser presidente da Câmara é descartada, inicialmente, por Grandino Teles. Cargo-chave no andamento de projetos que beneficiam o Executivo, a presidência será “decidida pelo grupo”, alegação repetida pelos integrantes da futura base aliada do governo tucano.

“O que o nosso grupo decidir, estarei de acordo. É óbvio que, se optarem pela minha pessoa assumir, estarei pronto para presidir a Câmara. Tudo vai depender da conversa que teremos, se eu fizer (parte da mesa), ótimo, se eu não fizer, estarei no grupo do mesmo jeito”, declarou.