Denúncia cita venda ilegal de áreas no cemitério Cristo Rei





Denuncia encaminhada à redação de O Progresso apontou suspeita de venda ilegal de terrenos no cemitério Cristo Rei. A informação, repassada por uma leitora via e-mail, era de que estaria havendo ocupação de espaços exclusivos de travessia.

A pessoa dizia que tomara um susto, durante uma visita, quando encontrou um jazigo edificado num espaço que chamou de “terreno irregular”. Segundo a leitora, a construção estaria “colada” com a de um parente.

Com entrada pela avenida Cônego João Clímaco de Camargo, o cemitério Cristo Rei possui diversos monumentos, entre túmulos e memoriais. Alguns deles tiveram a construção feita recentemente, aponta a leitora. Ainda segundo ela, as edificações estão situadas onde antes seriam passagens de visitantes.

“Se, teoricamente, não há mais espaço à venda disponível para a construção de túmulos, por que, então, a circulação de pedreiros aumentou visivelmente por lá?”, questionou a leitora. Com base nessa situação, ela pressupôs que estaria havendo “faturamento com vendas indevidas de terrenos”.

Por meio de nota, a administração do cemitério central não respondeu diretamente à acusação. Informou, apenas, que todas as construções são regulares e previstas pela lei municipal 3.295.

No parágrafo 4º, a legislação estabelece que “todos os espaços livres poderiam ser feito jazigos”. Desta forma, a lei descaracterizaria a denúncia de ocupação irregular.

Conforme a administração, o Cristo Rei conta com “uma série de túmulos fora do padrão”. Eles foram construídos anteriormente, antes da regulamentação.

“A maneira de regularização seria a demolição e construção de novos jazigos, que dependem, porém, de autorização dos parentes”, cita-se.

A administração também destacou que há novas áreas para construção de túmulos. Entretanto, ressaltou que elas pertencem a determinadas famílias. Por fim, colocou-se à disposição da população para esclarecimentos e atendimento às dúvidas.