Os expositores presentes na sétima edição da Feira do Doce comemoraram o crescimento nas vendas em relação ao ano passado. Os números oficias, contudo, ainda não haviam sido divulgados até o fechamento desta edição (sexta, 17h).
Em 2019, os doceiros classificados para participar estiveram divididos em oito segmentos. Os produtores do gênero de bebidas foram: Refrigerantes Vieira Rossi e Pinga dos Ramos; os de produtos de milho, Cantinho Doce e Delícias de Milho.
Os doces tradicionais e artesanais foram produzidos por: Rancho Maricota, Receitas do Sítio, Doce Cidade, Doceria Pingo Doce, Sandra Doces, Oliveira Produtos Artesanais, Doces Caseiros Tatuí e Doces Caseiros Estrela Dalva.
Doces de festa e sobremesa foram confeccionados pelas empresas: Açaí Town, Padaria Onze, Raissa Confeitaria Artesanal, Vanilda Doces, Cookies & Cookies, Du Biel Cup Cakes & Cia., Doces Celina, Cris-Cricafé, Paula Juju – Lembrancinhas Comestíveis, Ottina’s Doceria Italiana, Cândida Doces, Sabores Ivone, Doceria e Confeitaria Dois Amores, Biscolim e Fusstat (Fundo Social de Solidariedade de Tatuí).
Doces finos e brigadeiros “gourmet” estiveram disponíveis nos estandes: Clara e Cia., Enrolado & Granulado, Confeitaria Elaine, Docicado Doceria e Brigadeiroteca.
Chocolates foram comercializados na: Chocoshow, Cá…Brito Chocolates e Doces, Ana Banana Cone Trufado, Doçura, Chocolucia e Showcolate Mania.
Bolos e tortas foram vendidos por: Gi Cakes e Doces, Cady e Cake, Sodiê Doces, Merceli Bolos e Doces, Atelier Anna Botelho, Doceria Doce Sabor e As Gêmeas Doces e Bolos.
Churros, crepes e pastéis doces estiveram disponíveis: na Marielo Pastéis e Cia, Pastelaria Oliveira, Claudia Rauscher Buffet e Gastronomia, Mr. Huckinho e Bru-Léo Pastelaria.
Os 50 expositores classificados foram escolhidos a partir de seleção por edital de chamamento, publicado pela prefeitura. A seleção foi feita pela comissão organizadora da Feira do Doce, formada pelo secretário municipal do Esporte, Cultura, Turismo, Lazer e Juventude, Cassiano Sinisgalli, e pelos turismólogos do Departamento Municipal de Turismo, Jean Vinicios Sebastião, Rafael Halcsik Coutinho e Ana Stela das Dores Donzelli.
Conforme divulgado pela assessoria de comunicação do Executivo, a comissão adotou critérios técnicos para a seleção. A participação em edições anteriores da Festa/Feira do Doce ou em outros eventos gastronômicos semelhantes de grande porte, reconhecidos por lei estadual ou federal, foi um dos requisitos.
Segundo a assessoria, ter estabelecimento comercial aberto ao público no ramo gastronômico de doces e possuir CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas), atestando a fabricação de doces, eram alguns dos outros critérios que formaram pontuação, com o número máximo de cem pontos.
Ione Gomes Protta Vieira, proprietária do Rancho Maricota, expôs que começara a trabalhar para o evento no dia 2 de junho, aumentando em 20% o investimento em relação ao ano passado. “E, mesmo assim, faltou. Se eu tivesse aumentado 50%, teria vendido tudo”, afirmou.
Participando desde a segunda Feira do Doce, Ione assegurou ter sido esta a melhor edição. Para o próximo ano, ela revelou que irá aumentar o investimento em torno de 50% a 60%.
Mesma porcentagem que Ana Paula Botelho, do Atelier Ana Botelho, pretende para 2020. A expositora, que participa da feira desde 2016, informou que as vendas crescem a cada edição, “pois os clientes reconhecem o trabalho e já procuraram pelo produto”.
Apesar de ter contratado cinco funcionários temporários e iniciado o pré-preparo 15 dias antes da feira, trabalhado cerca de 22 horas durante os quatro dias, Ana revela que não conseguiu suprir toda a demanda. “A vitrine ficou esgotada. Às 17h do último dia, já não tinha mais nenhum produto”, contou.
Cristiane Aparecida Camargo, da Cris-Cricafé, reconhece ter sido a maior beneficiada pela baixa temperatura no período do evento e também afirma ter vendido cerca de 50% a mais que no ano anterior.
O expositor Henrique Marteleto, da Cookies & Cookies, conta que, na manhã do segundo dia da feira, já tinha superado as vendas do ano passado. Ao término, disse ter dobrado a quantia de produtos comercializados em 2018.
“Já sabíamos que a procura neste ano seria um pouco maior, mas não tão grande desta forma. Fizemos uma quantidade maior de doces para iniciar a feira, mas, mesmo assim, fomos surpreendidos”, declarou Marteleto.
Mais uma produtora que vendeu todos os produtos na sétima Feira do Doce é Camila Brito, responsável pela Cá… Brito Chocolates e Doces. Ela garante ter sido a melhor edição do evento em todos os sentidos.
Pelo segundo ano consecutivo, a feira foi realizada em quatro dias, e Camila torce para que isso se repita na edição seguinte. O ano de 2020 é bissexto e, desta forma, o feriado estadual da Revolução Constitucionalista, no dia 9 de julho, cairá em uma quinta-feira, permitindo que a Feira do Doce prossiga até domingo, dia 13.
“Seria perfeito, uma ótima oportunidade. Se realmente for realizada em quatro dias, será muito bem-vindo”, declarou.
Participando pela primeira vez, Dalmo Vítor Santos Oliveira, da Doce Cidade, assegura ter atingido bons resultado. Ele revela já estar pensando nos pontos que podem ser melhorados para o próximo ano. Segundo Dalmo, “o maior desafio é manter a qualidade num evento que exige tamanha quantidade de produtos”.
“A feira é uma grande vitrine e, com o aprendizado deste ano, vamos trabalhar nas melhorias para entregar um bom atendimento e produtos com qualidade fiel aos vendidos na loja”, salientou.
A empresária Mylene Sagas, da Rey Rou, também esteve pela primeira vez na Feira do Doce vendendo suvenires. Ela comercializou imãs, botons, canecas, camisetas, chaveiros, enfeites e imagens da Nossa Senhora da Conceição.
Conforme Mylene, o “teste” foi aprovado e ela espera voltar no próximo ano, oferecendo ainda mais “lembrancinhas” as público.
Cláudia Rauscher, proprietária da Claudia Rauscher Buffet e Gastronomia, afirmou ter mantido a média dos anos anteriores. Ela destacou a organização, a decoração e as atrações musicais, “que tornaram esta edição muito especial”.
Já Cristiane de Camargo Barros, uma das responsáveis pela Paula Juju – Lembrancinhas Comestíveis, afirmou ter vendido 45% a mais que em 2018. Segundo ela, “o aumento de público e das vendas se deve pela Feira do Doce ter se tornado um símbolo da cidade”.
Além do crescimento para os expositores da feira, o presidente da ACE (Associação de Comerciantes e Empresários) de Tatuí, Eric Proost, destacou que eventos dessa magnitude impulsionam todo o comércio local.
“Estes grandes eventos favorecem a rede hoteleira, os restaurantes e os bares. As pessoas acabam saindo mais às ruas e gastando mais no comércio em si”, apontou.
Conforme Proost, isso traz mais dinheiro para a cidade. Ele garante que os visitantes não vêm para a cidade somente para comer um doce, podendo ficar por mais um de dia e deixando mais recursos para o município.
O presidente da ACE ainda ressaltou a parceria com a prefeitura e o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) para oferecer cursos aos expositores da Feira do Doce.
Durante as reuniões de preparação do evento, os produtores de doces tiveram direito a cinco cursos gratuitos, oferecidos pelo Sebrae: EaD (ensino a distância) – “Boas Práticas”, “Ganhe Mercado”, “Como Participar em Feiras”, “Sei Formar Preços” e “Fluxo de Caixa”.
“A maior parte dos doces caseiros é fabricada de forma artesanal, sem aquele âmbito profissional. Até um tempo atrás, alguns não tinham nem um CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica)”, ratificou.
“Através do Sebrae, foi possível criar essas microempresas e profissionalizar os produtos”, completou Proost.
No dia seguinte ao encerramento da feira, os expositores receberam da comissão organizadora um questionário para informarem a quantia de produtos comercializados e o valor arrecadado.
Uma reunião entre eles está prevista para segunda-feira, 15, às 17h, no Centro Cultural. A prefeitura deve divulgar nos próximos dias o balanço geral de público e vendas.