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Concerto tem início às 20h30 da sexta, 30; grupo apresentará obras de Ludwig van Beethoven
O Conservatório de Tatuí recebe sexta-feira, 30, o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo. A apresentação será a partir das 20h30, no teatro “Procópio Ferreira”. Os ingressos, gratuitos, podem ser retirados na bilheteria do teatro, à rua São Bento, 415.
Considerado um dos mais ilustres ensembles da América Latina, o quarteto é uma “entidade” oficial da Secretaria Municipal de Cultura. É integrado por Betina Stegmann e Nelson Rios (violino), Marcelo Jaffé (viola) e Robert Suetholz (violoncelo).
Para o concerto em Tatuí, o grupo apresenta três obras de Ludwig van Beethoven, dentro do Ciclo Beethoven. Serão apresentadas: “Quarteto op 130”, “Große Fuge” e “Quarteto op 135”.
O Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo foi fundado em 1935, por iniciativa de Mário de Andrade, musicólogo e sociólogo, diretor do Departamento da Cultura (atual Secretaria Municipal de Cultura), com a denominação de Quarteto Haydn e a premissa de difundir a música de câmara e estimular compositores brasileiros à composição de novo repertório do gênero.
A partir de 1944, passou a chamar-se Quarteto de Cordas Municipal, chegando à sua forma definitiva em 1981, como Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo.
A atual formação conta com músicos de intensa atividade no cenário musical brasileiro, através de concertos, recitais ou atividades pedagógicas, além de grande experiência e prestígio internacional.
O quarteto apresenta-se constantemente em várias capitais do país, na América Latina, Estados Unidos e Europa. Atuou na Alemanha, durante a “Feira do Livro”, em Frankfurt, seguindo com concertos em importantes cidades nesse país.
Apresentou-se no Festival de Música de Saragoza, em Madrid (Espanha), e no Festival Internacional de Música de Morelia (México).
Realiza intercâmbio com universidades norte-americanas, tendo apresentado repertório de música brasileira naquele país em diversas oportunidades. No Brasil, apresenta-se regularmente em diversos festivais e cursos, ministrando música de câmara e formação de quarteto de cordas.
Desenvolveu projetos de estímulo a jovens instrumentistas por meio de séries de concursos, e atua regularmente em concertos didáticos em escolas da rede pública, universidades e escolas de música.
“Através de concertos comentados apresenta amplo repertório, inclusive o de vanguarda, promovendo o contato com todas as tendências e escolas de composição musical junto ao público, como parte de seu projeto original de fomento e formação de plateias. Parte significativa deste trabalho se dá com obras dedicadas ao grupo”, conforme divulgado pela assessoria de imprensa do CDMCC.
Recebeu em sete oportunidades o prêmio de melhor conjunto camerístico, outorgado pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e, em 2003, o Prêmio Carlos Gomes.
Os músicos
A violinista Betina Stegmann nasceu em Buenos Aires e iniciou os estudos de violino em São Paulo, com Lola Benda, continuando-os com Erich Lehninger. Diplomou-se pela Escola Superior de Música de Colônia, onde cursou a classe de violino de Igor Ozim e a classe de música de câmara do Quarteto Amadeus.
Seguiu logo após para Tel Aviv (Israel) e aperfeiçoou-se com Chaim Taub. Mais tarde, frequentou cursos ministrados por Pinchas Zukerman e Max Rostal. Como recitalista e solista, apresentou-se em várias cidades do Brasil, Argentina, Itália, Alemanha, Estados Unidos e Bélgica.
Realizou gravações nas rádios WDR (Alemanha) e na RAI – Trieste (Itália), estreando, entre outras, obras de compositores contemporâneos. Participou de vários festivais no Brasil e exterior. Foi integrante do Quinteto D’Elas, com quem ganhou, em 1998, o Prêmio Carlos Gomes na categoria de música de câmara, e é spalla da Orquestra de Câmara Villa-Lobos.
O também violinista Nelson Rios iniciou a formação musical na Escola de Música de Piracicaba, sob orientação de Maria Lúcia Zagatto e, posteriormente, de Elisa Fukuda.
Bacharel em música pela Faculdade Mozarteum, graduou-se também em engenharia de alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Como bolsista da Fundação Vitae, frequentou a Carnegie Mellon University, em Pittsburgh (EUA), em 1996.
Participou dos principais festivais de música no Brasil (Campos do Jordão, Brasília, Londrina, Curitiba) e em Mendoza (Argentina).
Como profissional, foi membro fundador do Quinteto Ravel (atual Quinteto da Paraíba), integrou as orquestras Sinfônica da Paraíba, de Câmara de Blumenau e a Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo, entre outras. Atualmente, integra as orquestras de Câmara Villa-Lobos e Sinfônica da USP.
O violista Marcelo Jaffé, aos seis anos de idade, orientado por seu pai, Alberto Jaffé, iniciou o estudo de violino. Em 1977, aos 14 anos, passou a tocar viola, ganhando, no mesmo ano, o primeiro prêmio no Concurso Nacional da Universidade de Brasília.
Após aperfeiçoamento na Universidade de Illinois e no Centro de Música de Tanglewood, nos Estados Unidos, apresenta-se em vários países, participando de destacados conjuntos camerísticos e orquestrais.
Foi regente da Kamereta Philarmonia e diretor artístico da Orquestra Jazz Sinfônica de São Paulo. Atualmente, é professor de viola da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e apresentador da Rádio Cultura de São Paulo.
O violoncelista Robert Suetholz é natural de Milwaukee (EUA). Trabalhou sob orientação de George Sopkin, membro-fundador do Quarteto Fine Arts, Wolfgang Laufer, atual violoncelista do mesmo quarteto, e Uzi Wiesel, violoncelista do Quarteto de Cordas de Tel-Aviv.
Durante o ano de 1997, obteve o mestrado em violoncelo, sob a orientação de Hans Jørgen Jensen, da Universidade de Northwestern, em Chicago (EUA). Atuou em várias orquestras internacionais, como a Israel Sinfonietta (três anos como spalla) e a Orquestra Sinfônica de Milwaukee, entre outras.
Residindo no Brasil desde 1985, foi spalla dos violoncelos das orquestras sinfônicas da USP, do Estado de São Paulo e da Sinfonia Cultura – Orquestra da Rádio e TV Cultura. É professor de violoncelo da Escola de Comunicações e Artes da USP.
