Conselho pede apoio para carreata com foco em hemodiálise





Em pronunciamento na tribuna livre da Câmara Municipal, o presidente do Cobat (Conselho de Bairros de Tatuí), Antônio de Pádua Oliveira, solicitou apoio para a realização de uma carreata. O movimento deve acontecer após os jogos da Copa do Mundo e tem como objetivo “chamar a atenção das autoridades para a necessidade da criação de uma central de hemodiálise no município”.

Na Câmara, Oliveira reforçou a proposta da realização da carreata e pediu ajuda aos vereadores. À frente da entidade desde 2003, ele relatou o “histórico de luta” do conselho para a criação de um espaço destinado ao tratamento de pacientes do município que sofrem de problemas renais. Conforme ele, Tatuí possui 62 pacientes, os quais são tratados em outros municípios.

Segundo ele, a entidade “abraçou a causa” dos pacientes com problemas renais a partir do dia 14 de novembro de 2011. Na ocasião, recebeu a visita de Adriano Soares, cuja finalidade era solicitar a promoção de uma campanha para instalação de uma central de hemodiálise na cidade.

O tratamento consiste na filtragem de impurezas do sangue por meio de uma máquina. O processo envolve, ainda, uma central de osmose reversa. “Através da hemodiálise, pessoas que possuem suas funções renais prejudicadas têm a oportunidade de manter uma vida próxima do normal”, disse Oliveira.

O Cobat depende de carros de som e outros veículos para realizar a carreata. Também pede colaboração na cessão de faixas e prevê a participação de pacientes e familiares deles.

O conselho também espera ser recebido pelo prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu. “Enfim, vamos organizar um movimento à altura da deficiência dos nossos cidadãos”, anunciou Oliveira.

Ainda durante o pronunciamento, ele divulgou dados coletados pelo conselho por meio de ofícios enviados à Secretaria Municipal da Saúde. Conforme o Cobat, 62 pessoas são submetidas a tratamento nas cidades de Itapetininga, Rubião, Sorocaba e Itu.

Pouco mais da metade delas (32) viaja para essas cidades às terças, quintas e sábados; as demais são tratadas às segundas, quartas e sextas. Do total, seis pacientes “viajam acamados” – em macas.

“Mesmo com os benefícios da hemodiálise, o paciente pode apresentar complicações”, afirmou Oliveira. Entre elas, o presidente do Cobat citou a hipertensão arterial, a anemia severa, a descalcificação, a desnutrição e a hepatite.

Segundo ele, as viagens – com duração de quatro horas (duas na ida e duas na volta) – também alteram a saúde dos pacientes. Os doentes renais são transportados durante a madrugada, ficam por, aproximadamente, quatro horas ligados aos aparelhos e têm de permanecer mais algumas horas para o retorno.

Em atenção ao problema, o conselho realizou abaixo-assinado com mais de cem folhas. O documento coletou mais de 4.000 assinaturas, protocoladas em ofício endereçado ao prefeito.

A presidência do Cobat também o encaminhou à Secretaria Estadual da Saúde, à Sociedade Brasileira de Oncologia, à DRS (Divisão Regional de Saúde), de Sorocaba, e ao Ministério da Saúde.

Já a Câmara, segundo o presidente, está recebendo ofícios desde 2012. Nos documentos, o conselho pede apoio dos vereadores. Recentemente, a diretoria do Cobat enviou ofícios para a Secretaria Municipal da Educação, obtendo dados.

Entre eles, informações sobre implantação do serviço de hemodiálise e diálise peritonial aos pacientes internados na UTI (unidade de terapia intensiva) da Santa Casa. O fato foi acompanhado por O Progresso desde o ano passado.

A secretaria repassou ao conselho, também, dados sobre o projeto de implantação de serviço de hemodiálise ambulatorial e de um centro de hemodiálise. Conforme Oliveira, a obra deverá ser feita por meio de parceria público-privada, contando com “projeto arquitetônico já realizado”.

Os interessados em participar da carreata – ou colaborar para a realização dela – devem entrar em contato por meio dos telefones 3259-0272 e 99743-0342. Quem desejar obter mais informações pode ir até a via RG Adão Bertin, 609.