Da reportagem
Tatuí voltou para a fase laranja do Plano São Paulo de retomada gradual da economia. Com a decisão, anunciada nesta sexta-feira, 10, pelo governo do estado de São Paulo, a cidade pode reabrir o comércio e alguns setores de serviços não essenciais, com restrições, a partir de segunda-feira, 13.
A medida vale para todas as 48 cidades que fazem parte do DRS (Departamento Regional de Saúde) de Sorocaba, até o próximo dia 24, quando o governo estadual anunciará nova avaliação das regiões. Esta é a sexta atualização de fases da retomada econômica do Plano São Paulo, que tem quarentena prorrogada até o próximo dia 30 de julho.
A reclassificação permite funcionamento com 20% da capacidade de atendimento presencial em escritórios, imobiliárias, comércio de rua, shoppings e concessionárias. Permanecem fechados: espaços públicos; bares, restaurantes e similares; salão de beleza; academias; teatro e cinema; eventos com aglomerações, incluindo os esportivos.
Pelo plano do governo, a abertura é restrita a quatro horas diárias, todos os dias, ou seis horas durante quatro dias e fechamento por outros três. Contudo, até o fechamento desta edição (sexta-feira, às 17h), a prefeitura ainda não havia confirmado se editaria novo decreto e como seriam adotas as medidas no município.
A cidade tinha iniciado o Plano SP na fase laranja, mas, no dia 29 de junho, teve de fechar os comércios não essenciais com a regressão para a fase vermelha. A medida tinha sido anunciada no dia 26.
As fases são determinadas pelo acompanhamento semanal da média da taxa de ocupação de leitos de UTI exclusivas para pacientes contaminados pelo novo coronavírus e o número de novas internações no mesmo período.
O governo estadual explica que uma região só pode passar a uma reclassificação de etapa – com restrição menor ou maior – após 14 dias do faseamento inicial, mantendo os indicadores de saúde estáveis.
Para o governador João Doria, a estratégia do estado tem sido “bem-sucedida” e permitiu melhora gradual de indicadores de controle da pandemia e capacidade hospitalar, levando ao avanço controlado da flexibilização de atividades na maior parte do interior, litoral e Grande São Paulo. Nenhuma região regrediu de fase.
“O Plano São Paulo é uma ferramenta de abertura consciente da economia. A prioridade é o controle da doença e a obediência à saúde e à medicina. Preservar vidas é, foi e continuará a ser prioridade do governo de São Paulo e de todos que têm responsabilidade em nosso estado”, disse o governador, em coletiva.
Em relação à semana anterior, somente municípios abrangidos por quatro das 17 regiões de DRSs (Departamentos Regionais de Saúde) permanecem na fase vermelha de restrição total de atividades não essenciais: Araçatuba, Campinas, Franca e Ribeirão Preto.
No estado, são dez regiões e uma sub-região metropolitana na fase laranja. As áreas de Bauru, Marília, Piracicaba, Presidente Prudente e Sorocaba avançaram, e permaneceram estáveis as de Araraquara, Barretos, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, Taubaté e a sub-região norte (Franco da Rocha) da Grande São Paulo.
Para a etapa amarela, avançaram Baixada Santista, Registro e as sub-regiões Leste (Alto Tietê) e Oeste (Osasco) da Grande São Paulo. Todas as cidades destas áreas se juntam à capital e às sub-regiões sudeste (ABC) e sudoeste (Taboão da Serra) da região metropolitana e poderão seguir rígidos protocolos sanitários para reabrir bares, restaurantes, salões de beleza com 40% da capacidade, academias com 30% e expediente diário de até seis horas na próxima semana.
As regiões que permanecerem por 28 dias seguidos na etapa amarela também poderão reabrir, com limitações, espaços culturais como museus, bibliotecas, cinemas, teatros e salas de espetáculos. Se a estabilização da pandemia se mantiver até o final do mês, a capital e as sub-regiões do ABC e de Taboão da Serra poderão obter essa permissão no próximo dia 27.
As três próximas atualizações programadas do Plano São Paulo estão previstas para os dias 24 de julho e 7 e 21 de agosto. Os índices epidemiológicos e capacidade hospitalar são verificados semanalmente, e, em caso de piora acentuada, pode haver regressão de fase em caráter extraordinário.
Segundo os indicadores estaduais da saúde nesta sexta atualização do Plano São Paulo, a ocupação de leitos para atendimento a pacientes graves de Covid-19 é satisfatória na maioria das regiões, mas há alerta em relação a cidades dos DRSs de Campinas (80%), Franca (85%) e Ribeirão Preto (88%), além de atenção especial a Barretos (78%), Piracicaba (78%) e Sorocaba (74%).
A média estadual é de 65% de ocupação em leitos de terapia intensiva, com aumento de um ponto percentual em relação à semana passada. A média de leitos de UTI para casos graves de coronavírus permanece em 20,2 vagas para cada cem mil habitantes.