A “Churrasqueira”, como ficou conhecido o canteiro central implantado na avenida Vice-Prefeito Pompeo Reali, será demolida de vez a partir do mês que vem. A Prefeitura programa para janeiro levar ao chão o restante da obra, que teve investimento de mais de R$ 800 mil e gerou polêmica em torno da funcionalidade.
O secretário municipal do Governo, Luiz Gonzaga Vieira de Camargo, antecipou a decisão à reportagem de O Progresso na noite de sábado, 16. De acordo com o titular, o Executivo deve aguardar o fim do período chuvoso, que compreende os meses de dezembro e janeiro, para remover o canteiro.
“Vamos atender à exigência da população do Morro Grande, que tem feito reclamações por conta de uma preocupação: eles querem saber se a Churrasqueira vai continuar ou vai sair dali. Então, temos a obrigação de anunciar”, argumentou.
Gonzaga falou a respeito da previsão após solenidade de inauguração do complexo viário da região do Jardim Junqueira. A Prefeitura abriu o acesso à ponte do bairro, liberou a avenida Maria Aparecida Santi e a primeira etapa da duplicação da marginal do ribeirão do Manduca no fim de semana passado.
“Essas obras completam o primeiro ciclo de investimentos em infraestrutura”, iniciou.
Depois de fazer balanço do primeiro ano de gestão da prefeita Maria José Vieira de Camargo, Gonzaga divulgou as projeções da administração para 2018.
Ele informou que uma das primeiras medidas do ano será a demolição completa da Churrasqueira. O secretário acrescentou que a Prefeitura pretende removê-la na totalidade e de uma única vez. “Só estamos esperando as chuvas mais fortes, que estão sendo esperadas para janeiro, passarem”.
Segundo o secretário, as precipitações ajudarão os técnicos e engenheiros da Prefeitura a concluírem um diagnóstico. Gonzaga contou que a equipe já verificou, com as chuvas que se intensificaram em setembro, que a obra de drenagem feita no começo da avenida é suficiente para comportar o volume.
“Queremos comprovar aquilo que estamos imaginando, que não será necessário realizar novas obras de drenagem na parte superior da avenida”, declarou.
De acordo com Gonzaga, a estrutura construída pela municipalidade, quando da demolição da primeira fase da Churrasqueira, é suficiente para receber as águas. A confluência da via com a avenida Nelson Fiuza também conta com uma galeria própria, que evita alagamentos naquela região.
“O sistema que nós implantamos está suportando o volume de chuvas, mas queremos ter uma garantia a mais de que a tubulação vai aguentar”, adicionou.
Uma vez comprovada a não necessidade de drenagem, o secretário informou que o Executivo utilizará o dinheiro previsto para a execução da obra de galeria para a demolição do canteiro central e a modernização dos dois trechos.
A Prefeitura previa, até agosto, construir mais dois sistemas de drenagem de águas pluviais. Ambos teriam de desaguar no córrego Ponte Preta, afluente do Manduca. No entanto, as obras exigiriam investimento maior.
“Caso não seja preciso a drenagem, não será preciso gastar o dinheiro sem necessidade. Daria para utilizarmos para as demais obras necessárias”, apontou Gonzaga.
O secretário prevê a implantação de semáforos, reconstrução do canteiro – no mesmo modelo do primeiro trecho da avenida – e a extensão dos projetos paisagísticos e de iluminação. “Podemos fazer com o dinheiro do convênio que a prefeita assinou com o Detran (Departamento de Trânsito)”, projetou.
A prefeita confirmou a intenção de remoção do canteiro central em discurso de inauguração. Maria José afirmou que a Prefeitura vai modernizar a Pompeo Reali, mantendo o compromisso com a população.
Ela também divulgou que a Prefeitura dará continuidade à duplicação da marginal do Manduca, até a confluência com a rua Professora Chiquinha Rodrigues, na vila Dr. Laurindo. Gonzaga explicou que a obra está garantida por meio do empréstimo de R$ 10 milhões, feito pela municipalidade.
A meta inicial era realizar a duplicação da marginal em três fases. Entretanto, o secretário do Governo declarou que a Prefeitura reduziu as etapas para duas.
Com a primeira entregue neste mês, a segunda ficará paro o decorrer de 2018. “O trecho será duplicado no mesmo estilo do primeiro. Depois, dali, continuaremos até à rodovia Senador Laurindo Dias Minhoto (SP-141)”, complementou.
Gonzaga divulgou que a Prefeitura pretende tentar obter recursos do governo estadual ou federal para a ligação com a rodovia. Entretanto, caso não obtenha êxito, existe a possibilidade de aporte próprio.
“Vamos tentar recursos, vamos pleitear, correr atrás, mas, se não conseguirmos, poderemos utilizar os recursos municipais para conclusão”, informou.
O investimento em infraestrutura é considerado fundamental para o município, na visão do secretário, por conta do título de MIT (Município de Interesse Turístico). Gonzaga defendeu que a cidade precisa “estar bonita” para continuar a ter a classificação e atender aos interesses de quem a visita.