CB recebe nova viatura de incêndio e ‘aposenta’ caminhão com 24 anos





Cristiano Mota

Autotanque teve entrega oficializada no dia25 de novembro; Estado investiu R$ 300 mil em caminhão

 

Na segunda-feira, 25 de novembro, o Corpo de Bombeiros de Tatuí oficializou o recebimento de mais uma viatura. O veículo utilizado em ocorrências de incêndio chegou ao município no dia 22 do mês passado, tendo sido incorporado à frota do quartel local em solenidade na semana seguinte.

O evento levou o prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, ao posto do município. Junto com o comandante Alexandre Riquena Costa, Manu vistoriou o caminhão, recebido por meio de convênio com o governo de São Paulo.

A viatura já está em operação e faz parte de uma série de investimentos feitos pelo Estado. Segundo o capitão, o governo contemplou a sub-região de Tatuí com outra viatura de salvamento de incêndio, entregue para a cidade de Tietê.

De acordo com o capitão, os investimentos são necessários, uma vez que a sub-região é uma das maiores do Estado em número de postos de bombeiros. A de Tatuí tem seis.

“É uma área de abrangência muito grande, com muitos índices de ocorrência”, afirmou Riquena. Esse é o motivo pelo qual a cidade de Cesário Lange, segundo ele, manifestou o “desejo de levar um posto” para aquela cidade.

Para o comandante, a chegada das duas novas viaturas à sub-região representa uma “ajuda muito grande em termos operacionais”. “São caminhões com grande capacidade de água”, descreveu o capitão.

O novo veículo permitirá ao comando “aposentar” o antigo, com 24 anos de uso. “Nós já tínhamos um caminhão desse tipo, mas ele era ano 1989. Uma viatura de incêndio não pode ser dessa idade. A possibilidade de dar uma pane é muito grande. Então, é uma ajuda operacional muito grande”.

Segundo Riquena, a viatura de combate a incêndio é considerada “top de linha”. O caminhão tem motor Iveco e traz equipamentos “mais atualizados” que o anterior, o qual será devolvido à Prefeitura e incorporado à frota municipal.

A intenção é que o caminhão passe a ser utilizado nos serviços administrativos do Executivo. “Ele vai continuar em operação”, relatou o comandante. Segundo ele, o veículo está em boas condições de uso, mas não o suficiente para servir à corporação. “Começa a ser temerário usar um veículo desses”.

A Prefeitura poderá utilizar a viatura antiga como caminhão-pipa. Riquena informou que ele servirá de “veículo reserva”, em caso de eventual necessidade. “Num caso de grande incêndio, nada impede que ele venha nos apoiar, mas lembrando de que a nossa viatura principal é nova”, disse.

O quartel ganhou investimento em menos de três meses de administração do novo capitão. Riquena assumiu o posto que era ocupado por Miguel Ângelo de Campos no dia 9 de setembro. Na ocasião, participou de solenidade de entrega de R$ 100 mil em equipamentos ao quartel local.

“Tive a felicidade de ter esses investimentos em pouco tempo. Até comentei que, desde a década de 90, quando tivemos uma grande aquisição de viaturas pelo Estado, nós nunca tivemos uma fase tão boa em termos de equipamento”, afirmou.

Riquena destacou que o quartel local está, praticamente, com todas as viaturas novas. “Tudo isso é muito bom, não só para Tatuí, mas para a região”, argumentou.

Além do novo caminhão, o Estado cedeu ao município e a outras cinco cidades um chassi de furgão. Eles foram entregues no início do ano, com montagem dos veículos feita pelas prefeituras.

O de Tatuí está em processo de montagem. “Acredito que para o primeiro semestre do ano que vem todos esses seis municípios terão veículos de resgate novos”, projetou Riquena.

Receberam chassis adquiridos pelo Estado, as cidades de Tatuí, Tietê, Boituva, Porto Feliz, Itu e Salto. O convênio para a montagem dos veículos estipula que cada município faça a montagem, independentemente de prazo. Das seis cidades, no entanto, Porto Feliz é a que está para concluir a montagem.

“Acredito que, dentro de mais uns dez dias, a viatura daquela cidade já vai ser entregue”, afirmou. Nos outros municípios, as prefeituras estão em processo de licitação.

A nova viatura de combate a incêndio de Tatuí é um autotanque. O caminhão tem a função principal de transporte de água, contando com “grande capacidade de armazenamento”. “Ela é usada em grandes incêndios, para suprir as equipes no combate às chamas”, pormenorizou o capitão.

Numa ocorrência de controle a fogo em grandes proporções, o autotanque é acoplado à outra viatura, um autobomba, dotado de bomba de “alta potência”.

“Os dois fazem frente a grandes incêndios e são importantes, principalmente, para essa região, que está em franco crescimento industrial”, disse.

Essa “estrutura” permite à corporação de Tatuí atuar em casos como os registrados em Itu e Sorocaba, onde ocorreram incêndios em uma indústria fabricante de bebedouros e em outra, especializada em embalagens para ovos.

“Nesse tipo de ocorrência, precisamos de viaturas com grande capacidade de água e de bombeamento de água. É importante não só para Tatuí, mas para toda a região. Se houver um caso desse em Tatuí, a viatura que chegou a Tietê virá, com certeza, nos apoiar. Da mesma forma, Tatuí com Tietê”, falou Riquena.

Atualmente, o quartel local conta com cinco viaturas – a sexta está sendo montada pela Prefeitura. A frota é composta por um caminhão autoescada (viatura para atender incêndios em edifícios); uma viatura autotanque; um caminhão autobomba; um autobomba de salvamento rápido (viatura pequena para atender incêndios em áreas rurais); e uma viatura de resgate.

O número da frota é considerado suficiente para a demanda registrada pelo quartel do município. “Ela atende bem à cidade e aos municípios da região atendidos”, disse o comandante. Conforme ele, além de Tatuí, o grupamento responde por Quadra, Capela do Alto e Cesário Lange.

“Nosso grande calcanhar de Aquiles é o efetivo, mas a Prefeitura tem nos ajudado com relação a isso”, alegou o capitão. Riquena citou, como exemplo de colaboração, a incorporação de bombeiros municipais (agentes de trânsito nomeados no início do ano, mas que retornaram à função, recentemente).

No quartel local, o efetivo varia conforme o dia de trabalho. A média é de oito homens por dia, cobrindo os atendimentos. “Isso muda um pouco, dependendo dos meses do ano, por causa do período de férias e outros”.

Riquena afirmou que, apesar de baixo, o efetivo é suficiente para a operacionalização de duas viaturas, uma de incêndio e uma de resgate. “No caso de um grande incêndio, nós dividimos as guarnições”, apontou.