Era a primeira e inesquecível visita que fiz a Bahia de todos os santos… Contemplei a estátua de Castro Alves, em Salvador, e li a singela inscrição: “A Bahia a Castro Alves”
Arrepiei-me!
Vasta cabeleira esvoaçante, braço direito estendido, olhar distante, sonhador, vibrante, corpo ereto, lábios entreabertos – certamente despetalando rimas e investindo contra os opressores, derramando seu “magnetismo emocional sobre as multidões”…
E eu ali, diante da monumental escultura do poeta da Abolição e da República, morto com apenas 24 anos de idade!
Escondido na sombra dos óculos escuros que eu usava, verti lágrimas silenciosamente sem Anna Maria perceber.