Da reportagem
O Cemem (Centro Municipal de Especialidades Médica) “Dr. Jamil Sallum” sediará no sábado, 6, das 7h30 às 10h30, uma campanha de cadastramento de voluntários para a doação de medula óssea. Não é necessário agendamento prévio.
De acordo com a empresária e voluntária Rita Corradi Azevedo, coordenadora da campanha, o objetivo da ação é cadastrar pessoas dispostas a doar. Os dados serão inseridos no Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea).
Ela explica que, na data, o voluntário à doação irá assinar um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), preencher ficha com informações pessoais e, então, será retirada uma pequena quantidade de sangue (10ml) do candidato.
O sangue será analisado em teste de laboratório para identificar as características genéticas, que vão ser cruzadas com os dados de pacientes que necessitam de transplantes, para determinar-se a compatibilidade.
“Todos os dados vão para o Redome e, quando um paciente necessita de transplante e não possui um doador na família, esse cadastro é consultado. Se for encontrado um doador compatível, ele será convidado a fazer a doação”, aponta a coordenadora.
Para seguir com o processo de doação, serão necessários outros exames para confirmar a compatibilidade e uma avaliação clínica de saúde. Somente após todas estas etapas concluídas o doador poderá ser considerado apto e realizar a doação.
Conforme o Redome, o transplante de medula óssea é uma modalidade de tratamento indicada para doenças relacionadas com a fabricação de células do sangue e com deficiências no sistema imunológico, podendo beneficiar o tratamento de cerca de 80 doenças em diferentes estágios e faixas etárias.
Os principais beneficiados com o transplante são pacientes com leucemias originárias das células da medula óssea, linfomas, doenças originadas do sistema imune em geral, dos gânglios e do baço, além de anemias graves (adquiridas ou congênitas).
Outras doenças não tão frequentes também podem ser tratadas com transplante de medula, como as mielodisplasias, do metabolismo, autoimunes e vários tipos de tumores.
Segundo dados do Redome, a chance de encontrar uma medula óssea compatível é, em média, de um em cada cem mil pessoas.Além disso, o doador ideal (irmão compatível) só está disponível em cerca de 25% das famílias brasileiras – para 75% dos pacientes, é necessário identificar um doador alternativo.
Rita aponta ser fundamental manter os dados cadastrais atualizados, para aumentar a probabilidade de êxito na localização dos doadores compatíveis. O voluntário pode ser chamado para efetuar a doação com até 60 anos de idade.
Para a atualização dos dados, o doador de medula não precisa ir até o Cemem. As informações podem ser revisadas por meio da internet, no endereço: http://redome.inca.gov.br/doador-atualize-seu-cadastro/.
Para se tornar um doador de medula óssea, é necessário ter entre 18 e 55 anos, estar em bom estado geral de saúde, não ter doença infecciosa ou incapacitante, não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico. Algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.
O cadastramento ocorrerá junto com a campanha de doação de sangue em prol ao Hemonúcleo Regional de Jaú – Fundação “Amaral Carvalho”, a qual prevê a coleta de 60 bolsas de sangue.
A coordenadora anunciou a campanha no começo de janeiro e preencheu a agenda de coleta em menos de uma semana. Os candidatos agendaram a doação por meio do Banco de Sangue “Fortunato Minghini”, da Santa Casa de Misericórdia.
Em virtude da pandemia, a doação foi agendada com 15 pessoas por hora. Além disso, não será permitida a entrada de acompanhante, e todas as pessoas devem comparecer de máscara.
Esta é a primeira campanha externa da FAC realizada neste ano em Tatuí. Rita informou que, assim como nas anteriores, a ação será realizada com todos os cuidados necessários e dentro das determinações da Vigilância Sanitária e da Secretaria Municipal de Saúde.