As dezenas de ruas esburacadas na cidade causaram várias reclamações por parte dos vereadores, que apresentaram requerimentos a respeito, na sessão ordinária de terça-feira, 6.
O problema também tem sido destacado no jornal O Progresso, que tem publicado, há três finais de semana, uma série de reportagens sobre a malha viária da cidade.
Com a ausência do vereador Wladmir Faustino Saporito, do (Pros – Partido Republicano da Ordem Social), a vereadora Rosana Nochele Pontes (Pros) assumiu a sessão.
Durante o debate dos requerimentos, 8 dos 17 vereadores pronunciaram-se. Entre eles, Oswaldo Laranjeira Filho (PT). O parlamentar cobrou que alguns dos projetos dele fossem levados para votação.
O petista afirmou se sentir prejudicado “porque fica a impressão, para a população, de que ele não faz projeto”. Disse, ainda, que a Câmara tem, no total, 16 projetos do Executivo parados.
Na tribuna, Laranjeira afirmou, também, que um deputado federal teria retirado uma emenda de R$ 1 milhão, que seria usado para recapeamento de vias da cidade.
Segundo o petista, após a vitória do prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, nas eleições municipais de 2012, o deputado, que apoiava um adversário do atual gestor, retirou a emenda.
Ao fim da fala de Laranjeira, o vereador Alexandre de Jesus Bossolan (DEM) questionou o petista sobre uma suposta propaganda realizada pela situação, em que teriam sido prometidos R$ 18 milhões como parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Esse valor seria destinado para o asfalto no Vale dos Lagos.
Antes de terminar a resposta a Bossolan, o petista foi interrompido porque o tempo estipulado de seis minutos cedidos a cada vereador já havia terminado.
Em pronunciamento, o vereador Valdeci Antonio de Proença (PSB) cobrou do prefeito a construção de novos pontos de ônibus, com cobertura e assento.
O parlamentar também discutiu requerimentos de autoria dele, em que cobra o fechamento dos buracos no asfalto das vias do município.
“Tem vários pedidos para que seja feito o tapa-buraco na cidade. O que a Prefeitura tem é um material de péssima qualidade, que, infelizmente, não aguenta esse tipo de malha viária”, afirmou.
O parlamentar lembrou que Manu e o vice-prefeito Vicente Aparecido Menezes, Vicentão, já fizeram parte da Câmara, por 12 e 16 anos, respectivamente. Ele questionou por qual motivo eles não cobraram o recapeamento das vias enquanto atuavam na Casa.
A respeito do mesmo assunto, Márcio Antonio de Camargo (PSDB) pediu que os vereadores cobrassem mais as ações da Prefeitura, principalmente em relação aos buracos.
O tucano ainda lembrou o aumento no preço do transporte coletivo na cidade. Segundo ele, “o povo de baixa renda, que trabalha e usa o ônibus todos os dias, é o que mais sofre”.
O próximo a pedir a palavra foi o vereador André Marques (PT), que disse que a arrecadação do município caiu e lembrou que o Brasil vive uma crise. Por conta disso, o petista afirmou ser impossível tapar todos os buracos da cidade.
Durante o discurso, ele defendeu a construção do shopping e disse que o empreendimento iria gerar empregos e arrecadação de impostos para a cidade, que seriam destinados para asfalto e saúde.
O petista ainda afirmou ser contra o aumento da passagem de ônibus. Porém, explicou que a tarifa tem que ser subsidiada pela Prefeitura, que ele alega não ter recurso.
Ele lamentou ver pessoas defendendo grupos políticos e disse que sabe com quem os vereadores são ligados.
Direcionando a Bossolan, o parlamentar afirmou que o financiamento de R$ 18 milhões do PAC, que teria sido enviado pelo governo federal, não chegou “por falta de caixa” e que o suposto acordo fora divulgado “porque o Brasil vivia outra realidade”
Em seguida, foi a vez do vereador José Eduardo Morais Perbelini (PRB). O parlamentar discutiu requerimento em que cobra do prefeito informações sobre a campanha de conscientização contra o câncer de mama na cidade.
Ele também pede que se inclua, na programação do município, um mutirão de mamografia durante este mês, “visto este ser o mês do Outubro Rosa, marca da campanha”.
O vereador Luis Donizetti Vaz Junior (PSDB) iniciou pronunciamento saudando a recém-eleita conselheira tutelar Elide Brassolotto e afirmando que “as nossas crianças estão necessitando de um apoio”.
Em seguida, o parlamentar afirmou que “faz coro” ao pedido de Laranjeira, de que “os projetos precisam caminhar nessa Casa”. No entanto, Junior Vaz disse que possui dois projetos “parados” desde maio na Comissão de Política Urbana e Meio Ambiente, da qual o petista é presidente.
Último a se manifestar, Antonio Marcos de Abreu (PP) afirmou que “não foi feito nenhum processo licitatório para a firma (São Bento Saúde) assumir o pronto-socorro”.
O parlamentar disse, ainda, que o atendimento de pediatria foi retirado do ambulatório. E concluiu informando ter feito um requerimento para cobrar, do prefeito, a informação sobre se o pronto-socorro atende a todas as especialidades.