Da reportagem
O bazar da Liga Tatuiana de Assistência a Cancerosos (Litac) é uma das opções para quem necessita de roupas, móveis e aparelhos eletrônicos, entre outras opções. As vestimentas, para todas as idades, custam R$ 3 em média.
O local, que voltou a funcionar no final do ano passado, encontra-se na rua Santa Cruz, 526, no centro. Seu horário de funcionamento é de segunda-feira a sexta-feira (exceto às quartas-feiras), das 13h às 17h, e às quartas-feiras das 13h às 18h.
No bazar, além de inúmeras peças de roupas para crianças, jovens e adultos, a instituição também comercializa móveis, utensílios domésticos, aparelhos eletrônicos, brinquedos, livros, itens para decoração e calçados.
Entre as opções, pode-se encontrar uniformes e apostilas escolares, camas, fogões, impressoras e aparelhos eletrônicos, além de uma variedade de CDs, talheres, bolsas e chinelos.
Segundo informado pela voluntária Alina Araújo Gasparini, os preços das roupas giram em torno de R$ 3. O bazar, que já vendeu inúmeras roupas de moletom, conta com blusas, calças, meias e luvas para o inverno.
Às quartas-feiras, com a presença de Alina, o bazar disponibiliza todas as opções de pagamento, como cartão e PIX. Nos outros dias da semana, o cliente tem somente a opção de pagar com dinheiro.
Todos os itens comercializados são recebidos através de doações. No momento, a instituição vem as recebendo no próprio bazar. O interessado deve entregar os itens para uma das voluntárias, dentro do horário de funcionamento.
Como contou Alina, atualmente, o bazar recebe uma “boa quantidade” de doações. O número é suficiente para, por exemplo, permitir à Litac realizar promoções ou partilhar peças com os mais necessitados.
No local, é possível encontrar uma sala repleta de sacolas contendo roupas doadas. Entre estas peças, a instituição realiza uma “reciclagem” com as que não serão comercializadas no bazar, doando para pessoas em situação de vulnerabilidade.
No começo do ano, inclusive, a Litac realizou uma grande doação para atender à população de Petrópolis, no Rio de Janeiro, vítima de enchentes que provocaram, segundo dados da Agência Brasil, cerca de 250 deslizamentos de terra e inúmeros desabrigados.
O bazar reverte 100% da renda para a Litac, e todas as colaboradoras são voluntárias. Atualmente, o local conta com 25 pessoas atendendo, uma média de cinco voluntárias por dia. Entretanto, as voluntárias também se revezam, realizando outras funções para a Litac.
O número de voluntárias já foi maior, mas, por conta da pandemia de Covid-19 e em razão de a maioria ser composta por senhoras idosas, o número foi diminuindo. Neste momento, a Litac procura interessados em colaborar com a instituição.
A Litac completa, em 2022, 36 anos de existência. Fundada em 1986, a instituição criou o bazar pouco tempo depois, com o objetivo de obter renda para começar a “movimentar” a entidade.
A instituição, criada pela atual presidente, Gilda Bertanha, e outras três amigas, teve início em uma casa cedida na rua 11 de Agosto, próxima à Praça da Matriz Em 2015, a Litac inaugurava sua atual sede. Antes disto, as ações da instituição concentravam-se na casa de Gilda.
Ela conta que, “no começo da Litac, por ainda não contar com enfermos, o dinheiro obtido com o bazar era enviado para uma instituição parceira, em São Paulo”.
A presidente também conta que, nos primeiros momentos, as próprias voluntárias doavam suas roupas para que, assim, o bazar começasse pudesse gerar renda para a Litac.
Para Alina, a instituição, que atende cerca de 125 enfermos no momento, está no “limite”. “Com as condições de momento e o número baixo de voluntárias, não podemos atender um número muito maior que este”, completa.
Mesmo assim, informa que as pessoas que precisam do auxílio da instituição podem procurar a Litac para se cadastrar.
As pessoas assistidas recebem, entre outras coisas, auxílio com medicamentos, alimentos e combustível, que ajudam na locomoção dos enfermos que necessitam de tratamento em outras cidades da região.
Segundo Alina, as voluntárias também realizam esses trabalhos. “Nós (voluntárias) realizamos desde a triagem, que se baseia em ir à casa da pessoa cadastrada e verificar as condições, se realmente necessita do trabalho da Litac, até a entrega de suprimentos e o trabalho aqui do bazar”, completa.
Alina é uma das voluntárias mais antigas da instituição, colaborando, principalmente, com os eventos beneficentes há mais de 30 anos. Em contraponto, é uma das mais novas no bazar, já que entrou no final do ano passado.
Entre os eventos, destaca-se um churrasco promovido de maneira recorrente. Conforme Alina, além do almoço, a iniciativa ainda conta com sorteios e bingo, costumando atrair cerca de 600 pessoas. A entrada é paga e o valor, 100% revertido para a instituição.
Nos últimos dois anos, ainda em decorrência da pandemia de Covid-19, a Litac deixou de fazer seu evento anual e, portanto, dependeu, exclusivamente, do bazar para arrecadar fundos.
Porém, Alina adianta que a expectativa da instituição é realizar novamente o evento, que tradicionalmente acontece no mês de agosto, em uma chácara cedida para a Litac.
A instituição agora conta, também, com uma página no Facebook. A “Litac Tatuí” informa sobre as promoções e as chegadas de novas peças, além de convidar a população a doar e comprar roupas no bazar.